junho 04, 2001



Algumas idéias sobre a minha vida no Brasil

foi como eu descrevi esse espaço. Quando se fala da gente, falamos de todos, ou é o contrário? Em longas e maravilhosas sessões de análise, aprendi isso. Sempre falamos de nós -- portanto cuidado com os comentários feitos sobre as supostas pretensões, ambições ou desejos alheios -- quase sempre são nossos e por isso os reconhecemos, e os vemos como velhos conhecidos. O que nos causa uma certa estranheza é vê-los fora de nós, nos outros e por causa disso o denunciamos. Viajei? Pode ser, mas creio que não.
Tenho uma mãe. O pai morreu. Os dois filhos são pessoas que eu gostaria que fossem meus amigos, se não fossem meus filhos, se por acaso eu esbarrasse com eles por aí. Esse é o maior elogio que posso fazer a eles. Tomara que eles reconheçam dessa forma. Sou avó. Uma vez, escutei um padre que disse que hoje as pessoas não são; elas têm: têm filhos, têm casa, têm amor. Daí em diante, digo sou mãe, sou avó, sou mulher. Como diz o anúncio têm coisas que o dinheiro não compra... outras ele compra sim.

E sou amada. Não sei bem o porquê, mas sou. Aliás, que mágica essa história de amor, não é mesmo? Li também que amor é quando a cumplicidade permite que você se mostre frágil diante do outro; que porque a ama, entende isso. O máximo!!!!