julho 01, 2001



O travesseiro II - esse grande conselheiro: há sempre surpresas, escondidas até nas "esquinas" de um supermercado!

Falando em melhora de astral, não posso responsabilizar só o travesseiro, por toda esse resultado.
Ontem fui ao Leme, assistir a quadrilha na escola da Janey, a irmã. Adoro festa junina. Como ninguém me convida para ir até Campina Grande ou Caruaru, assistir às juninas de lá, vou a todas que aparecem pelo Rio. Bem, embuída dos refrões: olha a cobra! olha a chuva! passei no Zona Sul, pois afinal, a família almoça junto no domingo e a Dona Maria aqui tem que fazer o dominical-almoço.

Bem, quando viro uma das "esquinas" do supermercado, encontro uma das pessoas de quem mais gosto nesse mundo de Deus. Sabe quando você olha para a pessoa e há aquele segundo de paralisação e aí um cai no abraço do outro e some o supermercado? Pois é, foi assim. Nada de suposições sobre qualquer clima de erotismo no encontro, por favor. Já tenho todas as enroscações de que preciso, para mais essa. É que ele vive em outra cidade e eu custo para trocar as pessoas de cenário. É a surpresa, pegando a gente em cada esquina. Literalmente!

Em pouco, pouquíssimo tempo -- como sempre o tempo parece ser, quando a gente está com quem gosta, falamos de tudo. Ele disse que estava pensando assim: Nossa! Como o Zona Sul é chique e, de repente, me viu. Rimos juntos. Ele está com o cabelo curtinho, tal qual um menino. E assim, com essa carinha está partindo para um retiro de dois meses na Índia. Ele é o zen mais querido que conheço. Lembra (acho difícil, mas está lá no "Vale a pena ler de novo?".) do escrito em que eu falava da gente não ser refém do que não está em nossas mãos decidir? Saiu de uma de nossas conversas virtuais. Ele me ensinou que a gente precisa de muito pouco para ser feliz.

Falamos do nosso amigo comum e chefe dele -- e nos olhamos muito mais do que falamos. Não sabia que havia tanta saudade nos nossos olhos. Nos olhávamos e ríamos, já agora zoando com a saudade, pois, pelo menos naquele momento a vitória estava sendo nossa. Enfim nos despedimos após a conclusão de que já fomos irmãos em alguma vida dessas passadas e agora, só estamos resgatando isso.

Aliás, esse negócio de vidas passadas... Essa é para Você. Eu sei que já me conhecia. Daí o seu espanto quando me viu pela primeira vez ...