junho 18, 2002


Foto: Tom Maday. Woman in dress holds mask and old-fashioned scale.

Pois então, as escolhas... De máscara para não ver e não ser iludida pelas imagens e poder sentir o peso de cada uma delas. Hoje estou lacônica.

Estou nada; é isso: um nada cheia de tudo! De ficar pesando e pensando coisas, que valem mais pelo que não pesam. Meio confuso? Explico: o que tem peso na vida da gente? Os ditos bens materiais --dinheiro, casa, que conferem segurança e estabilidade. A família, os amores, os amigos, que conferem segurança e confiabilidade à sua auto-estima. Quando essas coisas engordam e passam a ter peso, esse extra, passa a pesar e tolhe sua escolha. Recebo um excelente convite para trabalhar fora da cidade ou do país. Vou? Não sei. Que tal essa mudança para a família? A casa fecho ou alugo? Os amigos e a consequente saudade é campo negociável. Os amores: ou vão, partem junto e passam a ser as mãos que dizem vamos; ou ficarão para trás, criando um tremendo final infeliz.

Sei lá, mas não é à toa que a gente criança fala, recitando, na hora de escolher: "Ma-mãe-man-dou-eu-es-colher-es-se-da-qui". Ou então: "Unidunitê, salamê minguê, um sorvete colerê, o escolhido foi você!" E não precisam nem das máscaras.

Mas, olha essa foto. Vou te propor uma coisa daqui a uns dias.