novembro 20, 2001

Circuito blogueiro I

Se você lê continuamente alguém, rápido começa a conhecer como ele vai passando, mesmo que o assunto não seja esse. Desse jeito, percebo alegrias e tristezas escondidas e reveladas nas vírgulas e pontos. Isso porque tenho quase uma rotina de visitas aos amigos que escrevem. Da maioria só conheço as letras, mas ainda assim julgo conhecê-los.

O caçula do circuito tem o encanto que todo caçula tem e descubro, a cada dia uma nova qualidade. Olha só isso lá: "D . I . A . C . S . O . N - dúvidas inúteis adquiridas em conversas sobre o nada". Sente só:

"(...) » Se seria correto incluir mapas de volta nos impressos informativos. Se é injusto explicar como chegar e ignorar como voltar. Se a volta é a ida do lado do avesso, ou se é uma experiência completamente diferente.(...)"

Agora dê uma lida va-ga-ro-sa nessa belezura dela -- Meu último homem -- transcrevo um pedacinho só para te provocar ...

"...Meu último homem terá assim um olhar
Daqueles que eu não consigo desviar
Rirá de mim, por mim, comigo, de si
Encherá meu mundo de um riso sem motivo
Estas coisas bobas de tão boas
Que fica só entre os amantes
E ninguém tem coragem de contar.(...)" Ana Maria Gonçalves

E então? Esse primeiro-último homem fecho de um ciclo de buscas e porta de um novo tempo, o máximo, não é não? Queria um homem, escrevendo -- Minha última mulher -- para mim, mas assim com esse tom de coisa infinita.

Leio essas coisas bonitas por aí e fico pensando... o que que eu estou fazendo aqui?