dezembro 02, 2001

Festa

Nossa, como é bom uma festa, para quem está meio para baixo, como eu. Conversa boa, gente nova, muito proseco geladinho e com direito a dançar um forró. Acrescente aí a vista da Lagoa. Minha Mãe! O que é aquilo? Fiquei dividida entre participar da festa ou ficar na janela. Agi com inteligência e conversei na janela, o proseco foi bebido grande parte na janela, dancei olhando para a janela.

A Lagoa é o lugar do Rio, junto com o Cristo, é claro, que é lindo sempre: de manhã, à tarde, à noite, com sol, com chuva, com nuvens ou sem elas. É tão magnífica vista de cima, quanto andando à sua volta. Aquela casinha no campo tem na Lagoa uma grande concorrente. No meio do meu enlevo-pasto para os olhos, alguém disse: e quando cheira mal por conta dos peixes? E lá isso é hora de se pensar nisso?

Parece a história que me contaram de um cara que adorava acampar. Pois bem, ele casou e na primeira chance que teve levou a esposa para acampar com ele. Andaram de carro até onde deu; andaram mais até onde as pernas deram e chegaram no meio de nada -- lugar considerado por ele, ideal para armar a barraca. Ele, radiante com a sua descoberta, é despertado do enlevo com a pergunta da exausta esposa: E se um de nós quebra uma perna? Creio que o casamento começou a acabar ali naquele exato momento.

Sabe aquela gente assim? "Se morre".