Acho que acontece sempre que bate o ciúme, a insegurança, cria-se um imbróglio de sentimentos que dizem de um lado para ter paciência, para saber esperar e do outro lado, a distância, a falta da presença dizem de uma urgência que não pode ser atendida. Um confronto de circunstâncias e por mais que a razão nos diga que a causa da distância é justa, o coração insiste em achá-la injusta... Sabia disso Manuel Bandeira e o disse em A Arte de Amar: Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Eu, cá para mim, e só para mim, pois ninguém vai saber, acrescentaria a esse final: Será?
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