junho 24, 2001



Acho que estou atacada
Disparei a escrever. Lembre-se: se não é meu amigo, não é obrigado a ler, mas, como vivemos numa comunidade fraterna, sei que irá continuar.

Domingo é um dia esquisito. A TV é horrível; é dia de feira; dia de andar; de colocar as coisas em ordem para a segunda e, para mim é o dia em que mais converso com a minha irmã. Eu tenho uma irmã, e quando éramos crianças, disputávamos o pai e a mãe como qualquer irmão. Agora somos grandes aliadas. Sempre. Sei da vida dela e ela sabe da minha. É detentora do mau humor mais engraçado que eu conheço. Ele é tão usual que ninguém mais leva a sério. Ela, mais do que eu, é uma educadora. Deu aula 25 anos e ainda dá. É uma amiga para conversas particulares. Isso porque detesta barzinhos. Bebida então, nem se fala. Apesar de -- sangue do mesmo sangue -- somos muito diferentes. Ela é muito mais corajosa do que eu. Nossas vidas tomaram rumos diferentes, mas temos em comum o que aquele poeta mineiro Bartolomeu .. escreveu certa vez: ambas nascemos com a soma das idades dos nossos pais. Isso é um elo que não se destrói.