julho 17, 2004

Você reparou que estou aproveitando os novos recursos e mudei de fonte? Grandes avanços.

Puxa! Passando pelos jornais do dia, aumenta a contagem progressiva dos mortos em tiroteios nessa cidade.

Enquanto isso, a campanha de entrega das armas continua. Mas será que esses que entregam suas armas são necessariamente aqueles que poderão vir a acertar você com um balaço? Duvido, mas de qualquer forma, como lembrou o meu amigo, ali nos comentários, é melhor que todos entreguem as suas, pois nunca se sabe o que pode fazer uma pessoa com uma arma na mão.  

Conversando com um menino de uns 9 anos, em Congonhas, ele, tentando me empurrar uns panos de prato feitos pela mãe dele e eu, tentando me livrar da compra, até que desistimos os dois dos nossos propósitos inicias e começamos a conversar. Passei-lhe as minhas batatas fritas, que ele juntou as que já tinha e dividimos a coca light. E não é que ele, com 9 anos não sabe ler, pois acha muito difícil? Nossa conversa girou em torno do porquê eu não iria comprar os panos. Disse-lhe que estava dura e que estava ali trabalhando e que se pudesse estaria na praia. Ele rapidamente perguntou se eu morava em Santos e quando eu disse que morava no Rio, me achando claríssima, ele perguntou se eu morava dentro d'água. Mesma língua não quer dizer mensagem entregue. Há uma intermediação da cultura aí nesse meio que cria enormes distâncias entre as pessoas.