janeiro 05, 2006

Eduquei meus filhos, inventando coisas para que se tornassem pessoas criativas. Hoje concluo que até exagerei um pouco.

Sempre me orgulhei de ser uma pessoa criativa. Concluo que esta característica de personalidade é valorizada na vida profissional, desde que, claro, alinhada aos interesses dos chefes.

Como simples mortal, social, pessoa física, gente comum, o céu está em fazer tudo igual aos outros. E tem mais... quem acha a repetição um porre, muuuuuuuuiiiitooo chata, não é chamado de criativo, mas de desajustado, insatisfeito, histérico, neurótico, estraga prazer e por aí vai.

Mas por que esta sombria constatação? Por conta do mesmo revéillon de e parece que para sempre tão igual. A grande novidade foi alguém ter escondidos os fogos de Niterói atrás de um morro, diminuindo as opções das gentes do lado de cá; ficamos só com os fogos do Flamengo. Bem, daqui a pouco, quando fogos estourarem no céu, vou ter aqueles arrepios causados pelo excesso de saturação.

No final da Urca, as mesmas pessoas, acrescidas de uns forasteiros, que no caso, entram como personagens secundários; os mesmos efeitos pirotécnicos; as mesmas roupas brancas; faltava alguma coisa.

Aí encontro na Clandestina uma frase que me fala dessa alguma coisa de que dei falta -- "Certos começos são anúncios claros da necessidade dos fins."

janeiro 01, 2006

Pois então, não sei se um ciclo foi fechado, para início de outro, mas é isso que o calendário nos força a acreditar. Então fecho o tempo de achar que estou sempre devendo alguma coisa; termino com a mania de pagar pelas coisas (nutro uma necessidade de pagar que é uma repetição, que as minhas sessões de análise não deram conta); eu ia inventar que acabava com uma série de outras coisas, mas soaria falso até para mim; portanto, não fecho mais nada -- abro. Será? Tomara e que não fique na promessa e se materialize. Se isto acontecer, já será um ano e tanto.