Sempre morei no mesmo lugar. Então, a primeira coisa é romper com esse conhecido e criar uma promessa nova. Projetar 10 anos à frente, sabendo todas as respostas é previsibilidade demais para mim. E olha que sou do elemento terra!
Quero uma vida, da qual eu tenha que aprender tudo. Em que eu precise descobrir, na nova morada, aonde é que tem o pão mais gostoso; qual a farmácia mais barata; onde é que tem, aqui perto dessa casa nova, as verduras mais frescas e onde fica o jornaleiro. E quero inventar qual a cor que eu devo colocar na minha sala. Qual é a que fala mais comigo hoje? Será o azul-hortência? E quero lençõis novos, toalhas novas. Quero a minha varanda, com mesa e duas cadeiras, para tomar o café da manhã. Do que tenho, levaria a mesa e as quatro cadeiras. É pouco por tantos anos de convivência? Mas móveis não são fiéis e eles vão entender perfeitamente. E vão até gostar de uma troca de dono.
Quero acordar e estranhar tudo: a cama, o quarto, eu e você, radiantes na nova casa.
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