julho 16, 2001

Passei da fase do príncipe...mas, quem sabe um Rei?

O tempo imprime ao desejo feminino essa escalada monárquica -- de príncipe para rei. Os dois com minúsculas, porque na verdade, não são nem uma coisa nem outra. Tudo de mentirinha. Mas, fala sério, um Rei Arthur como o Sean Conery, alguém resiste?

Creio que o príncipe vem cumprir a função imaginária de libertar a mocinha. Libertar de quê? Dela mesma, creio. Já o Rei, e aí ele ganha maiúscula, vem tomar a mulher e fazê-la ser. Bonito isso, não é? Alguém já disse isso nas Brumas de Avalon.

Eu acho que eu preciso parar de ler esses livros fantásticos e ler mais sobre política, sociologia, filosofia... Pois não é que ontem, tarde da noite, eu estava lendo O Senhor dos Anéis e achei que alguma coisa tinha passado voando pela sala, indo em direção aos fundos. Fui rapidamente dormir, pois achei que já estava vendo hobbits. Paranormalidade é muito paranormal para mim. Bem, hoje descobri quem era o hobbit: um morcego -- ladrão de banana! Para falar a verdade, não sei o que seria pior: um hobbit ou um morcego.

Aqui na Urca é comum os morcegos entrarem nas casas e acho que no meu prédio já entraram em todos os apartamentos. Uns saqueadores vegetarianos! Estou me sentindo a Mortiça, morando no prédio da Família Addams. Ainda bem que ontem tirei o amarelo do rosto e não sou branca esverdeada. Não sou? Vou dar uma conferida antes de ir dormir.