tenha sido obrigado a por os olhos nas suas proximidades. Dessa forma, fui chamada a lidar com o meu dia-a-dia. Isto significa conciliar a minha visão de cidadã do mundo, tentando compreender que mundo é esse, que eu achava que conhecia -- com os cuidados com a mãe de 85 anos que tomou conhecimento do atentado, mas não queria perder o seu médico; com as atenções que LF, o neto, exigia, em sua nova fase de letrista encabulado; com a falta da Dona Ieda, com suas constantes doenças das segundas-feiras; aos projetos escritos que para acontecerem têm que sair do papel -- enfim, requisições não necessariamente nobres, mas que constituem a vida. Concluo que como pessoas comuns, não podemos desvalorizar a qualificação como uma coisa menor. É muito trabalhoso ser comum. Somos umas multifacetadas criaturas que negociam as dores e as alegrias e a maneira como resolvemos essa negociação nos determina como pessoas. Nada heróicas; apenas comuns. Umas mais do que as outras.
setembro 12, 2001
Você, talvez como eu também...
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