outubro 25, 2001

De cantar o canto do nosso Hino

Ontem foi o dia da abertura de um Congresso de Educação Infantil e participei da mesa de abertura, falando por lá umas três palavras.
Começou com o silêncio de 1 minuto por algum Diretor falacido. Seguiu com o Hino Nacional.

Bem, eu lá em cima, com o auditório cheio na frente... e se eu erro a letra? Isso comigo é super comum. Sempre me confundo com quem vem primeiro: Brasil um sonho intenso, um raio vívido ou o Brasil de amor eterno seja símbolo, o lábaro que ostentas estrelado? Enfim, só cantando para não errar.

E a emoção ao cantá-lo. Aqueles "seus filhos não fugirão à luta", me emocionam sempre. Que premonição!

Fico pensando em como o sentimento patriótico é despertado pelo Hino Nacional. Como me enche de orgulho do Brasil. Como me faz esquecer do tanto que precisa ser consertado e melhorado, esse nosso país. Me faz esquecer e ao mesmo tempo me faz lembrar muita coisa.

Uma delas, uma marca infantil. Quando era do primário (Ensino Fundamental para os atuais), estudava numa escola dentro de um forte do Exército.
Não sei se contagiada pelo entorno físico ou se era procedimento comum em todas as escolas públicas, todas as manhãs hasteávamos a Bandeira e cantávamos o Hino Nacional. Um aluno a cada dia fazia o hasteamento sob o olhar da Diretora.

Não é que um dia, eu deixei a Bandeira despencar do mastro? Ela já estava lá em cima. O Hino já tinha acabado e a Bandeira, calmamente embaixo. Sei lá, acho que não prendi a cordinha direito. Nunca fui lá grande coisa prá prender nada, dar nó, essa coisa das amarras.
Resumo, fiquei por uns tempos fora da função de hastear a nossa verde-amarelo. Depois, voltei à função -- essa era uma escola sem fracasso. Vim a saber isso muito tempo depois.