Li lá e então pensei por aqui na história das aparências. No que se faz, se abdica e se mente por conta de mantê-las. Logo a seguir, penso em transparência -- em ver através do que está aparente; comportamento sem mácaras e falsidades; o que é em essência, verdadeiro, o que se mostra às claras.
E pergunto:
Se o aparente retrata uma situação mentirosa, há transparência? Ou espera-se que a transparência mostre apenas a banda boa? Se uma situação, nunca verbalizada existe, mas é mascarada pelas aparências, ela, por conta da conveniência, deixa se ser transparente? Ou teríamos aí a tal da opacidade, uma transparência meio turva, uma falsa transparência?
Quase concluo que há níveis de transparência. Há os véus e se brinca com eles, tal qual numa dança do ventre, em que o movimento dos braços desvenda ou mostra o que eu quero que apareça. E, no fundo, cada qual do seu jeito e ao seu modo, é transparente.
Melhor ir andar; dar umas voltas por aí.
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