Ontem à noite, quando chegava em casa, um engarrafamento na única rua que dá mão para o final da Urca, fazia com que os carros saíssem de marcha à ré, buscando outras formas de chegarem aos seus destinos. E, na cabeça de todos, uma batida de um ônibus com um carro, numa das esquinas, causava a tal confusão. Só muito mais tarde, vim a saber que houvera um atropelamento e a morte de um ciclista. E me bateu uma tristeza daquelas que nos assola sempre que os fatos se aproximam da nossa janela. Eu tinha lido nesse dia que quando você não puder ajudar, reze. Foi o que fiz por ele e por sua família; pelo absurdo que é tudo isso. Minhas orações, envergonhadas dos meus ridículos e mesquinhos aborrecimentos, pediam desculpas também.
setembro 17, 2002
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