maio 27, 2002

A vantagem das escrituras.

É você não ver as caras e bocas desaprovadoras, de quem lê. Pois então, ainda na história do tempo, hoje esqueci o relógio em casa. Isso é absolutamente denunciante, pois praticamente não o tiro do pulso. Algo me diz que eu não quero me dar conta de que ele está passando; que há um distanciamento chato; que tenho dois dias para terminar um projeto importantíssimo. Aí, a partir desse pensamento, saltei para a máxima do Ghandi, no post abaixo. E, sem medo dos acadêmicos de plantão, conclui sobre a incoerência contida nela e que justo nesta incoerência está a verdade do mistério que é essa vidinha nossa. Pois se aprendo como se fosse viver para sempre, aprendi que não sou eterno. Mas essa aprendizagem, em vez de ser a prisão, ela é a liberdade que você tem de transgredir as verdades absolutas, pelo menos enquanto tem tempo para isso. E fazer. E agir. E viver como se fosse eterno, mesmo sabendo que do amanhã, quem sabe? Ou eu estou muito inteligente hoje ou muito mais confusa do que sou normalmente.