fevereiro 17, 2002

Um assunto inusitado

Então, passei a tarde com a minha mãe, a fim de distraí-la. Pois então, minha irmã, minha prima e eu, juntamo-nos nesta empreitada. Levei-lhe de presente o conjunto P (acho que atualmente é a única na família a caber nesse tamanho), verde claro que caiu perfeito; minha prima levou os brincos, pois a mãe não fica sem eles e desandamos a falar -- dos mortos da família! Você acredita numa coisa dessas? Desde quando esse é um assunto alegre, que serve para distrair alguém? Fiquei pensando que talvez tenha sido para ela valorizar a vida, sei lá; mas ficou esquisito, apesar de não rolar nenhum clima deprê.
Isso porque na família se fala dos mortos como a gente se lembra deles. Ninguém vira santo, porque morreu. Não nos cabe julgar, apenas falamos do que convivemos. E, no final a gente reza para que todos sejam espíritos de muita luz, pois, considerando o que alguns aprontaram por aqui, devem estar precisando.