maio 05, 2010

Fight for Peace
Um rapaz vem da Inglaterra para o Rio e conhece a comunidade da Maré. A calorosa e afetiva recepção dos moradores contrasta com o retrato da violência na imagem de jovens armados. Ele para e pensa: o que eu posso fazer para ajudar?

Ele só sabia lutar boxe. Fez isso por 07 anos e resolve ensinar a quem se interessar. Isso tudo começou há 10 anos atrás. Hoje, o projeto Fight for Peace está assentado em cinco pilares: boxe, educação, emprego, atendimento às famílias e um outro que não lembro.

O legal é ouvir do fundador da ONG que um dos pilares sozinho não dá conta da necessidade dos jovens. Tudo está junto e vem junto; um complementa o outro e fortalece; cria oportunidades.

Bem, o projeto faz tanto sucesso, que os ingleses reivindicaram que ele fizesse um na Inglaterra. Agora tem na Maré e em Londres e daqui a pouco irá para a África do Sul.

Aí vem a minha entusiasmada admiração: um cara vem de outro país, vê uma realidade perversa e sem saída e age com as armas que tem.

Eu, sou brasileira, moro aqui, sei que essa realidade existe, nem penso em ir lá conferir como é, procuro ficar bem longe, com medo e por covardia, que justifico dizendo-me impotente, que é função do Estado, que tem gente com mais possibilidades do que eu, blá, blá, blá.

Cai tudo por terra, quando a gente se depara com um jovem corajoso, que veio de longe peitar uma transformação. E ele não é o único. Há muitos exemplos por aí. E isso dá uma esperança.