outubro 28, 2002

Festa! Festa! Festa!

Há festas particulares, que prescindem de música, doces, bebidas e comidas. Elas acontecem aqui dentro, num prazer solitário, indivisível, onde você não quer somar, subtrair, dividir nem multiplicar; não precisa de nada nem de ninguém; num ápice do egoísmo ela é um gozo só seu e faz você sorrir cúmplice de si mesma. De que você está rindo, perguntam. Nada é sua defesa contra possíveis invasões.

Há outras em que se dão fora de você e apesar de todo o cenário, falta a sua vibração. É um filme com técnica impecável e só.

Há mais outras em que tudo se junta, numa combinação quase astrológica em tudo dá certo. E você dança, brinca, divide, come e bebe além da conta, dança sozinha e acompanhada e "acaba quando termina".

Há mais outras ainda dessas festas, em que um país comemora e dança e canta junto, com os mais diversos sotaques, uma mesma música de esperança.

Finalzinho de semana esse que para mim teve a tal da festa particular; houve aquela que juntou tudo e a outra, do país em festa. Muito bom.

"Minha anatomia está esfacelada; sou todo coração!" Maiakovisky (se não for dele, me avise?).