maio 27, 2003

Nos orelhões também se ama

Oi, sou eu. Quero saber como foi lá no médico. (Pausa) Correu tudo bem? (Grande pausa -- a pessoa do outro lado deve ter contado em detalhes a tal da visita ao médico, talvez justificando o que sabia que viria a seguir) Uma saudade tão grande de você! Sabia que já há tempo suficiente para um esquecimento oportunista, ocupar a minha cabeça e varrer você de vez? (Pausa -- imagino que foi o momento para os protestos veementes da pessoa do outro lado, que, de certa forma, já havia iniciado a "sua justificativa" na fala anterior -- esperta(o)). Então está bem. (Desliga o orelhão).
Agora dei para ouvir conversa dos outros no orelhão da praça. Nossa! Não, foi só uma ouvida de passagem -- pode acreditar.