julho 29, 2006

Voltei e foi muito bom ter me afastado. Melhor é encontrar pessoas que pensam como você, coisa que você julgava impossível, diante dos limites alheios. Virei a página? Nem de perto, mas pelo menos, é possível continuar a leitura.

julho 23, 2006

Costumava dizer que nasceu um pinguim no zôo, todas as vezes que ficava down legal. Agora resolvi viajar. Afinal, os pinguins não têm nada a ver com isso. Partindo, pois não sou de ferro.

julho 14, 2006

Escrita Fina

Preciso voltar às minhas aulas de alonga-a-mente e achar a fórmula com as palavras certas para convencer a uns tantos que o negócio é viver o bom da vida e não dar vida à doença.
A
multidão em volta,

com seus olhos cediços,

põe caco de vidro no muro

para o amor desistir.

O amor usa correio,

o correio trapaceia,

a carta não chega,

o amor fica sem saber

se é ou não é.

O amor pega cavalo,

desembarca de trem,

chega na porta cansado

de tanto caminhar a pé.

Fala a palavra açucena,

pede água, bebe café,

dorme na sua presença,

chupa bala de hortelã.

Tudo manha, truque, engenho:

É descuidar, o amor te pega,

te come, te molha todo.

Mas água o amor não é.

Adélia Prado
Voyeur

Espia...

Na fresta do que não digo,

onde moram meus amores

No rasgo do meu sorriso,

onde nascem meus humores

Na fenda do meu vestido,

onde resistem meus pudores

Nas brechas do dia-a-dia,

de onde brota essa energia

Espia...

e me delicia

Claudia Letti