junho 11, 2001



Você não vai acreditar: eu trabalho...ainda

Creio que devo dizer que trabalho. Quer dizer, não sei bem porque tenho que dizer isso. Geralmente, há uma certa desconfiança de quem não trabalha e, todo mundo que pode, trabalha. Eu também. E gosto muito do que faço ou melhor dizendo, faço o que gosto. Sou pedagoga; hoje consultora. Estou dando a idéia de que tudo é perfeito? Menos. Tente ler de novo. As entrelinhas!!!

Enquanto isso, no ambiente de trabalho, tenho amigos que se queixaram de eu não ter feito nenhuma referência a eles. E tive que aceitar. Afinal tenho bombardeado os meus alvos e eles merecem a maior atenção.


Como vêem, meu assédio aos leitores têm trazido algum resultado

Há vários amigos, mas vou contar de duas. Nossa convivência vai diminuir daqui a pouco, por conta de circunstãncias profissionais que mudam. Mas as pessoas ficam.

Vou deixar marcas, e levo muitas também: casamentos, emagrecimentos, rompimentos, alegrias, sucessos, erros, irritações, risadas e mais risadas, o novo corte de cabelo que ninguém reparou, o pé torcido, palpites os mais variados, sobre os mais diferentes assuntos, lembranças...

Agora, ficar falando para todo mundo coisas vividas por poucos, não dá, por isso, vamos abrir o papo. Somos poucos, porém não há entre nós, uma característica muito comum na vivência em pequenos grupos -- a exacerbação dos defeitos e dos problemas. Será que é por isso que as pessoas da mesma família brigam tanto e isso as mantêm unida para o mundo externo? Quem não tem na família um cara que deu errado? E quem, além de um parente pode falar isso? -- Ninguém. Nem tente. É feito filho. Toda mãe reconhece os seus defeitos, mas ai de quem apontá-los.

Você sabe como é: num pequeno grupo, tudo é muito evidenciado. Por exemplo, numa escola pequena, não há o conforto do anonimato. Qualquer coisinha toma proporções enormes. Já numa comunidade maior, a questão se dilui. Vivemos fugindo do anonimato, mas ele também tem lá as suas vantagens.

Bem, todo esse discurso foi para mostrar que vivemos num ambiente sadio. De time -- e isso não é coisa de americano do norte; é nosso. Lembram? Somos um povo gentil.

Elas são moças e com elas aprendi a ter mais coragem; a me manter antenada; a ouvir; a não ter todas as respostas.

Essa é uma das grandes vantagens 

de você conviver com gente jovem,
se você se deixar s u r p r e e n d e r.

Uma delas é meiga, meiga; cuidadosa com todos, tende a se esquecer dela; parece fazer parte de um staff sempre de plantão; tão gracinha que me disse hoje que eu consigo traduzir o que uma mulher pensa. Não é o máximo? Não se parece comigo nas qualidades.

A outra, às vezes meio enfezadinha, até conseguir o que quer; sabe mandar; manda mesmo; muito engraçada, sem nenhuma paciência, uma risada deliciosa, parece comigo nos pequenos defeitos.

Enfim, vamos por aí, buscar mais tinta. Adoro essa de buscar tintas e repintar o que já foi pintado.Me fala de um nascer de outra maneira. Cada dia melhor. É o que aparece no meu celular. Parece livro de auto-ajuda? Me aguarde. Conto depois. O máximo!