novembro 05, 2001

Segunda-feira que mais pareceu uma quarta

Onde anda aquela segunda molenga, atônita com o término do fim-de-semana? As notícias atropelaram e conto em dois atos:

Primeiro: Já tinha lido no Zamorim e hoje ouvi: a nossa atleta de ginástica artística feminina (antigamente conhecida como ginástica olímpica), Daniele Hipólito, agora vice-campeã em torneio mundial, chega amanhã e quem sabe recebe os salários atrasados? Uma vergonha.

Segundo ato: Minha mãe liga para o meu trabalho, chorando. Não se cadastrou e teve o salário suspenso. Aqui, os pensionistas, anualmente, têm que provar que estão vivos, pois há "fantasmas" em demasia.

Resumo, amanhã vou partir para a Praça Mauá, que é interessante, para quem está com o seu navio estacionado por lá, porque, fala sério, a Rodrigues Alves é a avenida mais escura e cinzenta dessa cidade.

Bem, vou lá com ela fazer a prova de vida. Mas enfim, they still say I love you.

Estou insuportável, chata, meu cabelo está horrível, um "call" me espera de braços fechados, acabou a série das Brumas de Avalon, o Rei Artur morreu, Lancelot também, ninguém ficou com quem queria, muita onda e pouca brisa.

Ufa! Fechando rápido as cortinas dessa pecinha chata.

Bem de-sa-ce-le-ra-da e abrindo as cortinas para o meu jeito de sempre: amanhã tem aula grátis, vou torcer para que a minha brecha da vida volte logo, vou levar tudo no calor -- como sabiamente ensinava meu pai e -- enfrentar a Praça Mauá.