No início, essa comunidade blogueira era só a tal da virtualidade. Lia-se uma coisa ali, gostava-se de outra aqui e, todos protegidos pela distância e pelos rostos inventados no nosso imaginário seguíamos, tateando meio que às tontas o que weblog-isso era. Aos poucos, um email vem e te diz que aquelas letras sabem falar a linguagem das coisas particulares e ela vem e fala com você; só com você. Aquele rosto fake passa a ter contornos mais nítidos; não feições, mas um jeito de ser que começa a corporificar-se. Aí você, um dia, encontra a pessoa, gosta dela e sente uma falta danada quanto ela se afasta. Pois então, estamos num tremendo racionamento de luz, por conta do afastamento -- temporário da Meg, mas que breve estará de volta, acendendo a tal da luz que fez um pacto com ela e só acende quando ela retornar. Portanto, moça, sare logo todos os amigos blogueiros dessa saudade. Esse é o risco do gostar, mas também sem ele, cadê a graça? Quem quer a proteção da distância? Quem quer saber de gente inventada? O máximo é a oportunidade de conhecer gente de verdade. Como ela.
janeiro 05, 2002
Alguém acende a luz aí, por favor?
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