Disse-me o cardiologista que ele anda muito bem. O que sabem os médicos, não é mesmo? Cadê aquele médico que avalia aquelas batidas que ninguém ouve e que são disfarçadas de todos e vivem sozinhas no seu ritmo sem compasso? Mas fui, pois vou para um lugar frio e alto e achei melhor ver como anda o corpo. Estou super animada com a mudança, ainda que curta, mas acontece que vou com o espírito de que
Vou-me embora pra Pasárgada:
"Lá sou amigo do rei
(...)Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada (...)
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente(...)
Lá farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização (...)
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
(...) Na cama que escolherei
Manuel Bandeira que me perdoe, mas falar assim entrecortado, era fundamental.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Página inicial