Saudade de ter que acordar cedo nas férias, para ir visitar umas ruínas, um comércio fraquinho, uma vista panorâmica pior do que a que tenho da minha janela de casa!
Quero ser guiada, mandada para cá e para lá, sem nenhum poder de decisão, sem pensar em nada, muito menos no passeio que paguei para fazer.
Quero ficar retida nos aeroportos, nos vôos de conexão, que nunca se conectam nas horas prometidas;
Quero sacudir num ônibus ora gelado ora com cheiro de mofo, porque claro que vai ter um companheiro de excursão que vai sentir muito frio ou muito calor -- sempre tem...
Quero sentar nas mesas grandes de restaurantes desconhecidos e comer como um turista que se encanta com a mais trivial comida, como se fora um manjar encantado dos deuses.
Quero comprar bugingangas que jamais usarei, certa disso já na hora da compra; passá-las adiante assim que chegar ao Brasil, certa de que as pessoas irrão detestá-las tanto quanto eu.
Quero e preciso sentir novamente o cheiro do freeshop. Fala sério se há cheiro mais peculiar? Me lembra o cheiro de pipoca e do ar condicionado da Sears, mas esse aroma é só para os mais crescidos.
Quero estampar aquela cara cansadíssima que caracteriza os turistas ao término das viagens. Concluo que ser turista é antes de tudo, ser um forte!
Finalmente, depois de saciar todos esses "queros", curtir a realidade do meu entorno, que concluirei que é o máximo e prometo não ficar contando a viagem para ninguém, pois esse ônus de não ter ido viajar e ter que ouvir o diário de bordo do viajante é um porre, sem falar nos álbuns de fotos. Oh dia!
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