setembro 12, 2001

Eu, talvez como você também...

seja do tipo que não sabe o que dizer em situações de dor. Num enterro, por exemplo, tenho sempre a sensação onipotente de que poderia ter as palavras perfeitas que minimizassem a dor do outro. Pura ilusão. Na maioria das vezes, diante da minha incapacidade assumida de encontrar as tais palavras mágicas, me calo e abraço muito o outro. Aquele abraço forte, em que tento transmitir as palavras que faltam. É essa a minha sensação agora. Sinto que não há lugar para nenhuma palavra. Se fosse possível, seria só tempo daquele abraço forte. De tudo o que vi e ouvi, faço o registro de relatos como o do Marcos Sá Correa, de 12.09.01, (no.com.br) que mostra como "Os americanos reagem" -- "...Um dia depois da terça-feira que pretendia quebrar a espinha (...)".