julho 08, 2001

@joyce é, novamente, cultura!

O filme do Spielberg, Inteligência Artificial, que estará passando aqui em setembro, vem provocando o ressurgimento da discussão de um mundo comandado por robôs pensantes e atuantes. Como só tenho até setembro para saber alguma coisa sobre isso, vou ler um livro de 800 páginas. Será que até setembro eu termino? Bem, o livro Gödel, Escher e Bach: um entrelaçamento de gênios brilhantes -- foi lançado em 79 e escrito pelo físico e matemático Douglas Hofstadler, que graças a ter sido colunista durante muito tempo, adquiriu uma maneira simples de explicar coisas complicadas. Pelo menos é o que diz a resenha do Idéias do JB de sábado, 07/07/01. Não fosse por essa importantíssima ressalva não iria gastar meus preciosos 79 reais.

Mas por que estou contando isto para você? Porque como assinala o autor, a inteligência caracteriza-se pela capacidade de realizar saltos de um nível de regras para outro. Junto a isto, o ditado do pai de um amigo que dizia: "a burrice está nos esquemas; a inteligência, na dúvida". Viu como se completam? Repetir -- sem saltar -- é falta de inteligência.
Extrapolo e amplio: se "salto" de uma situação que me asfixia pela sua previsibilidade e crio novas correntes de ar fresco, por onde salto para diante -- eu estou sendo muito inteligente! UAUU!!
Num exemplo mais terra: quando você larga a leitura de um blog no meio e vai dormir, está "saltando" de um sistema para outro -- é claro que às vezes esse salto não é nada lá muito inteligente!