janeiro 27, 2003

Acontece...?

com você também ou é só comigo? Você planeja, se provisiona, parte para o ato e... morre de medo de não dar certo?

Mas vai dar. Aliás, já está dando. E, fazendo um link com o escrito aí embaixo, me lembraram de uma nova máxima: Aproveite a viagem!

Eleitas as máximas do ano!

Só eu mesma para fazer no início do ano, o que é comum nos final. Mas, disparadas elejo: Quem sabe do amanhã? e Mãos só as que dizem: Vamos, como as minhas referências anuais.

janeiro 25, 2003

Pressupondo que exista...

quem é esse que me lê?

O que ele consegue ler em mim, se por aqui tudo desconheço?

Que grifos, sinais e fontes alimentam as suas pistas nesse deciframento?

Quantas joyces existirão por aí, clones "in vitro" no imaginário não-real?

Bom que sejam perguntas sem respostas, pois se conhecesse todas essas joyces criadas, não conseguiria dar conta da que penso que sou.

janeiro 19, 2003

Aos homens

preconceituosamente ou por pura desinformação ou ainda por força da nossa perversa cultura que eleva a posição masculina e, digamos assim, ainda vê com uma certa desconfiança as ações femininas, confesso que esse é um relato puramente feminino; não feminista, pois sou mais do ato do que das falas nessas questões das dualidades.


Sempre (I)

fiz muitas concessões. Em Nome do Pai, em obediência à mãe, em nome da família, em nome da tal da convivência pacífica e em nome de sei lá mais o que, fiz concessões.


Chega

uma hora, em que alguma coisa dentro de você diz assim: Pronto! Missão cumprida.


E

nessa hora, timidamente descortina-se a possibilidade de você se conceder, o que sempre concedeu aos outros.



Abrir

um espaço seu. Parece mentira, mas esse pedacinho aqui foi a minha primeira incursão por esse terreno propriedade da minha vontade. E começo a alargar esse terreno.


Sempre (II),

como fiel integrante da classe média, (no tempo em que classe média era média mesmo e não tinha essas letrinhas todas que hoje a dividem em classe média a, b e c), tive um Infância feliz, juventude idem, sempre vivendo com a família, na zona sul do Rio, viajando para Teresópolis ou para as estações de água. Tinha o meu quarto. Ele não podia ser arrumado do jeito que eu queria, pois ele fazia parte de um contexto decorativo-familiar e grandes dissonâncias não eram bem-vindas.


Digressão I

Nessa época também pouco se me dava se era assim ou assado. Meu espaço favorito era a rua, a praia, os amigos, a turma, as festas. As passageiras fossas (depressões amorosas) eram curadas nos ouvidos das amigas, que sempre tinham soluções convincentes que me arrancavam da tristeza e me convenciam de que aquele cara lindíssimo estava interessadíssimo em me conhecer, etc e tal. Essa informação sempre foi imbatível para me tirar das fossas. Hoje em dia, um baton dá conta do recado na boa. Uma das vantagens da gente crescer é simplificar as soluções milagrosas.


Casei

Mas, voltando... Aí você casa e pensa: vou ter a minha casa. Mais ou menos. Há que considerar o gosto do marido. Pelo menos eu fiz isso. E ela ficou com a minha cara e a dele. As minhas músicas favoritas inundavam o ar, com o som na altura que eu queria, quando estava sozinha em casa. Tudo bem que eu abaixava quando o marido chegava. Mas havia ar suficiente, para inundar o ar com as minhas preferências.


Segue o tempo (I)

e na sua caminhada, os filhos nascem e aquele cantinho lindo tem que dar lugar ao carrinho mais lindo ainda do bebê tão esperado. Mais tarde às bicicletas, pranchas de bodyboard e ao pé-de-pato. Aquela música com que eu inundava a casa, dificilmente chega à última faixa do cd; alguém me convence de que tem um rock pauleira, um pagode ou um estilo qualquer que eu vou adorar. Lá se vai a minha música de volta para o porta-cd.


Segue o tempo (II)

e nesse seguir, é um tal de abrir mão, que fechá-la fica difícil. Para falar a verdade não quero fechar nada. Primeiro porque você cria uma família e por mais que ela passe a ter vida própria, é parte da sua vida. Só que você descobre que a sua vida pode conviver pacificamente com muitos lados e que você pode construir outras coisas.


Segue o tempo (III)

Pois então, por amor ( não tem nada a ver com a novela que dizem que vale a pena ver de novo e que está passando na co-irmã.) você dá tudo à família; seu prazer reside nessa doação. Sem cobrança, porque se não for assim, não há família que agüente.

Só que agora quero mais um canto novo, minha música inundando o ar, entre papéis e projetos espalhados pelo escritório. Na nova casa, sou simplesmente a pessoa física, com o som na altura que eu quiser e que respeitar os vizinhos. Posso pintar a parede até de laranja, vermelho ou verde. Não sou mãe, esposa, filha ou irmã. Ninguém me conhece ou sabe quem eu sou, o que fiz ou o que faço. A ilustração do cenário é da sua conta e de mais ninguém.

Ontem troquei o segredo da porta. Bem significativo isso. Agora, eu, tenho um escritório-cofre, um espaço do qual só eu tenho a chave. A chave da paz interior.


Segue o tempo (IV)

E a família vai bem obrigada, como que reconhecendo que a boneca de pano aqui tem direito às suas horas de boneca-viva.


Segue o tempo (V)

Segue para onde? Para onde o vento soprar, porque andar contra o vento cansa. E afinal, quem sabe do amanhã? De qualquer forma vale a máxima: Mãos, só as que dizem: Vamos!

Aniversário!

A família foi comemorar na churrascaria e Rodrigo, o neto número 2, agora com 3 meses e 7 quilos, comportou-se como se já fosse frequentador assíduo! Muito bom!

janeiro 18, 2003

Amigo que a gente encontra, nunca desencontra

Fala sério se isso não é verdade? Que bem importa se ele mora no Japão, em Porto Alegre, em São Paulo ou ao lado da sua casa? Se ele está no frio, quando você está acima dos 40 graus? Se os fusos horários definem que ele durma, enquanto você acorda. Há sempre um minuto qualquer que fura esses fusos e permite o encontro. Amigo está acima do espaço físico; é vivência de estado de espírito.

Pois então, tenho alguns, que guardo naquela caixinha feita de material inexistente, fluida, mas mais concreta do que parede de cimento armado. Um deles, me brindou e a semana toda com mensagens preciosamente carinhosas, pois me falavam e me lembravam que todos os dias podem ser aniversários. Olha só:

Dia 14/01/03: lembrei...feliz aniversário!
15/01/03: só pra confirmar! feliz aniversário!
16/01/03: adivinha? feliz aniversário!
17/01/03: e finalmente... feliz aniversário!
Como ele, o Rogerio, diz:
"é o tal cotidiano em festa em que eu tanto acredito... todo dia um bom motivo! mas se não for o seu aniversário, tenho certeza que encontraremos outros bons motivos para celebrar nossa amizade."

O máximo ter amigos assim!

janeiro 15, 2003

As Amendoeiras.

Oa assíduos sabem da minha constante admiração com o calendário particular que as amendoeiras seguem. Como os assíduos são poucos relembro que me espanta ver que elas trocam de folhas na primavera e o fazem cada uma no seu tempo, numa comunidade tão autônoma que me surpreende. Bem, hoje eu soube que elas foram trazidas do hemisfério norte e apesar da sua fabulosa adaptação aos lugares da nossa terrinha, continuam seguindo o ciclo das estações do ano do hemisfério norte. Parecidas com a minha avó inglesa que casou aos 18 anos, lá na Inglaterre, veio para o Brasil, aqui ficou até os seus 86 anos e nunca falou uma palavra em português. Eu sabia que essa minha atração pelas amendoeiras tinha um quê de parentesco. Minha avó foi tal qual uma amendoeira!

janeiro 11, 2003

É o possível? Então tá.

Taí uma coisa difícil é você realizar o seu sonho tal qual o sonhado. Pois então, queria uma varanda, não tem. Em compensação tem coisas que nem tinha sonhado.

Queria vista para a mata. Não sei nem que tanta mata era essa que poderia encontrar aqui no Rio, mas também não tem. Em compensação tem vista para o mar.

E assim, vou negociando com o sonho. Cá entre nós, bem melhor isso do que ficar enjaulada sei lá por quanto tempo numa idéia.

É tal qual você receber rosas pelo seu aniversário. Sejam elas vermelhas, amarelas ou chá; são rosas e têm toda a representatividade e o valor do ato de quem as enviou para você.

Se tudo der certo: a vista para o mar e tudo o mais, vai ser um presentão de aniversário, que aliás é dia 17 e eu ADORO receber dos amigos muitos votos de felicidade, amor, saúde, paz e todas aquelas coisas que os amigos dizem. Mesmo que eu esteja meio que iincentivando os votos, eles soarão para mim com toda a espontainedade. O máximo!

janeiro 10, 2003

Bem feito!

Bem-feito! tal qual a gente criança falava, quando o outro se dava mal. Esse outro respondia: seu nariz está com defeito! Coisas de criança que me vieram à cabeça, ao término dessa semana. Quem mandou eu dizer que ano passado foi um intervalo entre atos? Faltaram horas nesta semana que passou. Será que começou o meu inferno astral? Claro que não, pois ele só dura 1 dia. Uma coisa boa foi que parece que achei o que vinha procurando há tanto tempo.Oba!!!! Amanhã eu conto. Deixa concretizar.

janeiro 08, 2003

"O que é do homem, o bicho não come." Mais ou menos... Aprendi a não deixar mais as panquecas do jantar ao alcance do meu labrador.

janeiro 05, 2003

Sonho&desígnios&Cias. ilimitadas

Pois então, nunca sonhei em me apoiar em ninguém. Esse deve ter sido um dos meus desígnios ao nascer. Imagino que há uma fila de alminhas no céu, esperando a sua vez de chegarem por aqui e, quando essa vez chega, ela recebe uma cartinha com esses desígnios, escritos a lápis. Esse detelhe do lápis, na minha fantasia infantil, é a parte mais lírica, pois é a possibilidade de trocar tudo, mudar, apagar e pode ser colocado no lugar, outro desígnio ou ser deixado em branco. É assim que fujo dessa idéia chata do determinismo.

Mas, sonhei um dia desses que as paredes da minha sala desprendriam-se do teto, como se pesadas, tivessem cedido ao peso das coisas penduradas nela. Aí pensei, mas as paredes estão limpas, pois tirei tudo das paredes... Logo após, me dei conta de que não tive a menor sensação de que a casa afundava; só havia paredes desprendendo-se do teto.

Sou a parede "limpa" e me desprendo do teto, do limite que me encerra. Olha que coisa mais legal: o peso, que são as obrigações e os compromissos, criam brechas para voar, pois não há mais teto. Posso voar, apesar de todo o peso que isso possa representar.

Tudo bem, sei que não fui muito clara, mas eu entendi. Só não entendi como até agora não expliquei o porquê da minha frase inicial. Mas isso será um próximo escrito, que como você sabe, não tem data certa.

Hora de se tirar o chapéu! Vamos lá comemorar as mensagens carinhosas que recebemos nos finais de ano. É como dar um update nas amizades.

janeiro 02, 2003

"É urgente ter paciência."

Goethe.