outubro 06, 2001

Impressões de quem vem de longe

Conversei com uma amiga que há dois anos vive em Portugal e volta por uns tempos para matar saudades. Ouvindo-a falar, percorre-se o caminho que acontece com quem vem afoito atrás de uma idéia alimentada e aumentada pela saudade.

Contava ela da decepção com a feiura da Av. Brasil, com seus muitos "cortiços"; da idéia que lhe passou pela cabeça, imaginando-se um estrangeiro que entra pela nossa cidade por aquela avenida e de como ele não deve entender nada daquilo. Falou depois de como achou a cidade escura, sem luz, em todos os sentidos. Continuou falando de sua entrada no Rebouças e de como, num feixe mágico da luz que emana da Lagoa, concluiu -- cheguei em casa!

Terminou a sua descrição falando da sua manhã seguinte. Da luz, das cores, das pessoas, da alegria e de como não há racionamento que apague a luz dessa Cidade -- Maravilhosa! Tratou de abrir todas as janelas da casa e se embriagar de luz e de sol.

Acho que tal um Palm, de tempos em tempos temos que nos "carregar" -- cada um com aquela energia que nos é vital, para não perdermos a luz.