maio 05, 2010

Fight for Peace
Um rapaz vem da Inglaterra para o Rio e conhece a comunidade da Maré. A calorosa e afetiva recepção dos moradores contrasta com o retrato da violência na imagem de jovens armados. Ele para e pensa: o que eu posso fazer para ajudar?

Ele só sabia lutar boxe. Fez isso por 07 anos e resolve ensinar a quem se interessar. Isso tudo começou há 10 anos atrás. Hoje, o projeto Fight for Peace está assentado em cinco pilares: boxe, educação, emprego, atendimento às famílias e um outro que não lembro.

O legal é ouvir do fundador da ONG que um dos pilares sozinho não dá conta da necessidade dos jovens. Tudo está junto e vem junto; um complementa o outro e fortalece; cria oportunidades.

Bem, o projeto faz tanto sucesso, que os ingleses reivindicaram que ele fizesse um na Inglaterra. Agora tem na Maré e em Londres e daqui a pouco irá para a África do Sul.

Aí vem a minha entusiasmada admiração: um cara vem de outro país, vê uma realidade perversa e sem saída e age com as armas que tem.

Eu, sou brasileira, moro aqui, sei que essa realidade existe, nem penso em ir lá conferir como é, procuro ficar bem longe, com medo e por covardia, que justifico dizendo-me impotente, que é função do Estado, que tem gente com mais possibilidades do que eu, blá, blá, blá.

Cai tudo por terra, quando a gente se depara com um jovem corajoso, que veio de longe peitar uma transformação. E ele não é o único. Há muitos exemplos por aí. E isso dá uma esperança.


abril 18, 2010

Dando uma força para um novo DJ na praça: http://www.myspace.com/djcaur
Confira.

abril 17, 2010

Por que sempre penso que com a chegada do sol, tudo fica mais fácil?

abril 16, 2010

Nem tudo são flores, é muito do que expressão de linguagem figurada. Quero achar uma florzinha, uma só basta, que seja uma e que me devolva a crença nas coisas, nos tempos, nos outros, na vida; me tire dessa zica chata!

Estou mais acreditando na linguagem desfigurada. É o que vejo por aí. Gente triste brincando de que não se importa com a falsidade de suas vidas E eu detesto ficar assim; sou, teoricamente, uma pessoa divertida, mas não estou conseguindo rir de tanta zica. Já deu para saber o que é zica, certo? É tudo aquilo que não era para acontecer e aconteceu! Droga de zica, de planejamento erradíssimo e que, como resultado, claro, deu errado.

Agora, me fala por que você tem que chegar de uma semana de férias e ver que aproveitaram que estava fora para criar zica? É bonito isso?

Vou superar, saltar por cima delas. Vou ralar os joelhos, pois algumas são altas, mas isso é o de menos. O que não posso fazer é querer dormir e acordar com tudo resolvido, pois, por um erro de configuração, não consigo fazer isso, ainda.

Vou seguindo em frente, peitando as coisas que consigo e rezando pelas que não consigo. Estou chataaaaaaaaaaaaa. Vou melhorar. Espero. Darei notícias boas para mim mesma


agosto 27, 2008

Hoje me perguntaram como iam os meus escritos. Um amigo saudoso dos meus escritos. Tenho escrito no ar e nos pensamentos. Tenho feito mais e escrito menos. E não por falta de assunto; há tantas discordâncias a serem externadas; tantos protestos tornados mudos e anestesiados pela total desesperança de que tragam mudanças. Há também vivências fortes, reais e que refletem momentos, descompromissados com o tempo e com a permanência; afinal, essa história de ser lúcida sempre é cansativa e chata. Por uns dias me achei insuportável, descontente com a educação do país, que foca no conceito de que desenvolvimento se traduz pela capacidade que o povo tem de consumir, excluído desse consumo, o gasto com a educação. Sabe por quê? Porque eu ainda acredito que a educação faz a diferença para você ser uma pessoa melhor; só isso. Chega. Cansei.

abril 22, 2007

Mas que festa no sábado! E sem propaganda massacrante da TV. Isso aponta para a preservação do poder de escolha dos cariocas, que vão aonde querem, independente das lavagens cerebrais para a gente ir aonde querem que a gente vá.

O negócio é que por mais violência que aconteça nessa cidade, carioca não é medroso e não se esconde em casa. A multidão estava a fim de conferir a novidade e foi para a rua, mostrando a cara do Rio que nós queremos - um lugar de gente festeira e alegre. Se ninguém consegue garantir isso para a gente, o povo, junto numa festa, garante. Precisamos nos ver mais vezes...

março 17, 2007

É aquela velha história de que amigos a gente não esquece.

Reencontrei três amigas, numa noite muito gostosa de chopps, risos e muita confirmação de amizade.

Convivemos no ambiente de trabalho durante anos e acompanhamos os casamentos, sucessos e outros não tanto. Daí para a frente, cada uma seguiu o seu caminho, com alguns encontros de interseção, ao longo desse tempo.

Uma das queridas é professora de Português e Literatura, agora entrando pelos campos da Psicanálise. Brilhante! Dona de suas palavras, ouvidos atentos, peito aberto.

A outra querida dava aula de Francês, estudou Economia e agora faz MBA em Administração. Tem uma educação atenciosa com as pessoas e é muito engraçado o jeito que combina a maneira de dizer as coisas com a sua figura séria e aristocrática.

A outra querida, que não via há cinco anos é das geografias; é geógrafa. Excelente professora, meiga e hoje, meio assustada com toda a sua maturidade e responsabilidade.

Pode parecer que foi papo cabeça, cult ou como queiram classificar essa reunião de mulheres bonitas, cada um num lugar nesse mundo, com desejos, problemas e realidades diferentes, mas foi uma noite muito da divertida, de gente disposta a jogar tudo para o alto, ainda que por uns momentos que seja.

fevereiro 25, 2007

Pois então, sabe aquele cachorro Hemp, que morava aqui, desde que o meu filho se casou e me deixou ele de herança? Voltou para a casa do dono. Aqui em casa, dormia embaixo da minha cama no inverno e no verão eu ligava o ventilador de teto para ela na sala.

Cachorro ingrato, agora dorme do lado de fora da casa grande para onde se mudou e nem chora e nem sente falta do calor humano.

E o miolo de pão que eu dava para ela pela manhã? Nem se lembra.

E o personal dog que eu contratei para passear com ele e para quem ele mesmo abria a porta para ir passear? Nem se lembra. Cachorro!!!!

E nós aqui, com a maior saudade dele. Volta e meia pego as coisas do chão, pensando que ele vai pegar, imaginando que ele ainda está por aqui. A cozinheira sente falta dos únicos latidos que ele dava no dia, quando achava que estava na hora de almoçar.

Mas, dono é dono e acho que o cachorro só lembra de quem cuidou dele na infância, no caso LF, meu filho, e eu, que cuidava dele , quando LF ia para o trabalho.

Bem, só sei que no próximo fds vou lá em Campos visitar o Hemp e ver se ele ainda se lembra de mim.

Acho que todos nós deveríamos ser assim. Fiéis a um só vínculo. É mais fácil e muito mais objetivo.

fevereiro 20, 2007

Me levei para passear em Salvador. Tirei 3 dias de férias merecidas. A impressão é que eu estava fechando mesmo a minha agenda por esses dias para as férias e saindo do conhecido. Fui à praia como se fosse a primeira vez e como se não tivesse sido criada nela. Fiz compras, não fiz nada, fiquei nas águas mornas e limpas, sem vontade de sair, tomei sol, muita piscina e conclui que férias são ou devem ser, um estado de espírito, de preferência num lugar lindo!

fevereiro 05, 2007

A cozinheira com conjuntivite. O analista que vai trabalhar comigo em Salvador, marca a passagem e o hotel em Fortaleza. O neto me diz que não tem camisa para o colégio amanhã. A orelha do cachorro parece meio inchada. Precisa mais? Está de bom tamanho esta segunda-feira, mas eu não vou dizer: Oh dia! Oh vida!

fevereiro 03, 2007

Iniciamos 2007 e o meu entorno iniciou com tudo! Casamentos começaram e outros acabaram. Amores se confirmaram e as suas conseqüentes ausências também. Colégio novo e chefe novo e os mesmos sentimentos antigos. Parte da família começa vida nova em outro local, iniciando uma nova trilha. E lá vamos nós outra vez.

dezembro 28, 2006

Algumas nove poucas certezas desse ano.
1. Brasileiro fala muuuuuuito alto e no celular, mais alto ainda.
2. O Rio de Janeiro não continua rindo; pelo menos não à toa.
3. Não adianta querer mandar nas coisas do coração; desista.
4. Sou ruim de ser derrubada, mas a tristeza é um inimigo poderoso. A melhor arma contra a tristeza é a gente conseguir reagir; o negócio é que só se consegue partir para uma nova ação, depois que a tristeza abre espaço.
5. Atravessar o luto é preciso, tudo bem. Em compensação, depois da travessia, nada te segura e o caminho fica livre.
6. Definitivamente aprendi a fazer paella. Definitivamente, a paellera que comprei é uma droga! Agora enferrujou toda e recebo a informação de que eu deveria passar óleo nela, antes de guardar! Fala sério!
7. Não tomei café com a minha Claudia. Prioridade número 1 de 2007, se ela ainda me aceitar como amiga.
8. Ganhei uma guia e uma fita bentas de Santa Bárbara (Iansã). Êtalele!
9. Já gostei mais de praia, não gosto de reveillon, não gosto de Carnaval. Será que sou carioca mesmo? Em contrapartida: gosto de frio, adoro a serra, sou chegada num vinho tinto. Nasci no lugar errado?

dezembro 18, 2006

Esta época é cheia de eventos que representam, mais do que a troca de pesentes, a presença dos amigos. É o tempo do fechamento de contas atrasadas com os eles - aquelas pessoas, de quem se gosta, apesar de nem sempre as ver. É a reescrita das amizades, a prorrogação do prazo de validade delas. Com os encontros, garantimos que mesmo que não as encontremos mais durante um ano, eles são amigas e estão por aqui, guardadas.

dezembro 02, 2006

Pois então, como disse, agora sou estudnate e estou feliz com esta condição, pois eu gosto de estudar. Gosto de aprender, de assistir a uma boa aula e de aprender quase sem discriminação de assunto.

Um dia desses, me inscrevi num seminário, quer dizer eu pensei que havia me inscrito no tema Democracia e Cidadania, assuntos que têm a ver com o meu curso. Fui, cheguei cedo, levando as 3 latas de leite em pó, que eram o pagamento do Seminário. Surpresa! Havia me inscrito no de Política de Gestão Pública Integrada, que nem precisava de latas de leite. E gostei de ouvir economistas e advogados falando sobre coisas sobre as quais nunca havia pensado.

Mas por que toda essa história? O neto foi reprovado diretissimamente. Sabe aquela fase de 16 anos, em que "eu tenho a força" e sei o quanto de energia preciso dispender para atingir um objetivo? Pois foi isso aí. Se você falar com ele, vai te convencer que se esforçou e que o colégio é que apertou mais esse ano. Manja ouvidos refratários a comentários que sejam diferentes daquilo que pensa?

Cada um de nós, nasce para atrair um determinado componente na vida, não é? Comigo são os estudos dos que me cercam.

Primeiro foi o filho, que em vez de ir para a aula particular, parava na praia da Urca e, com os livros embaixo do braço, entrava na pelada que rolava. Depois foi a filha, que andarilhou por uns tantos colégios desse Rio. Agora o neto. Essa história de exemplo funciona inversamente, será? Sempre me viram estudando e com prazer; não de uma forma queixosa, mas não adiantou.

O fato é que o fracasso escolar é só escolar e a vida, diferentemente das escolas, dá múltiplas oportunidades. Hoje, os dois filhos dão conta muito bem da vida deles. Custaram a se encontrar, mas se encontraram pessoal e profissionalmente.

E lá vamos nós outra vez. E o pior é que nem sei como fazer diferente do que fiz antes, para apressar os resultados. Paciência!

novembro 24, 2006

Há dias em que você tem uma porção de convites para sair e a única vontade é ficar em casa; botar as suas coisas em dia e nem sei se são as coisas ou se é você mesma se colocar em dia.

Agora sou estudante.

Meio passada nos anos, para me ver às voltas com cadernos e notas finais, mas estou gostando de reviver isso.

Um MBA num Instituto d Economia, curso de altíssima qualidade, onde me surpreendo em ver tanta gente discutindo, no plano das idéias, algo que faço, sem tantas elocubrações, desde 99.

E mais surpresas ainda, quando vejo como a prática e o dia-a-dia afastam você de uma sintonia mais fina com o cenário nacional, que existe acho que só no plano das idéias.

Pois afinal, o que que é o real? O que se pensa ou o que existe?

E vêm as dicotomias, as esquizofrenias da teoria e da prática.

Ingenuidades flagrantes, ideários exageradamete puros ao lado de uma prática de resultados, uma ideologia definida nem pura nem impura, mas possível e a constatação de que é um grande imbroglio a questão social, a desigualdade, a perversidade do mercado, a nossa criatividade diante das dificuldades e o grande e enorme jogo, do qual fazemos parte, ainda que não tehamos a total consciência do que está sendo jogado.

Com tantas questões, conclui que o melhor era ficar em casa e redescobrir as coisas simples da minha vidinha.

Afinal, essa história de ser lúcido 24 horas é muuuuuuito cansativa!