Pois então, sinto que sou um grande território, comumente invadido por gente que se intitula, os sem-atenção. Olha só: é o cachorro carente; é o neto, querendo que eu assista à competição de natação demoradíssima; é a mãe, estagiando esse final de semana na minha casa; a Tina, querendo que eu faça uma escova nela, para brilhar num casamento da amiga e o marido, que de ver tanta gente na disputa, também quer atenção. E eu já falei como sou impaciente?
Creio que em todo o grupo sempre há um eleito para ser o disponível, não é mesmo? Parece que sou uma dessas eleitas, porém durante muito tempo eu me deixava ser loteada e depois ficava dando socos no ar de raiva pelo uso e abuso que faziam do meu tempo e da minha vida. Um dia..., aprendi e sigo até hoje. Sabe como é planejar uma agenda de reunião? Pois então, é o que faço e distribuo o que resta do meu tempo em atender aos reclamos dos outros -- sem nunca esquecer dos meus próprios, aos quais reservo os horários "nobres" da tal reunião.
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