hoje de manhã bem cedo. Pois então, essa foi a hora que fui para a praia acordar os peixes. O navio que apitava, visto do ângulo que eu o via, parecia querer passar por baixo da Ponte Rio-Niterói, mas sobrava chaminé. Tal qual aqueles carros alegóricos imensos que sempre ficam enganchados nos viadautos da cidade; não chegam nunca ao Sambódromo e acabam fazendo o seu carnaval apoteótico numa avenida qualquer da cidade. Pensei também: será que o comandante pensa que a ponte é daquelas que levantam? O apito devia significar outra coisa. Droga, eu nunca sei o que querem dizer os apitos. Ainda bem que na comunicação entre as pessoas usamos as palavras -- que aliás, às vezes, são mais confusas do que os apitos e que também às vezes, soam para mim incompreensíveis.
março 17, 2002
Um navio apitava por aqui...
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