Resolvi levantar as ações com que nós, pobre comuns mortais, marcamos esse tal ano que pode ser lido de trás para frente. Aqueles sucessos bem comunzinhos que não conseguiriam espaço nos jornais. Alguns não saíram nem de dentro da gente; são vitórias que dizem respeito a nós mesmos, e por isso têm valor, pela sua solidão indevassável. Começo, tirando do meu relato, qualquer tom de promessa; afinal, quem sabe do amanhã?
1. Posso dizer que me sinto uma profissional segura.
2. Aprendi a não adiar situações profissionais chatas. Comecei a peitá-las. Em parte, demorei a fazer isso, pela mania que meu pai tinha de dizer "vai levando no calor..." que traduzido quer dizer, vai empurrando com a barriga.
3. Aprendi que quando você diz, com aquela certeza interna, que quer uma coisa, a estrutura à sua volta, se reorganiza e absorve a mudança.
4. Ainda não venci totalmente a minha impaciência com o tempo do outro, com os puxa-sacos e com os chatos.
5. Abri espaço para mim e, sendo assim, as pessoas do entorno, se movem com mais liberdade.
6. Trabalhei muito. Isso algumas vezes foi uma bênção; outras, um fardo duro de carregar.
7. Aumentei a minha capacidade de não ouvir, quando não estou interessada.
8. Histórias repetidas continuam me enchendo.
9. Permaneço como a preferida para receber qualquer tipo de reclamação doméstica. E esse setor da economia informal caseira tem um crescimento ascendente, vertiginoso. Todavia, como expandi o item 7, sigo sem problema.
E paro por aqui, pois sou uma pessoa comum e minha cota de sucessos, nem como matéria paga iria parar nos jornais.
Se você também é uma pessoa comum, pode fazer a sua lista lá nos Comentários. Quem sabe a gente chega ao perfil desses que são as pessoas comuns?
BlogUpdate: Essa falta de comunicação é que enfraquece ou será que sou a única bem comunzinha?
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