novembro 02, 2001

Consultora dublê de Dona Ieda

Feriado, dia de dormir até não conseguir manter mais os olhos fechados. Tomara que tenha sido assim com você, porque por aqui...

Fiquei fingindo durante muito tempo que não estava ouvindo um "pai de atacado" que, para suprir a imensa falta de tempo para os filhos que deve compor o seu dia-a-dia, resolveu brincar aos berros com as crianças na rua.

Tudo isso passou pela minha cabeça, sem que eu abrisse os olhos. Descobri depois que o cioso pai era meu amigo de São Paulo, que veio passar os feriados, pelo visto sob a minha janela.

Parei de resmungar internamente e abri o meu lado compreensivo. Afinal, quem manda morar num lugar que mais parece um sítio? Imagine crianças que vivem em São Paulo, que brincam em plays ou clubes, se verem de repente podendo brincar na rua? Que se danem aqueles que querem dormir, diante de uma experiência tão ímpar (arghh!).

Feriado, nada de Dona Ieda, a cozinheira da casa. Muito justo.

Adivinha quem vai para a cozinha? Pois então. Acertou e nem precisou chamar os universitários, que aliás também não acertam nada. Onde será que eles estudam?

Bem, já como dublê efetiva no cargo (não tão justo), saio para andar com LF, o neto, já na certeza de que preciso me precaver das calorias que vão pintar por aqui nesse feriado à toa.

Fico sabendo que LF, o filho também vem almoçar com a mulher e a cunhada.

Nossa! Será que o feijão manteiga dá?

Desencavo um roast beef, muita batata frita, uma farofa de ovo, um refogado de uma folha que não sei o nome, faço uma pasta de salmão, uma conserva de beringela ótima que um dia eu ensino, já tem uma salada crua, Angela, a nora, traz uma conserva de tomate seco deliciosa e uma caixa de sorvete, corto as mangas, ops! -- ficou igual a comida a quilo!

Sem ter que pesar a comida e sem pesares por qualquer tristeza, todos comeram felizes como sempre!