Acordei "mexida", encafifada com o sonho que tive. Devo ter domido com fome, pois estava com umas amigas e me afasto para entrar nun restaurante. Ao sair, o indiano que estava na caixa, cria a maior quizumba. A conta era 5,40 e ofereço duas opções: tenho uma nota de 5 reais ou uma de 50. Diante do silêncio, dou-lhe a de 50. O troco vem em papel, tipo aqueles vale qualquer coisa, seja transporte ou alimentação ou então papéis do Tesouro Nacional. Não aceito e começa a discussão que termina com ele me pedindo para avisá-lo, quando for voltar ao restaurante. Deixo claro que não pretendo voltar e saio, agora já com uma mini-árvore e uma mala grande, que alguém leva para fora. Tinha também uma bagagem de mão que LF, o neto, carrega para mim, empurrando-a com os pés, ou por molecagem ou pelo peso mesmo. Eu, falando com o neto para não arrastar a minha valise, não percebo que o cara da mala entra por um lugar tipo um depósito de coisas velhas e esconde a mala e a árvore, como que evitando a minha saída. Recupero as duas. Nisso, já está no portão da casa, um empregado fortão do restaurante, meio que barrando a passagem. LF me avisa. Jogo a árvore e a mala por cima do muro, que apareceu não sei de onde e salto o muro eu mesma. Livre. Quando acordei me lembrei que LF não pulou o muro e que isso não me angustiou, pois ele parecia muito bem. Os pontos curiosos: a força que ele me deu para eu escapar; a mala escondida; que árvore é essa? Raízes? Terra? A pressa em saltar o muro e, não fossem os anos de análise que me ensinaram a indicar para onde apontam os sonhos, eu esqueceria mais esse.
março 28, 2002
Os ditos dos sonhos
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