Estou há dias sendo fitada penetrantemente pela desorganização da minha mesa e tenho conseguido ignorá-la, com a maior desenvoltura. De qualquer modo, sinto aquele olho sobre mim...
Saltando para outro lado, já que não vou arrumar coisa nenhuma mesmo, ouvi uma música pura dor-de-cotovelo no táxi. Não sei porque, mas nos táxis o ibope é do Haroldo de Andrade, onde você fica sabendo que a Ponte e a Leopoldina estão engarrafadas, ao lado da discussão sobre qualquer assunto -- pois não há um assunto de que não sejam experts os debatedores do programa. Eu pessoalmente não acho que seja a melhor coisa a ser ouvida, enfim, o carro é deles...
A outra opção oferecida nos táxis é música de alguém falando de alguém que já era e que o compositor queria que aaainda fosse -- uma fossa só. Aí pensei, que letra linda! Agora, imagine a reação da pessoa-alvo da música, Ela deve pensar -- puxa, lá vem esse chato outra vez! Eu já não disse que acabou, escafedeu-se, parou?
E é mesmo. Há troço mais chato do que você ficar tentando terminar uma coisa e o outro ficar insistindo? Parece tele-marketing ou tal qual sua tentativa de cancelar cartão de crédito ou assinatura de jornal. Não é não?
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