novembro 30, 2001

Da série Ranzinza V

Aí na sua casa, tem alguém, que nunca enche as garrafas d'água e chega ao cúmulo de colocar a garrafa vazia na geladeira? Aqui tem.

Da série Ranzinza IV

Aí na sua casa, você tem uma pessoa como a Fafá, especialista em arrancar, nos dias de faxina, todos os fios da parede, deixando os telefones mudos? Aqui tem.

O Piu-piu não diria exatamente assim...

Eu tenho uma brecha da vida? Se tenho? Tenho sim?

Estou toda prosa por conta da subrosa

Você tem que ver, ler, passar por lá, aprender, enfim, descobrir se ainda não o fez, o subrosa. Minhas fatias narcísicas afloraram de uma só vez e recomendam que você vá lá agora ler o que ela escreveu sobre o que acontece nesse "bloquinho" aqui. O máximo!

Sabe aquelas pessoas que aliam o carinho no que fazem? Pois então, ela é assim. Uma crítica literária, entendida nas letras, gostando do que eu escrevo -- muito bom.

E você sabe da minha dificuldade com elogios. Fico encabulada, tendo a minimizar o motivo que gerou o elogio; seja uma roupa, que logo digo que "Ih! é velha!", ou a qualquer outra qualidade que as pessoas vejam em mim. Enfim, fico sem graça. Mas adoro. Oh! Como eu adoro que alguém me ache com coisas boas. Oba! Oba! Oba!

Obrigada, minha querida Meg. Você torna essa comunidade blogueira mais fraterna e carinhosa e essa amiga de cá, muito feliz.

Ei! Posso dizer pra todo o mundo que você é minha amiga?

novembro 29, 2001

Muito mais fácil!


Agora está mais fácil acessar os blogs dos amigos. Eles deixaram eu colocar os seus "cartões de visita" aí do lado.

novembro 28, 2001

Tem certeza de que ontem não foi segunda?

Pois então, pareceu tal a quantidade de coisas sobre a minha cabeça. Acontece porém que eu tenho um Plutão numa casa maravilhosa que não é para qualquer um e não é qualquer coisinha que vai me derrubar. Mas, assim mesmo, vou tratar de colocá-las nos lugares.

O dia no trabalho não foi nada fácil -- meio de bombardeio -- mas, tudo bem, sempre se acha um abrigo. Saio do trabalho e carrego uma moça até o metrô, pois ela estava se achando uma assaltada em potencial e, para evitar traumas alheios, dei-lhe carona. Aí pensei, ufa, que bom, cheguei em casa. E começou o derradeiro capítulo:

Cena 1: o cachorro passou mal, por conta da gracinha da Dona Ieda, a cozinheira, em complementar a sua ração diária com champignon -- fala sério, você conhece algum cachorro que precise comer champignon?

Cena 2: minha irmã me liga, querendo saber o que eu tinha resolvido: nossa mãe de 88 anos opera ou não? Uma pergunta simples, como vê.

Cena 3: O companheiro daqui me conta que LF, o neto, contou mentira; que não quis tomar banho; que a Dona Ieda não pode dar uma de nutricionista com o cachorro etc, etc. Ufa! Ufa! Ufa!

Cena 4: LF, o neto, tem prova de Português e simplesmente me pede para "tomar" os assuntos para ver se ele sabe. E "divinha" se ele sabia? Substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, preposição -- todas as classes gramaticais passaram a ser o programinha de duas horas.

Cena 5: Através de instruções telefônicas ao meu guru presencial, informo-lhe que vou enviar o texto pronto, com base no arquivo que vou receber -- tempos de tecnologia!

Cena 6: Vieram só os anexos do tal arquivo. O que eu queria ficou para trás.

Cena 7: "Cê tá" de brincadeira? O que que se faz depois disso? Fui dormir e larguei tudo para lá.

Afinal, o que significa exatamente essa expressão "trabalhar fora"? Definitivamente foi cunhada para expressar as atividades masculinas. No meu caso, que nem esperam eu botar o pé dentro de casa, não existe o "fora" -- me instituíram 24 horas dentro dos problemas deles, da casa, do cachorro, das decisões... Socorro! Eu quero a minha casa no campo bem pequenininha.

novembro 27, 2001

É muito chata essa mania de achar tudo complicaaaaaaaaaaado! Na verdade, é tão fácil ser feliz, não é mesmo?
Ai! Ui! The day after...
É assim: depois da ginástica localizada -- a dor localizada. Se me empurram hoje, eu caio.

novembro 26, 2001

Mais uma grátis

Primeiro dia de aula, a gente chega cedo. Pois então, cheguei meia hora antes -- às 6 h e 30 min estava eu, aguardando a aula grátis de ginástica localizada, que acontece lá na praia da Urca.

À toa, fiquei obsevando um homem que fazia tai-shi-shuan ou tai-chi-chuan(?), na beira d'água. Me encantam aqueles movimentos de felino. Bem, esse homem, também é aluno da turma e se ofereceu para me ensinar. Oba! Assim, vou aprender e saber mais sobre essa modalidade que não sei nem como se escreve.

O Baile - Parte Final

Eu parto do princípio, possivelmente equivocado de que você passa por aqui diariamente. Sendo assim, vou continuando os assuntos na certeza de que você me acompanha. Muito bem, pois o baile aconteceu -- e a Princesa é da Urca.

Hoje, na aula de ginástica localizada -- grátis também -- falei com ela e perguntei das impressões de virar Princesa. Tipo da conversa non-sense numa praia cuja areia ainda vivia a ressaca dos restos dos frequentadores do domingo. Mas outro dia falo disso. Então, a Princesa confessou que podia ter ganho se tivesse jogado uma flor para o público. Beijos muitos ela jogou, mas faltou a rosa beijada e jogada ao público como fecho do desfile. Meu queixo foi caindo, caindo e só não caiu mais porque a areia estava imunda. Mas, impressionante, como ela tinha uma estratégia guardada para o dia de sua aclamação como Princesa. Pasmei. E babei de inveja. Acho que algumas pessoas aproveitam os tais dos 100% das coisas (digo isso também imaginando que você já tenha lido o que escrevi sobre os 50%)

Uma experiência do coletivo lá de antigamente
Hoje, com Internet, fica fácil compreender o que é interação, troca, comunicação. E aí fiquei pensando em como antigamente a necessidade de saber dos outros e criar comunidades era vivida. E me lembrei dos Cadernos de Perguntas. Você teve um?

Era um caderno que passava de mão em mão com uma pergunta em cada página e cada um que assinava, assumia um número e respondia às perguntas, sempre no seu número. Dessa forma, você tinha acesso às respostas de todos os participantes e, algumas vezes fazia comentários sobre as respostas dos outros.

Para uma época em que as relações se davam, quase todas face-to-face e num círculo restrito, era o máximo você ler o que uma pessoa que você não conhecia, respondia. E, Caderno de Perguntas valorizado era aquele com muitos participantes; se tinha resposta de meninos, mais valorizado ainda. Tempos de antigamente.

novembro 25, 2001

Uauuuuu! Que praia! Uauuuuuu! Que vento!
As chamadas da Veja
Você já reparou nas chamadas semanais da revista? São o que há de inteligente, engraçado e irônico. Muito bom!

Há um tempão que eu não aponto para você, o que ele escreve e que eu adoro ler, tipo essa frase:

"Quando o amor escapole do quengo é porque do coração já se foi."

O máximo, não é não?

Orgasmo agora é Lei e ganha um dia (???)

lá em Esperantina, Piauí. Pois então, a partir do próximo ano, no dia 9 de maio será o dia de se -- pensar no orgasmo -- responsável por casamentos desfeitos e traições, originados pela insatisfação sexual feminina. Está lá no JB, p.8, de hoje.

Fico pensando na falta que faz a educação... Na falta, cria-se uma lei. Não sei como ainda não pensaram em fazer lei que obrigue a população a tomar banho, a beber água filtrada, a tomar vacinas, a lavar as mãos, a escovar os dentes, a lavar bem os alimentos... Iríamos ter tantos feriados...

Tsc,tsc,tsc..., fala sério, será que não vêem que é a educação é a saída e a entrada, melhor dizendo -- a porta para o conhecimento?

Da série Ranzinza III
Aí na sua casa tem gente que sempre aperta o tubo de pasta de dentes na parte de cima, estrangulando a pasta no tubo? Aqui tem.
Treinando para ficar igual a Aninha

O que botar na tela eu sei; criar textos com certa lógica também; agora o meu sonho é digitar sem olhar para o teclado. Sonho antigo esse. Antes,eu queria tocar piano sem olhar para o teclado; agora quero digitar.

Pois então, por conta dessa minha vontade, a Aninha me deu uma dicas e cá estou eu no asdfgçlkjasdfgçlkj -- mas estão faltando dedos e sobrando teclas. Vou com calma.

É feito quando você aprende um passo novo na dança de salão. O professor diz e você fica repetindo mentalmente: 1, 2, 3, volta. Até que um dia você faz e não pensa mais.


novembro 24, 2001

Uauuuuu! Que praia!
Será que consigo assistir ao Harry Potter, já? Estou pior do que criança.
Logo ali

Não tem coisa melhor do que programinha em cima da hora, tem?
Pois então, depois de uma semana esquisita, mas que não conseguiu fazer ninguém esquecer de que ontem era sexta-feira, 18 pessoas resolveram se encontrar num lugarzinho gostoso, na beira da praia, aos pés do Pão de Açúcar, no Círculo Militar da Praia Vermelha.

Sabe o que é ficar um tempão num lugar e ninguém te oferecer nada para você comprar? Uma vista maravilhosa, música ao vivo que deixa você conversar, comidinhas e chopp?
Muito bom e ainda tivemos a Gabriela dando uma "canja" para nós, cantando que é uma gracinha, uma música da Marisa Monte, o que vamos e venhamos, não é para qualquer um. O máximo!

novembro 23, 2001

"Alto funcionário"
Isso não tem nada a ver com a altura do moço. É a expressão que minha mãe usa para dizer que ele ocupa um posto de destaque no trabalho. Geralmente e infelizmente para ela, ele não é da família e a expressão se encaixa na frase: "O filho da fulana está muito bem na vida. Ele é alto funcionário ..." e aí pode ser do Banco do Brasil ou da Caixa. Ah, as mães e suas expectativas. Primeiro era casar as filhas com militar. Não deu. Depois entraram as duas instituições citadas, também não foi por aí. Teve que fazer concessões.
Pois então...
Eram dois jovens e se amavam. Histórias tão diferentes, expectativas idem, ainda assim se amavam e se viam como a outra parte certa e se pensavam unidos por um amor forte. Ela atribuiu-lhe um saber da vida que ele não tinha. Ele o aceitou para não decepcioná-la. E nessa, foram-se, muitos anos de sonhos dela e dele. Esgarçou, rompeu, espatifou-se o que já se tornara frágil. Um dia, como qualquer outro, para alívio-dolorido dos dois, terminou um amor que podia ter sido e não foi. Hoje, ele é um workaholic de carteirinha, saltita o dia todo sobre as horas do relógio, fingindo-se sem dor. Ela pinta aquarelas em que mistura tintas e sonhos, lambuza os dedos e as roupas. Só mais um desencontro entre tantos por aí. Um amor tão forte e nem deu um grande escrito.



novembro 22, 2001

O baile é amanhã!

Nossa! Essa semana maluca, entrecortada, me fez perder a aula grátis e, surpresa descubro que o baile dos alunos é amanhã. A Urca já tem candidato a Rei e Rainha. Você acredita que eu acho que não vou? Está difícil convencer o companheiro das vantagens de se "arrumar lindo", pegar o ônibus da excursão e ir lá para Jacarepaguá -- dançar. Considerando que todos esses itens não são a sua maior preferência, acho que esse programa vai furar.

Flores, flores e mais flores
Fonte

You' ve got mail!
Para guardar naquela caixinha das coisas preciosas, que não tem nem chave porque é uma caixinha inviolável. Olha só:
Quero você, a quem amo, ao meu lado; mas quero sem complicação.
Acordar e envelhecer ao seu lado. Nunca ficarmos velhos, nós e o amor.
Dividir meus sonhos e vivê-los se também forem seus. (Meu)
Onde está o espaço das brechas da vida -- aquele em que rola uma vida -- a única que é de verdade e que só nós dois juntos sabemos fazer?

Os 50% não-utilizados


Deve ser uma característica de personalidade, mas sempre tenho a sensação de que 50% das coisas que eu poderia aproveitar, se perdem; escapam pelo ralo. É assim com os aparelhos eletrônicos, que sempre sub-utilizo; com as relações que, geralmente me canso antes de descobrir possíveis ganhos com ela; com a Urca. Hoje ficou claro para mim, como eu poderia curtir mais esse bairro gostoso. Saí da aula grátis na praia e não dei um mergulho nas águas limpas. Nenhum impedimento; somente isso não ter sido cogitado. Chata essa sensação de perda.


novembro 21, 2001

Pub carioca

Pois então, éramos 3. e parecíamos uma casa cheia, tal os assuntos iam se interligando, tecendo os fios que sustentam os papos amigos. Muito bom conhecer ela e encontrar ela, mais uma vez. Estamos estreitando o alargamento das vias da amizade. E o caminho -- os encontros nos cafés da vida.

Chegando por aqui agora

E chego sob o som do grupo The Beloved. Você conhece? Especialmente estou ouvindo Missing You. Porque prestei atenção nessa faixa, isso é outra história... Ah! a minha brecha da vida.

Pois então, voltando ao que é virtual, passo pelas listas de discussão -- que algumas vezes são de discussão mesmo e bem interessantes. E salto para o que foi a minha fútil realidade de hoje: recompor a minha identidade externa. Aportei no lugar certo cuidar disso -- um salão de beleza! E como tinha mulheres tentando recuperar algo que parece, perderam nos dias de feriados -- a beleza. Esse sentimento de vadiagem não-consentida, aberto com a sua ousadia, é muito bom.

Saio de lá e passo pelas praias cariocas e esse sentimento é compartilhado com o monte de gente que anda, bebe água de côco e faz de um nada na Atlântica e Vieira Souto. E aí, relaxo o meu sentimento de que fui a única a fugir e ir para fora dos ambientes fechados e cuida de arejar a cabeça. Porque a graça está em você aproveitar o tempo, quando você abre esse tempo para você. Você se acha único e especial, pois enquanto os outros trabalham, você sonega isso e foge.

E, olha, nem olhei para trás ou para os lados para ver se tinha alguém me seguindo ou me olhando com ar acusador. Muito boa a minha fugida. O resultado externo foi aprovado, estou com fios louros sobre o cabelo escuro como gosto de ter, as unhas vermelhas como devem estar e com a paz de espírito que os atos corajosos fazem a gente sentir.

novembro 20, 2001

Água é liberdade!
Fonte

Da série Ranzinza II
Aí na sua casa tem gente que corta o pão e deixa todos os farelos espalhados, que grudam no seu braço quando você desavisadamente o apoia na mesa? Aqui tem.
Da série Ranzinza I
Pois então, aí na sua casa tem gente que não pode ver você concentrada? E que isso é o sinal para elas resolverem conversar com você? Aqui tem.

Circuito blogueiro I

Se você lê continuamente alguém, rápido começa a conhecer como ele vai passando, mesmo que o assunto não seja esse. Desse jeito, percebo alegrias e tristezas escondidas e reveladas nas vírgulas e pontos. Isso porque tenho quase uma rotina de visitas aos amigos que escrevem. Da maioria só conheço as letras, mas ainda assim julgo conhecê-los.

O caçula do circuito tem o encanto que todo caçula tem e descubro, a cada dia uma nova qualidade. Olha só isso lá: "D . I . A . C . S . O . N - dúvidas inúteis adquiridas em conversas sobre o nada". Sente só:

"(...) » Se seria correto incluir mapas de volta nos impressos informativos. Se é injusto explicar como chegar e ignorar como voltar. Se a volta é a ida do lado do avesso, ou se é uma experiência completamente diferente.(...)"

Agora dê uma lida va-ga-ro-sa nessa belezura dela -- Meu último homem -- transcrevo um pedacinho só para te provocar ...

"...Meu último homem terá assim um olhar
Daqueles que eu não consigo desviar
Rirá de mim, por mim, comigo, de si
Encherá meu mundo de um riso sem motivo
Estas coisas bobas de tão boas
Que fica só entre os amantes
E ninguém tem coragem de contar.(...)" Ana Maria Gonçalves

E então? Esse primeiro-último homem fecho de um ciclo de buscas e porta de um novo tempo, o máximo, não é não? Queria um homem, escrevendo -- Minha última mulher -- para mim, mas assim com esse tom de coisa infinita.

Leio essas coisas bonitas por aí e fico pensando... o que que eu estou fazendo aqui?


novembro 19, 2001

Pensando na vida
Hoje, na andada com os amigos, constatei, mais uma vez, minha capacidade de adaptação às condições e exigências externas. Sou uma andarilha de longas distâncias, quero dizer, acredito que andando devagar, se vai ao longe. Mas hoje, encontrando meus dois amigos, quando me vi, andava rápido que nem eles. Eles não impuseram ritmo; eu é que achei que eles queriam andar rápido e andei.

Esse exemplo bobo pode ser transposto para muitas outras situações em que acho que as pessoas esperam uma coisa e, assim, na boa, antes que peçam, faço. Salto para a do outro com a maior facilidade. O engraçado é que as pessoas dizem que eu tenho uma personalidade forte, até dominadora. Concluo, que nem sempre as condições externas, são externas. No meu caso, quase sempre são internas e eu é que defino que são assim externamente. Dominadora, eu? Vai você querer conciliar impressões internas com as externas... Eu e as minhas circunstâncias, já dizia o filósofo.

E o seu domingo, foi legal?
Pois então, a mãe veio, a tia, a irmã, o sobrinho e os filhos também. Éramos 10 à mesa do almoço de domingo, em que foi proibido falar de doença; antes celebramos a vida. É que a mãe está doente e todos estamos a fim de viver com ela somente as alegrias. Aos 88 anos, tomou duas doses de uísque, comeu bobó de camarão, fritada de siri e arroz branco. A saladinha light não interessou. E isso porque está doente.

Êta geração forte essa daí!.
Andar, conversar, andar...Muito bom
Andar ao lado de dois amigos. melhor ainda. Conversamos tanto que nem senti cansaço ou vontade de parar. Na andada, vi dois homens que corriam e conversavam ao mesmo tempo. Para mim isso é que é forma física, o resto é conversa.

novembro 18, 2001

Com muitos anos de atraso...
descobri "Guerra nas Estrelas". Pode? Adorei o Epsódio I e agora entendo o que o Marco chama de C3PO e R2. Com um grande, imenso atraso vou entendendo as pessoas e quem sabe um dia consigo me comunicar com elas?
Não é que eu seja "coruja"
Mas fala sério se não é o máximo. LF, o neto, tirou o 1o. lugar nos 400 m nado livre. A família comemorou a vitória, deixando claro que o resultado que importa é ele!

novembro 17, 2001

Las Vegas é aqui!
Não sei porque, mas toda vez que entro aqui penso estar entrando num dos cassinos de Las Vegas.
Um "pub carioca"
Tenho fascinação para entrar num pub, de verdade, londrino. Na falta, invento o "pub carioca". E sabe o que rola por lá? Café. Pois então, estou tentando convencer o people do blogtalkshow a marcar um. Dessa forma, estaremos elevando o café tomado apressado, em pé, com aquele pires de alumínio todo amassado, que fica balançando sobre o balcão, aquela xícara branca, grossa, com a borda azul, algumas tão antigas que têm umas marcas que parecem louça "craquelê", aquele copo com água meio marron de café, onde ficam as colherinhas, aquele açucareiro de vidro que aguenta bem a pancada que você dá nele para o acúcar sair -- num novo momento de relaxamento, muito charme, muita conversa solta. A pressa, o ficar em pé, o pires, as xícaras velhas, o copo depósito de colher e o açucareiro vão continuar lá nos cafés do centro da cidade; não podem acabar nunca, pois são carioca demais. Estamos falando de criar outro cenário tão carioca/amigo quanto -- e eles já existem por aí, espalhados pela cidade. Só está faltando a gente se reunir por lá. Adoro um encontro!

Vai que é sua, Claudia!
Essa veio lá do Recife
Já disse como me amarro em ler comentários: os do meu blog e os de qualquer um. Pois então, lendo os comentários lá no Zamorim sobre o seu pai, Papai Noel há tempos, encontrei o relato do Marcelo . Com a devida autorização, segue o relato: "(...) Quando eu tinha uns 5 anos um amiguinho me disse que "o Papai Noel na verdade é o seu Pai, é ele quem bota o presente na sua cama", eu fiquei intrigado e fui investigar, depois de vasculhar todo o guarda-roupa dos meus pais eu fui até ele e disse mentiroso, meu pai não tem nenhuma roupa vermelha de papai noel. :)." Viu que bonitinho? Isso é credibilidade. Por que será que a gente perde? Em que pedaço da estrada, jaz uma parte dela?
Da série "a infeliz mulher bem-casada"
Vim entender o significado dessa expressão no dia em que uma amiga, ao ficar viúva, quebrou a marretadas a mesa da sala, que ela detestava, e que era gosto só do marido. Muito ruim. Tão melhor fazer essa marreta funcionar, enquanto ela podia quebrar o que ainda tinha conserto e tempo para a cola secar...Mesmo que as marcas da colagem ficassem para sempre estampadas ali, pelo menos teria havido uma coisa de verdade. E eu que sempre achei que eram felizes. Quanta repressão, anulação, silêncio e pseudos consentimentos. Muito ruim. Não tem que ser assim. Essa é uma das histórias que contaram para a gente e muita gente acredita nela até hoje.
Amor ou crendice? Ou as crendices no amor? Ou amor e crendice? Ou é amor ou só crendice?
Uma amiga contou que soube por uma amiga a história de uma outra amiga que, mesmo após o marido ter saído de casa, todo o dia ela colocava à mesa, seu prato, talheres, copo e guardanapo como se, a qualquer momento, ele fosse chegar. Ensinaram isso e ela fez, dia-a-dia, até que ele voltou. Se foi feliz depois disso? Não sei, mas dentro dos moldes conservadores do que era permitido a uma esposa fazer na luta para manter um casamento, creio que retrata uma época, em que havia esse estado civil de "esposa abandonada". Esse tempo já passou.(?) Sinto muito, mas essa frase necessita dos dois pontos.

novembro 16, 2001

E o Blogtalkshow? O máximo!

Pois então, conseguimos criar um recorte para lá de amigável nessa terra blogueira. Estamos vivendo e a era do blogtalkshow. É só entrar no comentário e no clima de conversa que vez por outra rola. Ela está dando força ao movimento.

"Dono de faculdade diz que estudar é bobagem"
O JB, p.6 de hoje publica reportagem, com este título, com o dono da Estácio de Sá, "a McDonald's do curso superior". Um dos programas noturnos será a leitura da reportagem.
Está difícil manter o otimismo!
"Divinha" qual é o provável bairro a ficar primeiro, sem água? Acertou: a Urca, aqui, onde moro. Será que a Cedae tem certeza disso? Não precisa nem de uma ajuda dos universitários para saber quando vai começar a funcionar 100%, ou se esse cheiro não tem problema, a cor também não? Eu aprendi que a água é uma substância incolor, insípida e inodora. Mudou isso? Hummmm!
Robocop mais para robobão
Sabe todas aquelas coisa que você faz, para fingir que está tudo bem, sob controle, sem faltas ou saudade? Aquelas receitas que não sei se estão escritas, mas que todos nós conhecemos? As do tipo: encha-se de coisas tolas para fazer; faça-as maquinalmente várias vezes e de várias formas; costure, cozinhe, tente ler, borde (??), faça tricô ou crochê, conserte o secador de roupa, se não tem secadora, limpe a casa, faça faxina; fique pouco tempo sozinha; ocupe-se, ocupe-se, ocupe-se.

Pronto, seguindo essas sugestões você não vai dar conta da imensa falta do caramba que você está sentindo. Essa versão moderna de robocop utilitário está sempre por aí, fingindo que engana a gente.

Engana a quem? Acho isso tudo uma versão de robobão; nem um robo exterminador isso é, pois não acaba com coisa alguma. A falta permanece lá, absoluta pela sua grandeza e extensão.
É tudo fingimento, enquanto a vida passa, sem que a gente se dê conta que de repente a sua vida fica sendo essa de "é tarde! é tarde! é tarde", na versão moderna do Seu Coelho da Alice, para rolar pelas superfícies e nunca chegar ao fundo bom, ao que tem chão.
Essa brincadeira é muito da chata. Não quero mais brincar!

novembro 15, 2001

Quero me afastar dessa margem e atravessar o rio. Está tudo tão grudadinho aqui. Alguém me ajuda?

Como é que chegam aqui?


Pois então, descobri que há uma boneca que sempre faz um monte de gente chegar por essas bandas. A busca por mulheres saradas também traz muita gente. Será que algum dia falei disso? Claro que sim, mas nunca pensei que isso seria tão marcante. Agora vê: não tenho nenhuma boneca, não sou nada sarada, mas acaba apontando para cá. Devo deixar muita gente decepcionada. Paciência.

Mudando completamente de assunto e saltando para dentro d'água. O que que há com a nossa água? Está escura e a Cedae diz que o cheiro é pelo excesso de cloro. Mas por que puseram mais cloro do que o habitual? Falei igualzinha a Alice no País das Maravilhas: mas por que pintar as rosas brancas de vermelho? Acho que tenho que ler o jornal todo.

A vida pode agora continuar
Afinal, estamos classificados. Agora fica mais fácil lidar com os aumentos, a fome, a miséria, os roubos -- afinal estamos na Copa.
Ainda não estamos no bloco dos países que decidem, lá nas Nações Unidas, mas afinal, não podemos ter tudo, não é mesmo?
Ontem pensei que aquele locutor fosse ter uma coisa! Como não pôde gritar RRRRRRoooonalllllllldinhoooooo! Atacou de RRRRRRRRRRiiiiiiiivalllllllllllllllllllldo! e sempre aos urros que ressoam como eco na minha cabeça, muito tempo depois do jogo ter terminado.
Viva a solidariedade!
Só quem vive a experiência do Blog-talk-show sabe verdadeiramente valorizar o espaço dos comentários. É um grande loft, misto de email, comentários pp. ditos, o lugar do alô, das mensagens criptografadas, o máximo! E, é o espaço da solidariedade. Tive provas disso, agora na inauguração da nova cara -- magrinha, grudadinha nas margens, ainda meio que sedada -- mas vai com a ajuda de todos, ganhando cor e formas melhores. Oba! Adoro meus pares tão solidários, compreensivos e amigos.

novembro 14, 2001

A casa nova precisadíssima de reformas

Quem disse que daria certo? Deu certo só um pouquinho. As reformas, ajustes, acertos serão o tema principal do encontro de reconciliação que terei na sexta. Claro que não fosse o Marco, meu querido guru presencial, ainda estaria muito pior, embolados o @joyce e eu no chão aos tags e sem beijos.

Definitivamente essa não é a minha praia. Tenho mais é que frequentar as minhas aulas grátis, escrever sobre qualquer coisa que der vontade, aproveitar as brechas da vida e deixar essas habilidades de fazer coisas bonitas, para quem sabe... Oh dia! Oh vida! como diria o Hardy Ha Ha.

Pensamento lá das alturas
Olhando lá de cima, me veio a pergunta: que força é essa que tem a faixa de areia que consegue barrar a entrada das águas do mar?

novembro 12, 2001

Afinal, em que estação do ano estamos?

Não está frio, nem quente; faz sol, mas volta e meia chove... Uma grande bagunça está acontecendo por aqui. Você conhece alguma coisa mais desacreditada do que as tais das estações do ano? Não precisa responder -- claro que conhece.

novembro 11, 2001

Os ventos fizeram rolar a maior festa ontem no Arpoador. Uma cabeçada de windsurfs corria como carro sobre o mar. Aqui e ali havia gente de sky-dive. Uma festa para o espírito.
A foto foi ótima indicação da Lu
Vulnerável
E sei o porquê da fragilidade. Lembra do sonho-revelação? Pois então, parei para refletir sobre ele.

Tem gente que faz bem a você, não é mesmo? E ficar ao seu lado te dá vontade de fazer, realizar, produzir, zoar com prazer.
Pois então, sem ela, a brecha -- e é brecha porque é através dela que você espia como se pode ser feliz -- as tarefas são todas feitas, muito mais para o bem dos outros, do que pelos seus desejos e sonhos mais profundos.
Ainda que faça constantes concessões aos problemas, requerimentos e necessidades dos outros, segure o papel de ator principal.
Se esquecer, vai brincar de viver; ser marionete de uma peça sem graça nenhuma. Muito melhor encenar uma vida de verdade. Meio professoral? Mas conheço gente que vai adorar pensar nisso.
Estou vulnerável, mas quase brilhante!
Pescarias dominicais

Vi um pescador puxar a vara e pescar uma alga verdinha. Quem sabe um restaurante japones se interessa e compra para fazer aquela comida com ovas de peixe e arroz, enrolada com alga? 1 a 0 peixes.

novembro 10, 2001

"Maurits Cornelis Escher foi um artista gráfico holandês, mais conhecido por suas ilusões espaciais, construções impossíveis, figuras geométricas repetitivas e suas incríveis técnicas de gravação em madeira e litografia." Mais informações sobre o artista aqui.

Não resisto a esse trabalho - Fita - 1956 e parto para inventar sentidos malucos e histórias doidas. Ela e ele unidos na mesma fita, no mesmo filme, na mesma vida. Ambos abertos para o que está fora deles, se desmanchando numa sintonia criadora de uma outra coisa, aparentemente saindo cada um de si, mas ligados mais do que nunca um ao outro.

"(...) Brincam de liberdade os pares apaixonados e essa brincadeira é quase de verdade" Maria Rita Kheil

Que viagem!

Cadê as ostras?

Foram 52 km até o restaurante da Tia Penha, lá em Guaratiba, para comer ostras -- e não tem mais ostras. Do que será que acusam as ostras agora? Será que descobriram que fazem mal? Estão caras demais? Estão em extinção?

O fato é que depois de 1 h Urca-Guaratiba, não tem ostra? Vamos de pastel de camarão, caldo de feijão e risoto de camarão. Descombinadíssimo como sempre.

Uma volta para casa com direito às praias do Grumari, Prainha (maravilha), Macumba(outra maravilha), Reserva, Barra, Leblon, Ipanema, Copacabana, Urca. O Rio tem dessas coisas; você sai da estrada principal e esbarra com locais preservados, lindos, cheios de encantos. Muito bom. Como é bonita a minha cidade!!!!

Consegui!!!!

Claro que não fiz sozinha. Agora, ele criou um Blogfaq que ajuda até gente atolada como eu. Nessa comunidade blogueira é grande a cooperação e ele é um dos dinâmicos moderadores desse grupo. Muito legal.

É claro que as coisas ainda não estão perfeitas, pois os antigos comentários foram perdidos. É sempre um começar de novo nessa tal de virtualidade. Mas enfim, com essa super ajuda, os comentários estão funcionando e eu, esperando para ler todas as opiniões represadas por você há três dias. Oba!

Sábado bom para ir lá em Guaratiba comer ostras e não pensar em nada.
Sábado bom para organizar a viagem a SP, e pensar se enxerto meias de seda na bagagem; se arrumo minhas roupas ou deixo tudo como está; se penso nas revelações decifradas no sonho desta noite. Concluo que o melhor é deixar tudo para amanhã e curtir o sol, as ostras ou o que mais que pintar por aqui.

novembro 09, 2001

Pois então...

Sexta-feira que traz o amor simples, cúmplice, dos silêncios compartilhados, das respirações ritmadas, das confidencialidades, dos engates perfeitos, dos inventos, do ouvir e do contar histórias do dia-a-dia; e faz pensar que é tão intenso e forte que com ele, tudo vale a pena.

E com esse amor ser feliz para sempre; até onde for esse sempre. Na verdade, de preferência, sempre para sempre. Muito bom! Pensou que eu fosse dizer o máximo? Acertou: o máximo!

novembro 08, 2001

"O problema é que a Educação deficiente "mata" aos poucos e seus males poucas vezes são relacionados à causa que os originou"
Puxa, foi um soco na boca do estômago, se bem que nunca recebi nenhum de verdade! Ouvi isso hoje. Tão verdadeiro ele é, que chega a "explicar" o descaso com a educação que rola por aí. Diferentemente do caos na saúde, cujos efeitos são sentidos no corpo, imediatamente, o caos educacional mina aos poucos, um povo. E isso é absolutamente desastroso, pois dizima um povo, não pela morte imediata, mas pela morte do espírito, do pensamento e do conhecimento. Povo burro, só para quem quer, é povo feliz!

Comecei, então a pensar na roda perversa em que estão amarrados como aros, os educadores. Um quizz, não tão bom quanto o do Interney:
-- Quem faz o trabalho administrativo nas empresas? Resposta correta: Alguém contratado para desempenhar funções administrativas.
-- Quem cuida das bibliotecas nas universidades? Resposta correta: Um bibliotecário.
-- Quem é o responsável pela alimentação dos funcionários de uma empresa ou de um hospital? Resposta correta: Uma nutricionista.

Agora, vamos até uma escola. A resposta incorreta é a que vigora. Quem exerce todas as funções acima descritas, mais qualquer outro serviço, na maioria das vezes -- é um professor. Já ouvi autoridades, exaltando a importância de empregarem profesores em seus gabinetes - pois eles são muito organizados; vão colocar todos os papéis em ordem; vão arrumar os arquivos.

Será que magistério é isso? Que profissão é essa que, ascender profissionalmente é sair de turma e parar de dar aulas? Alguma coisa está errada, não está não?

Bem, estou cansada da festa de ontem; estou desanimada com os rumos da educação; estou triste de não ter ânimo para lutar contra isso; estou com calor; estou surpresa com o nascimento da minha empresa; estou frágil, forte, covarde e corajosa; estou mais apaixonada do que sempre fui, por certas pessoas e por algumas coisas. Mas, mais que tudo, estou engasgada com essa "morte" em pequenas doses, cometida ao longo de muitos anos. Vou voltar a falar disso, pois certos sapos que tentam fazer a gente engolir, sempre podem ser cuspidos, ou cortados em pedaços bem pequenininhos.Vou fazer as duas coisas.



De novo!!!!!!!!!

Você tentou colocar um comentário e não conseguiu? Continue meu amigo e escreva quando for consertado? Adoro ler comentários.

Depois da festa, a ressaca

Porque ontem foi festa da Cecília Meireles. A grande "hostess" foi ela, a super-poderosa amiga, que eu, sem nunca ter visto, gosto como se a conhecesse há muito tempo. Ela conseguiu "contaminar" muita gente, em torno de uma homenagem merecida, e fez isso sem puxar para ela nenhum mérito; pelo contrário, soube desviar o foco para a homenageada. Fala sério, não é muito comum nas nossas praias essa atitude compromissada só com o desejo de homenagear o outro. O máximo essa minha amiga!

novembro 07, 2001

Interlúdio

As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.

Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente — claro muro
sem coisas escritas.

Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.

Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.

Fico ao teu lado.


A Pombinha da Mata

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha gemer.

"Eu acho que ela está com fome",
disse o primeiro,
"e não tem nada para comer."

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha carpir.

"Eu acho que ela ficou presa",
disse o segundo,
"e não sabe como fugir."

Três meninos na mata ouviram
uma pombinha gemer.

"Eu acho que ela está com saudade",
disse o terceiro,
"e com certeza vai morrer."


"Sobre um poema quase nunca há nada a dizer. Deseja-se que seja amado, se for possível."

Cecília Meireles - simplesmente, o máximo!

novembro 06, 2001

Na terra de cego, quem tem olho, o que que está fazendo lá?
Morro da Urca

Durante a aula, desconcentradíssima como sempre, vi duas coisas se mexendo no morro da Urca. Fixei os olhos e vi dois cachorros que brincavam de alpinista. Subiam e desciam o morro correndo, na maior alegria. Nunca tinha visto cachorros-alpinistas.

E então...o baile.

Eu soube hoje na aula grátis. Já reparou como eu enfatizo o grátis? É a primeira vez na vida que experimento uma coisa grátis. Sempre estou na contra-mão das liquidações; nunca consegui ganhar prêmio algum; só fui sorteada uma vez, e assim mesmo era um rádio-relógio do Paraguai que não funcionava. Mas, o baile vai reunir as 50 turmas das praias do Rio. Vão alugar um ônibus para o baile, pertinho -- em Jacarepaguá. Traje passeio completo com eleição de Rainha. Cada praia terá a sua candidata. Vi certos olhares para o meu lado. Tô fora, pelo menos do concurso; do baile, não sei. Já gosto de uma dança.

Oba!

Antes de enfrentar o pier da Praça Mauá, uma notícia meio inusitada: vai ter baile na aula grátis, com direito a escolha de rainha e tudo. Pode? Mais tarde a gente conversa.

novembro 05, 2001

Segunda-feira que mais pareceu uma quarta

Onde anda aquela segunda molenga, atônita com o término do fim-de-semana? As notícias atropelaram e conto em dois atos:

Primeiro: Já tinha lido no Zamorim e hoje ouvi: a nossa atleta de ginástica artística feminina (antigamente conhecida como ginástica olímpica), Daniele Hipólito, agora vice-campeã em torneio mundial, chega amanhã e quem sabe recebe os salários atrasados? Uma vergonha.

Segundo ato: Minha mãe liga para o meu trabalho, chorando. Não se cadastrou e teve o salário suspenso. Aqui, os pensionistas, anualmente, têm que provar que estão vivos, pois há "fantasmas" em demasia.

Resumo, amanhã vou partir para a Praça Mauá, que é interessante, para quem está com o seu navio estacionado por lá, porque, fala sério, a Rodrigues Alves é a avenida mais escura e cinzenta dessa cidade.

Bem, vou lá com ela fazer a prova de vida. Mas enfim, they still say I love you.

Estou insuportável, chata, meu cabelo está horrível, um "call" me espera de braços fechados, acabou a série das Brumas de Avalon, o Rei Artur morreu, Lancelot também, ninguém ficou com quem queria, muita onda e pouca brisa.

Ufa! Fechando rápido as cortinas dessa pecinha chata.

Bem de-sa-ce-le-ra-da e abrindo as cortinas para o meu jeito de sempre: amanhã tem aula grátis, vou torcer para que a minha brecha da vida volte logo, vou levar tudo no calor -- como sabiamente ensinava meu pai e -- enfrentar a Praça Mauá.

Dia 5 - Lá vamos nós outra vez, mas o importante é que "...they still say I love you"

novembro 04, 2001

Absolutamente sem idéia do que almoçar, esbarro na feira, com folhas de uva.

Visões de desertos, camelos, resolvi: comida árabe. Influência na novela das 8, a qual não assisto nunca? E assim foi: arroz com lentilhas, tabule, quibe de forno, trouxinha de folhas de uva.

Como a tradição manda, Tina resolveu fazer batata rostie, muito apropriada para acompanhar -- nada! Um quindão trouxe o almoço de volta ao país tropical. E ficamos descombinadíssimos assim!

Mudando completamente de assunto, assisti à primeira parte das Brumas de Avalon; amanhã continua. A fotografia do filme é muito bonita e reproduz Avalon como eu imaginava.

O cinema é uma coisa mágica; quando a ambientação é bem feita, ela tem cheiro. Nas cenas de preparação da Morgana como sacerdotiza o cheiro é de lavandas, ervas e o ar purificado.

Nas cenas com a tia Morguse (acho que é esse o nome), o ar é pesado pela falta de luz. Numa cena que Lot assa um porco, o cheiro é de cozinha de um botequim de segunda, apesar de eu nunca ter entrado em nenhuma.

Uma arte que não aceita se bastar pela imagem, a esgarça com pitadas de tecnologia-arte e, nos leva adiante do que se mostra como imagem. Muito bom.

novembro 03, 2001

Um galo cantou!

Alguém comprou um galo pelas vizinhanças. Meio dia e quarenta ele cantou, pelo jeito ainda meio desambientado com o lugar e a hora. Me dei conta do tempo não ouvia um.

Por que ninguém pensou em criar um despertador com o canto do galo, em vez dos sons eletrônicos que não te impelem a sair da cama? Pelo menos com o galo, você iria acordar animado, pensando no leite fresco tirado na hora, no pão feito em casa, na manteiga pura. Como nada disso é real, melhor continuar dormindo. Eu acho que esse despertador não é uma boa idéia.

"Fashion", eu? Menos

Não bastasse eu já estar fora do estereótipo de avó que faz tricô, pintei uma florzinha branca sobre uma das unhas vermelhas. Achou ridículo? Que nada, ficou um charme. Bem, se começar a dar sinais de que vou virar "ploc", a família tem ordem de me internar, portanto ainda estou no crédito.

Mas voltando às unhas vermelhas sempre -- o lema para quem roeu unhas até os 30 e, tal qual a Rainha, da Alice no País das Maravilhas -- só gosto de rosas vermelhas.
"-Mas por que pintar as rosas brancas de vermelho? perguntou Alice aos soldados de cartas da rainha.
-A nossa Rainha assim / só gosta cor de carmim / se ela chegar / mas que azar / vai ser o nosso fim / e como morrer é ruim / pintamos cor de carmim."
Esse diálogo era o que eu ouvia quando criança no disquinho da Alice. Por que até hoje eu sei a música de cor, não me pergunte. Só sei que só gosto cor de carmim. Como a rainha.

"Parece que foi hontem"

Havia um baile por aqui com esse título. Nunca fui, mas devia ser ótimo. Somente embalada pelo espírito das lembranças, sem qualquer mínimo vestígio de esclerose, repito o gif das engrenagens, porque a engrenagem é tudo nos relacionamentos. Óleo no nível certo; dentes encaixados macia e meigamente; peças juntas, pois separadas são peças que só servem ao movimento dos outros -- notícias do amor que existe.

O máximo esse gif maluco que fala sozinho.

novembro 02, 2001

Estive olhando outros blogs e muitos não têm título nos posts. Por que será que eu coloco nos meus? Acho que é uma vã tentativa de fingir que não estou escrevendo um diário e sim, crônicas. Bem pretensiosa eu, não?

Consultora dublê de Dona Ieda

Feriado, dia de dormir até não conseguir manter mais os olhos fechados. Tomara que tenha sido assim com você, porque por aqui...

Fiquei fingindo durante muito tempo que não estava ouvindo um "pai de atacado" que, para suprir a imensa falta de tempo para os filhos que deve compor o seu dia-a-dia, resolveu brincar aos berros com as crianças na rua.

Tudo isso passou pela minha cabeça, sem que eu abrisse os olhos. Descobri depois que o cioso pai era meu amigo de São Paulo, que veio passar os feriados, pelo visto sob a minha janela.

Parei de resmungar internamente e abri o meu lado compreensivo. Afinal, quem manda morar num lugar que mais parece um sítio? Imagine crianças que vivem em São Paulo, que brincam em plays ou clubes, se verem de repente podendo brincar na rua? Que se danem aqueles que querem dormir, diante de uma experiência tão ímpar (arghh!).

Feriado, nada de Dona Ieda, a cozinheira da casa. Muito justo.

Adivinha quem vai para a cozinha? Pois então. Acertou e nem precisou chamar os universitários, que aliás também não acertam nada. Onde será que eles estudam?

Bem, já como dublê efetiva no cargo (não tão justo), saio para andar com LF, o neto, já na certeza de que preciso me precaver das calorias que vão pintar por aqui nesse feriado à toa.

Fico sabendo que LF, o filho também vem almoçar com a mulher e a cunhada.

Nossa! Será que o feijão manteiga dá?

Desencavo um roast beef, muita batata frita, uma farofa de ovo, um refogado de uma folha que não sei o nome, faço uma pasta de salmão, uma conserva de beringela ótima que um dia eu ensino, já tem uma salada crua, Angela, a nora, traz uma conserva de tomate seco deliciosa e uma caixa de sorvete, corto as mangas, ops! -- ficou igual a comida a quilo!

Sem ter que pesar a comida e sem pesares por qualquer tristeza, todos comeram felizes como sempre!

O tempo passa, o tempo voa, mas os grandes ditos continuam numa boa

"As you grow up older, you will discover that you have two hands; one for helping yourself, the other for helping others". Audrey Hepburn.

Às brechas da vida -- sempre e tão-somente a vitória!

Então, com um título desses parece que vai aparecer um cavaleiro de armadura, empunhando uma espada, pronto para salvar a cidade da ameaça inimiga? Nada disso. Exalto a minha brecha da vida -- aquele-você-não-sabe-quem, que fez o dia das bruxas, que tinha tudo para ser uma grande abóbora, muito antes da meia-noite, ser tão bom!
Foi magia para bruxa nenhuma botar defeito. O máximo!
E, para manter o meu habitual estilo de eterno atraso em relação às datas... um pequeno afago, porque com essas coisas não se brinca.

novembro 01, 2001

Nossa! Para que limbo do ar foram os comentários que estavam aqui? Então, eu estava tão feliz!
Influenciada pelo que gosta

Fala-se por aí, que os donos acabam ficando parecidos com seus cachorros. Diz a popular aqui que, de tanto conviver com uma pessoa, muitas vezes você se pega falando e repetindo comportamentos que você viu nela e, sem sentir os repete, goste deles ou não. Pois então, hoje concluo que, de tanto ler ali, , acolá, aqui e em todos os outros que gosto tanto quanto, acabo escrevendo parecido com eles. O máximo essa cópia não autorizada que é efeito de se ler quem a gente gosta.

Encontro mensal

Ontem, foi dia de encontro dos amigos, lá no Botequim Informal. Muito bom comer polenta com molho de gorgonzola, picanha aperitivo, coxinha de galinha, bolinho de aipim...muito chopp; será que já contabilizamos 5.000 calorias? Junte-se a isso: descontração, riso, reencontro, amor, amizade -- eis o espaço das brechas da vida, a única forma de rolar uma vida de verdade.

Por increça que parível

Pois então, assim mesmo, como fala o meu amigo Fábio, descobri que o dia das bruxas já é minha conhecida há muito tempo. Quando criança, em Teresópolis, nossa brincadeira era, à noite, acender velas nas abóboras furadas como uma cara, colocar no muro da casa e esperar escondida pelo susto das pessoas. Só que não me toquei que era por conta do dia das bruxas. Nesses tempos, tudo era só brincadeira.