março 31, 2002

A Casa
- ÔÔÔÔ Silvio! Posso mandar um abraço para a minha mãe?
- Pode. Onde está a sua mãe?
- Aqui do meu lado.


"Você pode ser feliz agora, lembrando o passado; você pode ser feliz agora, pensando no futuro. De qualquer modo, o que você não pode é deixar de ser feliz nesse momento, agora."
Post achado no Claudio. O máximo para hoje, amanhã e depois.

Feliz Páscoa para nós todos!






Pois então, não me pergunte como é que pode, manter-se bela, após tantos maltratos. Ela é, simplesmente.

março 30, 2002

Descobri a Páscoa.

Religiosidade à parte, será impressão minha ou a Páscoa ganhou uma mágica respeitosa e calma? Explico: ela nunca teve o "status" do Natal. Não tem a correria dos presentes. Não tem o charme branco com champagne do Ano Novo. Não tem as alegorias do Carnaval. Não tem turistas. Até o comércio é comedido e muitas lojas não abrem na Sexta-feira da Paixão. É uma data, digamos assim, "interna", com os da casa.

Aqui na Urca, temos uma procissão na sexta, à luz de tochas e extremamente silenciosa, muito bonita. Hoje vi em Laranjeiras um bloco carnavalesco de malhação de Judas. Amanhã é dia de almoço em família e de distribuir ovos. Me dá uma idéia de que vivo numa cidade do interior e isso me aproxima das pessoas. O máximo!

Relação madura.

Há muito já me convenci que a tal da relação adulta é a civilizada desculpa para que você mantenha-se protegido das invasões perturbadoras em sua vida. Nela, você tem o domínio da sua vidinha besta, em que só o previsível acontece; em que a vontade está constantemente abafada e fora dos perigos trazidos pelo desejo.

Eu, adepta dos arroubos da juventude, das pernas trêmulas, do coração descompassado, do riso frouxo e solto, de achar graça e até de torcer por um engarrafamento, só para ficar mais tempo junto e conversando -- sou obrigada a reconhecer: esse "frisson" só tem graça quando é natural.

Taí uma coisa que ainda não aprenderam a clonar e não dá nem para as mulheres mais cínicas, forjarem que ele existe, se de fato não acontece mais.

Isso tudo para explicar que estou vivendo uma relação madura com esse pedacinho aqui. Vivi, como tantas outras pessoas um ciclo: no início, uma certa timidez. Passou a uma certa confiança empolgada, que me levava a escrever com muito prazer. Depois chegaram os assíduos leitores e sem que eles pedissem qualquer coisa, passei a me achar em falta com eles quando não escrevia. Depois ainda, comecei a me sentir em falta comigo; afinal, mais um emprego?

Agora, o prazer de escrever para os amigos persiste -- quando acho que tenho alguma coisa a dizer. Criei um espaço; ele existe; e eu também: em outros lugares, fazendo muitas outras coisas de que gosto. E, apesar da relação madura e adulta, pode estar certo de que quando venho por aqui é porque os arroubos juvenis estão em alta e a vontade foi ultrapassada pelo desejo de escrever.

março 28, 2002

Papel de pai.

Ontem à noite, em reunião numa comunidade carente, com perigos que conheço de ouvir falar, fui distraída (o que não é nada difícil) por um pai na platéia que apontou para o relógio, quando seu filho, que chegava da escola passou para falar com ele. Pois então, pai é sempre igual, quando é pai.

Os ditos dos sonhos

Acordei "mexida", encafifada com o sonho que tive. Devo ter domido com fome, pois estava com umas amigas e me afasto para entrar nun restaurante. Ao sair, o indiano que estava na caixa, cria a maior quizumba. A conta era 5,40 e ofereço duas opções: tenho uma nota de 5 reais ou uma de 50. Diante do silêncio, dou-lhe a de 50. O troco vem em papel, tipo aqueles vale qualquer coisa, seja transporte ou alimentação ou então papéis do Tesouro Nacional. Não aceito e começa a discussão que termina com ele me pedindo para avisá-lo, quando for voltar ao restaurante. Deixo claro que não pretendo voltar e saio, agora já com uma mini-árvore e uma mala grande, que alguém leva para fora. Tinha também uma bagagem de mão que LF, o neto, carrega para mim, empurrando-a com os pés, ou por molecagem ou pelo peso mesmo. Eu, falando com o neto para não arrastar a minha valise, não percebo que o cara da mala entra por um lugar tipo um depósito de coisas velhas e esconde a mala e a árvore, como que evitando a minha saída. Recupero as duas. Nisso, já está no portão da casa, um empregado fortão do restaurante, meio que barrando a passagem. LF me avisa. Jogo a árvore e a mala por cima do muro, que apareceu não sei de onde e salto o muro eu mesma. Livre. Quando acordei me lembrei que LF não pulou o muro e que isso não me angustiou, pois ele parecia muito bem. Os pontos curiosos: a força que ele me deu para eu escapar; a mala escondida; que árvore é essa? Raízes? Terra? A pressa em saltar o muro e, não fossem os anos de análise que me ensinaram a indicar para onde apontam os sonhos, eu esqueceria mais esse.

março 24, 2002

Você sabe onde tem uma igual a essa?

Me avisa?
Foto: "Cabin" de Farrell Eaves (http://brucedale.com/Farrell/default.htm)



Quem disse que homens não gostam de receber flores?

Dia de aniversário é dia de festa! Oba! Parabéns!

Foto: "Suzi" de Bernice Halpern Cutler (http://www.pinholevisions.org). (Mais uma "achado" precioso lá do Taperouge.

Festival de informações que são o máximo!

Você encontra lá no Taperouge. Olha só essa dica de um trabalho que parece mágica, mas não é.

E tem mais essa daqui.

março 23, 2002

Cada vez mais perto.

Chegar em São Paulo por Congonhas é quase espiar o que está acontecendo dentro de uma porção de casas e apartamentos. Isso porque, cada vez os prédios ao redor do aeroporto estão mais altos ou os aviões voam mais baixo. Tive a impressão de que iria derrubar algumas antenas, espetadas no alto dos edifícios e quase votei em quem devia sair de uma das casas que espiei na passagem -- um reality show aéreo. Exageros à parte, passa muito pertinho.

Andando sob as nuvens

Da janelinha do avião, passeei sob as nuvens que mais pareciam uma terra gelada. Os espaços entre as nuvens mostravam pedaços de um céu azul, que poderiam ser os lagos. E tudo deserto, sem ser triste, porque eu não estava nada triste.

Pois então, muitas vezes, aqui em baixo, a gente olha para o céu e ele está nublado. Mas só do ângulo que a gente está vendo, pois lá de cima, é sempre azul. E não adianta me dizer que a Terra é beige.

Faltou coragem para contar antes...

Presta atenção, mas há certas coisas que só acontecem comigo e por isso, dou um tempo para ter coragem de contar para alguém. Preciso rever a minha aparência, pois imagine que em dezembro, naquele calor infernal, me aparece um desses Papai Noel de loja, em pleno ofício de dizer hohoho e posar com as crianças chorosas e assustadas nas fotos e me diz assim, com um olhar que tentava parecer sedutor: - Cuidado! Eu sou perigoso!

Será que essa é a minha faixa etária de conquista? Será que eu, sem querer, balancei o estado civil lendário de solteirão convicto do favorito das criancinhas? Brincadeira chata essa.

março 21, 2002

Contribuição do Claudio
Viver
e não ter a vergonha de ser feliz
(...)
Eu só sei que confio no moço
e no moço eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
como der ou puder ou quiser

E a pergunta roda
e a cabeça agita

O que é, o que é? Gonzaguinha (com uma pequena alteração no gênero da moça do original).

março 19, 2002

Feliz e por que não?

BlogUpGrade I -

É mesmo.
Feliz sim! E porque não?
A despeito de tudo, feliz, feliz sempre, teimosamente feliz. Insistentemente feliz. Corajosamente feliz.
Despudoradamente feliz.
Escandalosamente feliz. Ro



E lá vamos nós, dando braçadas na liberdade das escolhas, na busca de chegar ao lugar que almejamos. É muito treino; pouco tempo para decidir; e efêmero o momento do pódio.

??

Para mim, água é liberdade. Gosto da água; só que água não dilui cola.

Podia dar certo?

Meu pai só usava camisa de mangas compridas, porque achava seus braços muito finos. Minha mãe não usa blusa sem manga, porque acha seus braços muito grossos. Não fossem os anos de análise, eu só usaria mangas três quartos.

março 17, 2002

Você conhece alguém assim?

Era tão tão neurótico que conseguia travar um diálogo desses:
- Está bom aqui. não é? Então vamos embora?

Pois então, o neurótico é aquele que não sustenta o que é bom, pois sente falta da falta. Arghhhhhh!

Um navio apitava por aqui...

hoje de manhã bem cedo. Pois então, essa foi a hora que fui para a praia acordar os peixes. O navio que apitava, visto do ângulo que eu o via, parecia querer passar por baixo da Ponte Rio-Niterói, mas sobrava chaminé. Tal qual aqueles carros alegóricos imensos que sempre ficam enganchados nos viadautos da cidade; não chegam nunca ao Sambódromo e acabam fazendo o seu carnaval apoteótico numa avenida qualquer da cidade. Pensei também: será que o comandante pensa que a ponte é daquelas que levantam? O apito devia significar outra coisa. Droga, eu nunca sei o que querem dizer os apitos. Ainda bem que na comunicação entre as pessoas usamos as palavras -- que aliás, às vezes, são mais confusas do que os apitos e que também às vezes, soam para mim incompreensíveis.

Três boas notícias.

Momento ímpar para os cariocas: o mar está limpíssimo; as águas estão naquela temperatura perfeita; os tatuís estão se reproduzindo.

Assisti no Jornal Nacional a declaração de uma moça, comparando o nosso mar às águas do Caribe -- menos! De qualquer forma, o que que você está esperando para ir conferir?

março 16, 2002

"Guardar lugar" -- fala sério!

Competição esportiva num clube. Poucas cadeiras. Muita gente. Eu não sei o que dá nas pessoas, mas é um tal de guardar cadeira. Vi hoje famílias de 3 pessoas com 6 cadeiras reservadas. Parecem formigas, estocando provisões para o inverno. Que mania feia!

As gentes que eu conheço

Umas são as que sempre dividem sucessos -- 24 horas de marketing pessoal.

As outras só dividem as coisas ruins e as que não deram certo -- num esforço concentrado de convencimento de como são infelizes. São os Oh Dia!

E finalmente, para a salvação da espécie, têm os amigos -- esses podem dividir as más notícias, as boas e as do meio -- são os "podem tudo"!

Uma pessoa loteada

Pois então, sinto que sou um grande território, comumente invadido por gente que se intitula, os sem-atenção. Olha só: é o cachorro carente; é o neto, querendo que eu assista à competição de natação demoradíssima; é a mãe, estagiando esse final de semana na minha casa; a Tina, querendo que eu faça uma escova nela, para brilhar num casamento da amiga e o marido, que de ver tanta gente na disputa, também quer atenção. E eu já falei como sou impaciente?

Creio que em todo o grupo sempre há um eleito para ser o disponível, não é mesmo? Parece que sou uma dessas eleitas, porém durante muito tempo eu me deixava ser loteada e depois ficava dando socos no ar de raiva pelo uso e abuso que faziam do meu tempo e da minha vida. Um dia..., aprendi e sigo até hoje. Sabe como é planejar uma agenda de reunião? Pois então, é o que faço e distribuo o que resta do meu tempo em atender aos reclamos dos outros -- sem nunca esquecer dos meus próprios, aos quais reservo os horários "nobres" da tal reunião.

março 13, 2002

Topa?

Com esse calor tão pouco amigável é o máximo sonhar com Bariloche, com aquele chalé com lareira, um bom vinho tinto e o amor ao lado, não é não?

@joyce está quase virando agência de viagens.

Li no JB

Na coluna do Boechat, a nota sobre um homem que, multado no Aterro, acabou com a história, pagando, em dinheiro -- única forma de pagamento aceita pelos guardas, e, desta forma, dando um "cala a boca" no episódio. E la nave va... aumentando a cada dia o corrupto dia-a-dia desse mundo. Agora vamos "polyanear"...Será que dá para passar a borracha e como dizia aquela música antiga "Começar de novo..."?

Extra! Extra! Os relacionamentos!

Você ama alguém e é correspondido? Mas a vida os enreda no dia-a-dia e ficam os dois aguardando os momentos em que podem ser felizes um com o outro? Parece patético? Sim? Mas por enquanto é tudo o que têm e enquanto esse pouco não pode ser muito é o MÁXIMO? Menos mal.

Ah! os relacionamentos!

Ponto 1: Pois então, ontem comemoramos os 10 anos que saí do Colégio em que trabalhei e de onde parti para a empresa. É sempre meio que um "frio na barriga" o momento que antecede esse tipo de encontro. Existe algo pior do que você ser obrigado a abrir mão da imagem da amiga risonha e feliz e ter que encarar aquela pessoa amarga e de cara dura que os anos perpetuaram e que agora se apresenta à sua frente? Bem, se você gosta de histórias tristes, está mal, pois nada disso aconteceu no nosso encontro de ontem.

Everest eu???????????

Pois então, a comunidade blogueira vive a febre dos testes. E agora descobri:

Eu seria o Everest!
Qual montanha você seria?

março 12, 2002

Enquanto estou gostando, tudo bem.

Hoje, não sei porque, após a aula grátis na praia, aflorou um componente neurótico com uma força avassaladora e me peguei pensando: e quando essa aula acabar? Perguntinha típica de neurótico de carteirinha, antecipador dos desastres e infortúnios. Mas sabe o que pensei rápido? Se acabar, acabou. Vou aproveitar enquanto estou gostando. Afinal, quem sabe o que vai acabar primeiro: a aula ou a minha vontade de participar dela? A Meg colocou um poema falando que a gente aprende a perder. Creio que estou aprendendo e zoei com a neurose hoje. O máximo! Se continuar assim, tenho grandes chances!!!!

março 10, 2002

Coisa boas

Ninguém encomendou a pesquisa, mas faço a minha lista de recomendações de algumas coisas boas nessa cidade.

a salada de batata do Bar Luiz
o chopp de lá também
o salmon skin do japonês do OffPrice
a polenta com gorgonzola do Botequim Informal
o bijou com parmesão do Esch Café
a massa do Ettore do Leblon...
BlogUpGrades:
pastelzinho de queijo catupiry do Degrau no Leblon (Vicky)
SUNSAKI - japa em São Francisco, Niterói: o melhor salmão e o melhor filadélfia que eu já comi.
Delícia junkie: cheeseburger de salmão na Chaika. E todos os sanduíches e sorvetes de lá...
Creme de palmito (só no inverno) do Alvaro's. De comer rezando! (Ana)
sanduíche de filé e abacaxi do Cervantes!! (Claudia)
Nossa, como fui me esquecer do Outback??? Daquele pão preto macio e quentinho???(Joyce)
Pastel de camarão do Sobrenatural em Santa Teresa acompanhado de Bohemia gelada... (Ana)
salgadinhos do Bracarense, especialmente o de nome "maravilha de camarão", auto-explicativo...
Mais um: os pastéis do Alvaro's...(-Ana)
a caipirinha (ou íssima) coada feita com Viborova (não sei escrever isso...*rs) do Bracarense
- o chopp de lá também
- o chopp cremoso do Outback e, para acompanhar, a cebola ou as asinhas de frango
- a batata do Beluga no Downtown, etc.(Ana)
o bolinho de aipim do Joaquim &Manuel
o capuccino do Letras&Expressões (Claudia)
Ah, tem também o patê e o pãozinho do couvert do Guimas.
Bom, lembrei da coxinha de frango com catupiry do Botequim Informal, do croquete do Alemão e do cheeseburger com batata "smiles" do Joe & Leo's.(Fernandinha)

Será que só as mulheres são tão observadoras assim? Ou os homens nem reparam nas comidinhas? Logo eles que dizem que não se preocupam com regimes e essas coisas.

Como eu quase não saio e não sei tudo, conto com as suas preferências para encher a nossa listinha. Quem sabe, de repente a gente está sem idéia de onde ir e aí, uma dica testada é uma boa.

Quero um jornalista que me surpreenda

Passei da fase em que encontrar o que penso escrito nos jornais não me agrada mais, pois não me surpreende. Creio que o jornalista deveria ter a capacidade de ver as coisas de um ângulo diferente do senso comum. A conclusão é por conta de ter lido hoje nos jornais que o André Gonçalves é um senhor sedutor. Qualquer um que tenha sofrido os efeitos das imagens veiculadas essa semana pela Casa dos Artistas concluiu a mesma coisa. E parece que era isso que queria que nós víssemos. Nós vimos, mas creio que o jornalista tinha que ver além dessa intenção dos produtores do programa.

Outra coisa, lembra que eu ontem falei do nosso ingresso na "era" Oswaldo Cruz? Pois então, o jornal fala hoje a mesma coisa. Que falta de imaginação, pois afinal se eu, com a minha inteligência mediana vejo isso, não se justifica que alguém que é profissional veja a mesma coisa.

Ai que saudade eu tenho da aurora do jornalismo, em que se publicava não em função do que o público queria ler, mas em função do que o jornalista podia ver. Estou muito exigente ou será que eu cresci?

março 09, 2002

De novo!

Lá fui eu de nvo mergulhar no mercado da Babilônia. É aquela mania antiga de fingir que as coisas ainda são como eu me lembro delas e de como eu queria que elas ainda fossem. Me dei mal novamente. Por que será que os expositores pensam que todas as mulheres dessa cidade querem virar Jade-sem-clone? Pois então, procurei um brinquinho de argola, dos bem simplesinhos e só me empurraram brincos até os ombros e colares que cobrem todo o pescoço e devem fazer um calor danado.

Será que um dia eu aprendo?

março 08, 2002

De repente, isso aqui é do tamanho de uma cidadezinha do interior

O Rio deu uma volta no tempo e entramos novamente na "era" Oswaldo Cruz. Eu, pessoalmente sempre disse que isso aqui era uma pracinha e hoje, vendo os soldados na rua, com folhetos nas mãos, disputando as mãos dos passantes com os distribuidores dos papéis de "Quer dinheiro?", "Tenha seu amor de volta em três dias", "Jogo cartas" e por aí vai, me convenci. Vivemos numa pracinha e das pequenas. Agora vê: em plena epidemia, começa o processo de conscientização, que sempre pensei que tivesse que ser preventivo. Mas, qual, eu não sei de nada mesmo. O pior é que se não for feito, as coisas ficarão ainda piores.

Bem, vamos às amenidades, porque ninguém é de ferro. Levei a mãe para almoçar na cidade. Mais precisamente no Bar Luiz, lá na Rua da Carioca, onde temos um dos melhores chopps do Rio e uma salada de batata, absolutamente imbatível. Ela parecia uma criança que a gente leva para passear. Arrumou-se toda, colocou os brincos e só não estava muito satisfeita com as suas unhas. Foi uma comemoração perfeita para o Dia da Mulher. Aliás, que gracinha os homens, não é não? Acho que recebi mais parabéns hoje do que no meu aniversário. Emails então nem se fala. Eu que já não me esqueço nunca de que sou mulher e vivo a condição da espera quieta, da sedução dissimulada, do pulo certeiro, das meias de seda, dos saltos altíssimos e, mais do que tudo, da entrega, agradeço.

março 07, 2002

"Post achado não é roubado"

Pois então, eu adorava pular corda quando bem criança. Hoje, lendo o que está sobre saladas, lembrei da brincadeira.

Vá se entender esse tal do meu pensamento não linear. Mas me acompanha e perceba a associação. Havia uma maneira de pular corda que dizia assim: Salada, saladinha, bem temperadinha: sal, azeite, vinagre e cebolinha. E você ficava pulando de um lado para outro da corda que só era balançada. Ela não dava o giro completo. Então, ela fala hoje que sua mão dizia que eram necessárias 3 pessoas para fazer uma saladinha: um perdulário, para colocar o azeite; um muquirana para o vinagre e um comedido para o sal. E, conclusão da minha não linearidade, non-sense. Sou muito azeite, zero vinagre e médio sal. E olhando em torno, percebo que cada um de nós, vez por outra se reconhece como um dos temperos. Vai até e confere.

março 05, 2002

Sou "machista", eu????

Pois então, conversando hoje com uma amiga que dizia não suportar uma relação com um homem machista, que quer mandar nela, conclui que machista sou eu. Eu adoro mandar no homem que amo. Aliás, se eu pudesse mandava ele ficar perto de mim, sempre que precisasse. Se pudesse ainda, fazia ele me ligar muitas vezes e dizer como me ama de paixão. Mandava ele desligar também. E nunca iria achar que ele não estava querendo falar comigo naquela hora, nem me passaria pela cabeça que ele quisesse ficar sozinho, longe de mim. Mas, como não faço nada disso, sou aquela dócil criatura que espera; aquela sedutora com olhar perdido no infinito. Só fachada que esconde uma vontade danada de boa de ficar junto. Afinal, só é machista quem pode. E como parece que eu não posso, sou feminina. Arghhh! Mas isso não quer dizer que minhas unhas são curtas.

Alô!?

É uma coisa muito triste ver que os meus comentários escafederam-se. Já falei isso tantas vezes, quanto os sistemas de comentários deram pau por aqui. Ah! Essa tal de virtualidade... Mas quem escreveu, se inscreveu no meu rol de boas lembranças. Paciência; mas afinal, isso não é pouca coisa.

Não sou nada "safa" mesmo!

Aliás, Tina, a filha já havia me alertado para essa minha lerdeza. Não é que todos os amigos já haviam abandonado o Fala Sério e eu, tal qual comandante de navio que afunda, permanecia esperando que a água chegasse ao pescoço? Qual! Uma panaca! E não adianta dizer que não vou colocar outro sistema; que escrevo para mim, pois isso é mentira. Que saudade de rir com o que falam lá na cozinha os meus amigos de fé. Afinal, pelo menos, que fique claro para todos; posso ser lerda e panaca, mas falsa, não.

Em frente!

Ganhei o dia de ontem. Reencontrei um amigo de quem eu gosto tanto que nem liguei para o calor, para a falta comum da Dona Ieda às segundas-feiras, para o sistema de comentários que não deixa ninguém comentar nada, para a falta que as brechas trazem. Deixei para lá a expressão -- Droga! -- que tenho usado com freqüência e segui em frente, otimista em relação à vida que está aqui. O máximo esse amigo!

março 03, 2002

Devaneios desavisados

Descobri que tinha escrito interloctor, em vez de interlocutor. Escrito errado assim, deve significar algum figurante sem fala. Estou digitando cada vez com mais independência e criatividade.

Passou o Domingo

Praia. Na verdade, era o que eu queria, mas tinha tanta garrafa na água e onde não tinha garrafa tinha água-viva. Agora o mar inventou uma águas-vivas riscadas de preto, mais horríveis ainda. Mas como não estou a fim de me aborrecer, esqueci desse mar que as pessoas sujam. E isso depois da AMOUR ter colocado um monte de faixas na Urca, agradecendo a não sei quem, acho que o Secretário de Obras, pelo fechamento das bocas de esgoto que saíam no mar por aqui. Acho que deixaram algumas abertas, sei não... Bem, mas como disse não estou com nenhuma disposição de me chatear, fui ler o jornal; vou assistir, como a Claudia a Casa dos Artistas e viver feliz para sempre.

março 02, 2002

Viva o Sol, o Sol da nossa Terra, Vai surgindo atrás da linda serra!

Olha só que bonitinho isso que se cantava há muito tempo atrás nas escolas. É um hino de otimismo, não é não? Tão bom quanto ele só o "É hora do lanche que hora tão feliz! Queremos Biscoitos São Luiz!" Essa não se cantava na escola, mas fazia da hora do lanche uma hora tão gostosa!

Reparou como hoje eu sou só exclamações? Estava mesmo precisando outra vez me surpreender, cansada que estou só das perguntas que não querem calar e as quais não há interlocutor que responda. Daí, resolvi voltar às boas surpresas. E fui surpreendida pelo dia ma-ra-vi-lho-so, com esse Sol que vai levar o amarelo pálido do meu rosto para se estampar em outra freguesia. E vou para a praia, receber uma overdose de luz e de água salgada, ficar com aquele ar de satisfação que só a minha brecha sabe imprimir e que não há plástica que ponha ou que tire.