dezembro 30, 2001

Quer coisa melhor?

Pois então, ela estava casada há 14 anos. Os filhos, a confusão diária, o leva criança, traz criança do ballet, da natação, do curso de inglês e de informática, fora o colégio ocupavam seus dias e acabavam com as noites.

Aqueles momentos de encontro tinham-se tornado o momento de discutir sobre o que um dos dois deixou de fazer. A química dançou, babau, escafedeu-se, perdida por aí, em qualquer lugar.

Um dia, se olham diferente e vêem que o encanto ainda está lá. Sobrenatural? Mas o sobrenatural, afinal, existe.

dezembro 29, 2001

Tristeza
Coisa mais estúpida a morte da moça de 39 anos, Cássia Eller.
Balanço 2001? Só se for no balanço do play

Compreensiva como sou, vou poupá-lo dessa retrospectiva. Vai passar lá na co-irmã plin-plin!

Só deixo isso por aqui: o que marcou, marcou. Se foi bom, vou guardar naquela minha caixinha de coisas preciosas. Se foi ruim, Xô! Nem quero mais saber, sejam marcas humanas ou factuais. Dessa vez, nem preciso fazer as pazes com as más lembranças; já as atravessei e essa travessia acabou com elas. Falta atravessar muita coisa, para eu parar nessas bobonas daí.

E, além do mais, O Cristo continua lindo; a Lagoa mais linda ainda e, prá frente, com vento a favor é que se anda.

E..., como não quem quer nada, não custa uma mandinga

"Quem não pode com mandinga, não carregue patuá", diz o ditado. Como posso, vou de banho de alecrin, regado a sabonete de alecrin, para combater estafa e indecisões -- esse daí, acho que vou indicar para uns e outros com a recomendação de que fiquem imersos por umas 2 horas, tipo mergulhar de cabeça e só sair quando tudo clarear.

Posso escolher o sabonete de alfazema, estimulante para o cérebro e bom para levantar o astral -- esse deixo para quando começarem aqueles projetos pesados que pintam durante o ano.

Tenho o de canela, estimulante sexual, que proporciona jovialidade, e espírito alegre -- esse aí tenho que usar moderadamente, pois seu uso poderá virar overdose, mas vou guardá-lo para aqueles dias em que pinguins ameaçam nascer por essas bandas.

Oh! O preferido, o de patchouli -- presta atenção: alivia a confusão, bom para envolvimento amoroso (mais enredada ainda?, nada mal) e, afrodisíaco.

Precisa mais?

Por qualquer lado que se leia, sempre 2002.

Sendo assim, nada de promessas ou passos a seguir. Nada de primeiras e segundas etapas, pois sei que 2002 é esse que quero. Lido de frente para trás ou de trás para a frente, sei:

o que, quem e quando eu quero;

que é melhor rir do que ter sizo;

navegar só é preciso, porque viver é precioso.

dezembro 27, 2001

Esqueci de falar para você

Comprei o tal do vestido vermelho, com decote em V. Eu já tinha visto o que eu queria, mas quando cheguei na loja, a moça disse: O seu tamanho é G? Olhei com tal ar de desprezo para ela... saí e nem experimentei. Rodei, rodei e voltei lá. Uma outra moça me atende e pergunta: O seu tamanho é P? Você é tão fininha em cima... (Olha que gracinha) Refeita da gratíssima surpresa, a convenço de que talvez seja melhor o M. O máximo! Ficou perfeito. E a ceia foi o máximo com o vestido da cor da toalha da mesa. Minha mãe bebeu todos os uísques que pôde e ainda ganhou um escocês, com cartão assinado por todos (inclusive o cachorro). Ao receber a garrafa embalou-a como se fosse uma criança no colo. Muito bom!

ÔÕÔÔÔÔ corrida maluca!
Quem pensa que a corrida maluca era aquela do Barão Vermelho, da Penélope Charmosa não vive um final de ano, onde se corre atrás das horas dos dias que ficaram para trás. Para que exatamente não sei. Só sei que estou tal qual o Seu Coelho: É tarde! É tarde! É tarde! É tarde! É tarde!... Não sei, não. Para mim, nada é tarde. E é sempre tempo de começar.

dezembro 25, 2001

"Aprenda comigo, porque eu não sou eterno"

Ouvi isso na ceia e achei puro brilho --a frase, não necessariamente o contexto em que ela se deu.

Pois então, lembra daquele sobrinho que, uma vez contei para você da conversa que tivemos, durante a sua fossa e, no final quem me deu o maior gás foi ele? Sei lá se ajudei, se foi o tempo que ajudou mais do que eu, enfim ele emagreceu, está bonito, alegre e fazendo agora aquele gênero moderninho de bigode fino que junta com uma barba curta ou com o cavanhaque, não sei bem, mas não importa agora -- parecido com o ator do filme Don Juan De Marco.

Ele falava para o LF, o neto, que, desanimado, com febre na cama, ouvia ele falar de como era irresistível para as mulheres aquela meia-barba roçando no rosto das "minas". LF, dos seus 11 anos, ria daquilo que para ele, ainda é uma impossibilidade, pois falta-lhe a barba. Ricardo, para se fazer convincente sai com a máxima: Aprenda comigo, porque eu não sou eterno.

Gostei da cabotinice da frase. Da urgência que ela proclama. Da sua onipotência e de como, cada um de nós, acredita pelo menos na primeira oração do período.Se não, por que damos conselhos quando nos pedem ou mesmo quando não pedem? Por que achamos que podemos ajudar, quando nem os nossos nós conseguimos resolver? É marketing pessoal? Propaganda enganosa? Mas que é impactante a tal da frase, ah... lá isso é.

Agora, pense no mesmo período escrito assim: Aprenda comigo que não sou eterno. Aprenda comigo como é não ser eterno. Bem, acho que não há autor para esse livro.

Vou ficar mesmo com o Aprenda comigo, porque eu não sou eterno. Gostei e acho que daria um ótimo título para o livro. O que será que a Meg acha, se bem que ela já me saiu com uma sugestão perfeita? E a Claudia? E o João concordaria? E você?

Blogupgrade: Acho que você devia ler o texto completo, ali nos comentários. Extraio alguns exertos dos comentários brilhantes da Meg"(...) A frase é riquíssima em todos os desvelamentos. Há uma enorme sabedoria em quem reconhece que, justamente por não ser eterno, há urgência em ensinar o que sabe. (...) e aí a ênfase será na efemeridade do que se acha correto ensinar, digamos do prazo de validade que nossas opiniões têm... O que é grande sinal de inteligência pois tudo muda..mas é sempre bom saber *o que mudou* e *como mudou* (...)
Finalmente (aha se perdermos mais esses comments ) eu acho que a variação *que eu não sou eterno* é justamente um antídoto para quem pensa que pode tudo. E para quem pensa que é *dono do mundo. Tem muita gente, sim, que acha que só quem morre é o outro. :-)))"





dezembro 23, 2001

A Ceia - Parte I

Acho que coloquei Parte I, no sentido do verbo partir, cortar os pedaços, pois na verdade é o início de um trabalhão enorme que comecei. A ceia é aqui em casa e a cozinha é toda minha, não por egoísmo, mas por falta de divisores para a empreitada, ou em-peitada, pois tem que ter "peito" para as rabanadas, o peru, o presunto, a torta de nozes, as pastas. Terei ajuda da irmã nas mousses de salaminho e de atum; da nora na salada de bacalhau; da Tina, na compra da torta de morango; da mãe, na farofa molhada. Dos homens, somente a fome.

E ainda temos o almoço do dia 25: um bobó de camarão, prato "típico" de Natal e, absolutamente adequado para esse gostosíssimo, delicioso tempo abafado que estamos tendo aqui no nosso Rio. Ufa! Ainda bem que osprosecos já estão na geladeira e amanhã irão para o freezer.

Um Feliz Natal para você meu maior amigo desconhecido que até me conhece um pouco só de passar por aqui. Um beijo para todos, paz e alegria -- @JOYce

Hoje eu queria...V. 2.0

Inaugurar uma nova forma nesse blog - da adesão dos escritos amigos. Pois então, estou republicando um post que escrevi, acrescido do que Radic@l, um amigo meu que você não conhece, colocou lá nos comentários. Achei bárbaro o que ele escreveu e avisei-lhe que iria colocar. Como ele não me disse nada, sigo em frente e aqui está, complementando o original, que começa assim:


Hoje eu queria...V. 1.0

Usar aquele vestidinho preto lindo. Colocar as meias de seda pretas finíssimas. Calçar aquele sapato altíssimo, que não é para andar -- é só para ficar parada com ele, fazendo pose.

Ir a uma festa. Ou a um coquetel. Ou ainda ir dançar, apesar dos sapatos.

E me sentir feito moça de anúncio -- assim, meio que encostada numa parede, rindo com um copo de proseco, vinho tinto ou champagne na mão.

Tinha que ter um terraço nessa minha cena. Lá atrás, lua enorme ou então prédios altíssimos iluminados.

Uma companhia muito especial, claro. Ele estaria me olhando, daquele jeito que só os olhares apaixonados olham. Estaria com as mãos na mesma parede, encenando uma doce, aberta e romântica prisão, de onde eu não pediria nenhum indulto de natal.

Viu a cena? Pois então, quem sabe o que nos reservam as horas? E isso serve para você também.

Aqui entra a outra cena criada por ele:

"Poderia ser assim tb.: De jeans surrado, e aquele tenizinho branco, com o cabelo preso por puro desleixo à procura de algo trivial no balcão da confeitaria e o que encontra são os olhos que dividem com vc. a mesma bomba de chocolate que suja o canto da boca que implora para ser limpa por um beijo. Viu... como a questão não é a forma... mas o desejo...

Uau... vou botar meu blazer preto e o jeans surrado e um mocassim para ver se ela ainda está lá.. Fui..."
Radic@al

dezembro 22, 2001

Tempo de presentes

É Natal e, de presente, ganhei o prazer. E a Meg, sempre ela, foi a responsável pelo almoço delícia, pela companhia da Claudia e da Carla, pelo carinho, pelo contrato de amizade, por me deixar conhecer a Selma, a Eliane, a Nana, a Giselle e pela alegria que rolava no ar. Muito bom fugir rápido de trabalho para um encontro assim --- Adorei. Para culminar, sabe o que recebo hoje? Um cartão dela, numa produção virtual onde ela colocou, ele: Marlon Brando -- me chamando para o penúltimo tango em Paris. Não posso perder! O máximo essa minha amiga!

dezembro 21, 2001

O contrato de um novo casamento

Ela ou ele, qualquer um dos dois, poderia, mentalmente tomar as seguintes decisões, imbuídos de que dessa vez é prá valer: Se prepara porque é grande.

AS PROMESSAS

PROMETO QUE...

não vou compará-lo ao ex (caso venha a fazê-lo, será por pensamento e nunca por atos).

os defeitos que vir na educação dos seus filhos jamais serão atribuídos à sua extrema condescendência com as mimadas vontades daquela criança de 20 anos.

nunca pensarei em como você larga a toalha molhada e embolada em cima da cama, ou a larga no chão e pisa nela; em como molha a pia, o chão, enfim o banheiro todo.

nunca irei reparar em como você empurra, numa total semelhança com o ex, as compras do supermercado para eu fazer (e, em pensamento e só ali, irei novamente detestar isso)

esquecerei que antes saíamos e que qualquer lugar era programa, desde que estivéssemos juntos (é verdade que agora ficamos juntos e isso é ótimo -- mas só que agora sempre dentro de casa)

não vou lembrar-lhe do que prometeu, porque também muita coisa eu já não considerei na época e até já esqueci de boa parte


vou me agarrar àquela nossa conversa de criarmos novos problemas, em vez de repetirmos os velhos.

vou achar absolutamente natural que você dê a maior vida mansa para a sua ex, enquanto eu continuo pegando cada vez mais projeto para desenvolver

vou me esforçar demais para achar um ato de amor, você engordar e ficar bem largadão na sala, assistindo a todos os jogos que forem televisados. Afinal, o estado de relaxamento que acompanha o amor, pode, algumas vezes, trazer esses efeitos desoladores. Eu vou me conter e não vou lhe dizer que isso pode ser passageiro e que eu adorava aquele corpo normal que você tinha.

que vou sorrir ao ouví-lo dizer -- mas para que irmos ao cinema? Daqui a 2 meses vai passar na tv

AS AMEAÇAS



Agora, meu amor, minha segunda (ou terceira ou quarta) definitiva escolha amorosa:

não vou tolerar você me dizer que meu cabelo está louro, crespo ou seco demais -- não agora, assim de repente.

vou rodar a baiana se você sair de casa para levar o carro da sua ex para o conserto, quando você já me disse que eu posso perfeitamente trocar o pneu do meu.

definitivamente vou deixar você falando sozinho, se à noite, à tarde ou pela manhã, você me disser: Beeeeem, agora não dá; estou atrasado.

Se morre, porque você vai ser já, já o meu ex também.

A SALVAÇÂO



Agora, se apesar de nós descumprirmos todas as promessas acima e de cometermos mais erros do que já havíamos cometido com os nossos exs, mas, apesar disso, a química continuar em alta, altíssima cotação na bolsa; se pensarmos e rirmos sozinhos, lembrando das nossas coisas --- é porque o negócio é para sempre e --- estão revogadas todas as ameaças anteriores.


dezembro 20, 2001

Lembrancinha boa essa

Quem não assistiu, perdeu. Era o anúncio de um coral de crianças. Cenas do grupo já arrumado para se apresentar são intercaladas com uma em que, um menino, atrasadíssimo, voa na sua bicicleta vestido com a túnica do coral. E o garoto, desesperado, vai imprimindo a maior velocidade na sua bike, enquanto o coral começa a cantar, lá no lugar da apresentação:

"Quero ver você não chorar,
não olhar prá trás
nem se arrepender do que faz.
Quero ver o amor vencer,
mas se a dor surgir,
você resistir e sorrirrrrrrrrr.

(---Finalmente ele chega; larga a bicicleta de qualquer maneira; vai subindo as escadas já ajeitando a túnica vermelha...)
Bom Natal, Um Feliz Natal,
Muito amor e paz para você
(Ufa! Conseguiu chegar no palco, para alívio de todos, pois o único solo do coral era dele. Então, enche os pulmões de ar e solta:
PRÁÁÁÁ VOOOOCÊÊÊÊÊÊ!


Sei que o banco que patrocinava o anúncio mudou de nome -- o tempo passa, o tempo voa, mas as coisas belas continuam numa boa. Pois então, meu amigo, é assim que vamos em frente, pois as coisas belas continuam numa boa.
Conhece alguém tipo "by the book"?

Aquela gente que é "educada profissional"? Que parece estar sempre fazendo o que é sua obrigação? Pois então, imagine que essas pessoas existem também nos relacionamentos e devem deixar o outro sempre na dúvida de se estão ali porque querem ou porque aquilo é o certo. Essa gente me assusta, na sua insânia de administrar as emoções, consultando o seu livro imaginário, onde crêem que estão todas as respostas. Com essa gente eu não sei lidar.

dezembro 17, 2001

Quando é mesmo que começa o tal do Inferno Astral?

O tempo é a gente que faz, dizem os desentendidos nessa coisa de inferno astral. Aniversário em janeiro, acho que hoje foi o meu dia de inferno astral. Porque não aceito mais do que um.

Me bate um descontentamento insuportável: quero ser alta, magríssima, ter a pele clara como a Claudia Raia, ter os cabelos compridos e bem vermelhos. Como você vê eu só quero mesmo é me aborrecer, daí buscar as impossibilidades. E só dei exemplos das mudanças externas, pois se fosse me deter nas internas, duraria meses.

Não adianta, quando você quer aborrecimentos, você acha, ou melhor tropeça neles. Não consegui tirar nada de letra hoje -- e olha que essa é a minha característica normalmente cantada em verso e em prosa.
Baixou um espírito turrão, infantil daqueles birrentos; só não sapateio porque seria ridículo e não sei sapatear feito criança.

Foi o dia anual da exposição do que escondo, com grande sucesso, todos os dias do ano. E, ninguém perdoa essa exposição gratuita de defeitos. Engraçado, como se as pessoas fossem pura perfeição. Mas acho que rola um pacto não verbalizado, um acordo de cavaleiros, em que a regra número 1, que revoga todas as demais é: mostre somente o seu lado bom. É só o que queremos conhecer.

Está vendo a minha lógica em limitar o meu inferno astral a somente 1 dia? Posso estar meio turrona hoje, mas ainda com alguma inteligência. Tenho grandes planos para amanhã.

dezembro 16, 2001

Das esperas

Ela chegou primeiro em casa. Olhou em volta, como que conferindo se tudo era mesmo real. Isso porque, aquele cenário, sala-cozinha, que ela agora olhava, esteve por vários anos, pendurada no mural de cortiça do seu quarto, recortada de um jornal. Ali, pendurada, esperando. E valeu a pena esperar. Quer dizer, valeu a pena esperar droga nenhuma.
Esperar é sempre uma chatice, mas pelo menos, dessa vez, ela havia chegado a algum resultado.

Mas, voltando a apreciar a sua obra, deteve-se a olhar a coifa prateada como aquelas de churrasqueira, imponente na parede em plena sala. Abaixo dela, o fogão elétrico e a pia, embutidos na bancada de madeira, num armário, onde, na parte de baixo, estava a pequena geladeira e a porta, onde ficavam as louças e as panelas. Ao lado dessa coifa gênio, um quadro e três frigideiras, completavam essa parede.

Na outra parede estava a estante multi-tarefa. As prateleiras eram, na verdade, prateleira-ambiente, pois uma era bar, uma era a biblioteca, uma outra era a do som e cds e por aí ia. Toda branca, com algumas prateleiras de fundo salmão, constratava com a madeira do armário e o prateado da coifa.

Estamos então com as paredes formando um L, certo? Pois então, bem no meio desse L, estava a mesa para quatro pessoas -- número máximo permitido no espaço e no sonho. Mesa tão leve, quanto tudo por ali. Tampo de pedra branca e cadeiras de metal com assento branco.

Dando mais dois passos e só dois, o sofá branco, gostoso e aconchegante, repousava sobre o tapete de Kilin de várias cores.

Ainda deu uma olhada nas plantas, tirou o congelado do freezer, verificou a temperatura do vinho, fez-se linda e esperou. Logo após, a chave gira na porta...

Às vezes, esperar é o máximo!

dezembro 15, 2001

Das inseguranças

Curtindo a casa vazia, pude pensar no que ouvi dia desses. Foi algo sobre a minha insegurança. O que ouvi foi que eu dizia que ia fazer uma coisa, desistia e isso virava sonho.

Hoje, muitos dias depois, volto ao que foi ouvido e ouço de outra maneira. Primeiro, fui usada, pois quem disse estava falando de si mesmo.

Segundo, por que fiquei procurando tanto tempo tentar encontrar em mim tal característica, como se a voz de fora soubesse de mim? Puros enganos, mas não tanto.

Muitas vezes jogo idéias para ver se o incluído nela, embarca na onda. Se não embarca, como se dá na maioria das vezes, ela vai para a "guardadeira", aquele espaço alugado na cabeça, que serve para guardar o que está latente, mas ainda irrealizável.

Vez por outra, uma faxina é necessária por estas bandas, para abrir espaço e evitar a super população de idéias frenéticas por se fazerem atos.

Outras têm mais que ir para o lixo, pois passaram ou juntaram sua neura desejosa a outra e agora são outra coisa.

O único cuidado é manter essa "guardadeira" de irrealizados desejos, no peso ideal. Tem sempre que pesar bem pouquinho. A gordura saudável, aí nessa história, são os desejos realizados. Senão é fogo na corpo, quer dizer, na roupa, como diz o antiquíssimo ditado popular.

Rio Sul no sábado -- eu e todo o mundo lá!

Pois então, já gosto de uma "cabeçada". Não fosse assim não teria me metido a ir procurar comprar uma blusa ou vestido vermelho, no sábado à tarde.

Cismei com essa cor para o Natal. Mas, a roupa vermelha é um problema. Como "estabeleceram" que a cor tende à vulgaridade, o que se encontra são vestidos vermelhos com babados, diáfanos, longos e próprios para festas ou casamentos. Eu quero um simplezinho, com um decote de preferância em bico, sem mangas, comprimento normal -- para vestir na ceia de Natal. Quem disse que encontrei? Só roupa de madrinha de casamento ou de noite de entrega de Oscar. Acho que ainda não inventaram o vermelhinho básico.

Será que outra vez vou acabar com o pretinho, não tão bãsico?

Esse escrito está tão feminino... você, meu leitor masculino, me perdoa? Mas há angústias que não querem calar.

Ganhei um amigo novo de Salvador

E ele me pede que faça "um dengo por mim neste Rio de Janeiro lindão. Diga-lhe que Salvador manda um cheiro de dendê e beiju - a mais nova mania desta cidade: as misturas dos recheios são dadaístas, dependendo sempre do gosto do freguês. Outro dia vi um que misturou bacon, frango, presunto, manteiga, queijo simples, catupiry e ainda polvilhou com orégano!!!!"

Esse é o grande valor agregado da exposição que você ganha, quando se mostra -- conhece gente interessante e inteligente. Pois então, está aí colocado o recado vindo dessa cidade tão lindona quanto o nosso Rio, através da palavra do amigo de lá. E por aqui, no clima democrático desse Rio que mais do que carioca é brasileiro, preferência nacional, recebemos e adoramos esses dengos.

Palavra bonitinha essa, dengo, não é mesmo? Fala do que é. Igual a carícia. E tal qual ternura. São palavras que combinam com os atos. O máximo esse dengo!

dezembro 14, 2001

Vivendo a distorção

Pois então, comecei aqui, dizendo que era só para escrever. Agora é escrever para alguém; ainda que desconhecida. Conclui que os "Comente" são o meu grande barato. Escrever sem ouvir é falar com eco -- muito chato mesmo. E a minha enorme fatia narcísica que este bloquinho tanto infla, fica murcha e sem graça. Oba, agora os comentários voltaram.

E estou com uma saudade da sua voz!

Da Série " Post achado não é roubado"

Eu, que não escrevo e sim, entrelinho, achei perfeito:

"O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas."
(Clarice Lispector, em Água Viva)

Está lá, no Despropósitos. Vai para a lista ou não vai, como dizia o Chacrinha. Claro que sim.

Vizinhança

Encontrei lá no Quarto da Telinha. Vai para a lista, assim que puder fazer o bannerzinho. Vê só:

Não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã.
Se você se sente infeliz agora,
tome alguma providência agora,
pois só na seqüência de agoras é que você existe.
Clarice Lispector

Por outro lado, encontrei também a Telinha lá no Udigrudi. Isso aqui é uma pracinha, daquelas gostosas de bairro e, como bem diz a Ana -- Post achado não é roubado: Olha só a Telinha:

Amor é se atirar de cabeça na piscina.
Paixão é só olhar se a piscina tem água depois do pulo.

Pergunto eu: água na piscina? Que água?




dezembro 12, 2001

Hoje eu queria...

Usar aquele vestidinho preto lindo. Colocar as meias de seda pretas finíssimas. Calçar aquele sapato altíssimo, que não é para andar -- é só para ficar parada com ele, fazendo pose.

Ir a uma festa. Ou a um coquetel. Ou ainda ir dançar, apesar dos sapatos.

E me sentir feito moça de anúncio -- assim, meio que encostada numa parede, rindo com um copo de proseco, vinho tinto ou champagne na mão.

Tinha que ter um terraço nessa minha cena. Lá atrás, lua enorme ou então prédios altíssimos iluminados.

Uma companhia muito especial, claro. Ele estaria me olhando, daquele jeito que só os olhares apaixonados olham. Estaria com as mãos na mesma parede, encenando uma doce, aberta e romântica prisão, de onde eu não pediria nenhum indulto de natal.

Viu a cena?

Pois então, quem sabe o que nos reservam as horas? E isso serve para você também.

O espírito de Natal bateu aqui em casa

Foi LF, o neto, quem pediu que eu colocasse e, como atendo a todos os pedidos dele, que podem ser atendidos -- eis o clima natalino.

dezembro 11, 2001

"O sapato ficou pequeno"

Quando deixei o colégio, onde trabalhei por 6 anos, e parti para uma empresa, o dono me disse, após as várias tentativas para me dissuadir de deixá-lo: "Tudo bem Joyce. Entendi. O "sapato-escola" ficou pequeno, não é?" Nunca esqueci a expressão. Mas não dava mais; os pés doíam.

O sapato fica pequeno quando a gente é criança. Quem tem filho sabe o número de pares de sapatos que a gente passa adiante, praticamente novos, porque os pés dos filhos cresceram, durante a noite.

E, ficam pequenos novamente, quando a gente vira adulto. Quanto "sapato" eu usava e que agora são apertadíssimos? O medo é um dos que aperta o pé. Trampolim alto, ondas enormes, hoje são para mim somente apertos. E outras tantas coisas que foram boas e hoje são verdadeiras "pedras nos sapatos"?

Por outro lado, a vontade de voar mais alto é o motivo adulto maravilhoso que faz você partir para encontrar os sapatos do seu número.

De saltos altíssimos, pois a emoção de voar bem alto precisa deles. Aí, com os sapatos certos você sai por aí para buscar o espaço aberto, sem amarras e sem pé doendo. O máximo!

Estou tão séria! Nem estou me reconhecendo. Vou me dar um refresco.

Só mesmo os maravilhosos ônibus da Coca-Cola, todos enfeitados para o Natal, cheios de luzes, para que eu esqueça das coisas sérias.

Ontem, vi uns 10 enfileirados como um tren-ozinho. Só faltou mesmo aparecer o Papai Noel e solucionar magicamente tudo.

Sabe? Se eu fosse Prefeito dessa cidade, iria sugerir às companhias de ônibus que em dezembro todos os ônibus rodassem enfeitados. Além de linda, a cidade faria a maior economia. Eu e as minhas idéias.

dezembro 09, 2001

O tempo nos relacionamentos

No princípio a gente pede ao tempo que nos mostre se o sentimento é prá valer. Sabemos que pode ser fogo de palha e ninguém quer cometer erros do passado.

Como pedimos, o tempo começa então, a exercer a sua força. Passam-se os anos e você vê que o amor aumenta, vivendo das oportunidades, brechas que a vida dá.

Aí você vê que os encontros são mais naturais e mais profundos. Ficar junto é cada vez melhor. A cada toque se vai mais fundo na emoção. Confiamos cada vez mais. Expomos nossas fragilidades e elas se transformam em força. Unem-se corpos e almas. Esboçam-se, sem licença, tímidos desejos de sonhar juntos.

Pois então, como disse a Adélia Prado -- "A multidão em volta com seus olhos cediços, põe caco de vidro no muro, para o amor desistir (...)", mas se ele existe de verdade, vence sempre!

Coisa mágica que só dá prazer e é de verdade quando flui. E que posto de quarentena, tira da vida a emoção, aquela que faz a vida ser de verdade. O máximo!, como diria alguém.

Inauguraram o "colar" de luzes -- Pão de Açúcar de visual novo!

Uma festa de fogos lançados do Forte, aqui no final da Urca, marcou a inauguração do colar de luzes que liga o Pão de Açúcar ao Morro da Urca. Não tinha visto nada tão bonito e de tão perto.
Recebi uma saraivada de luzes. Lindo!


Novos e já amigos se encontram...

Acho que uma parte das pessoas aprendeu a ampliar as amizades a um intuito, digamos assim, mais comprometido com as questões das necessidades básicas da nossa população. Dessa forma, as amigas se reuniram e, ao mesmo tempo, contribuiram com as campanhas de distribuição de alimentos.

E, foi ótimo conhecer novas gentes, que só conhecia pelas letras nos blogs. Melhor ainda, ampliar a consciência de que fazemos parte de uma comunidade nacional, onde uma grande parte é carente e não só de alimentos. Como diz parte do lema dos escoteiros: Sempre alerta! (...)

Levamos "bomba" outra vez.
É, bomba no sentido colegial mais antigo e conhecido de muitos: reprovação; repetir; fazer outra vez o que não deu para fazer em determinado período. Não é nenhum desses produtos que andam à venda por aí, mas é antes um efeito que ronda, a nós brasileiros, faz tempo.

Fomos o último colocado no PISA -- Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que mede a leitura e o nível de compreensão dos alunos. O princípio de tudo, certo? A origem do aprender. E, seguem-se as justificativas oficiais que aliam o baixo resultado educacional às desigualdades nacionais, colocando uma cola tão firme que não permite nenhuma saída ou solvente que desatrele um atraso do outro.

O editorial do JB de hoje fala disso, de uma forma bem mais apropriada do que eu. Aqui é só um desabafo raivoso, contra essa brincadeira dos índices que tentam mostrar como diminuiu o número de repetências no país.

A Finlândia, primeira colocada na pesquisa é hoje o centro high-tech do mundo -- graças à educação. Os Estados Unidos, lá na sexta colocação, pressentem a ameaça que vem da avaliação do conhecimento da sua futura geração.

Aqui vivemos das soluções das emergências, sem tempo, interesse ou espaço para as ações que poderiam dar soluções consistentes às tais das emergências. Como paramos sempre no primeiro passo e falta chão para os passos seguintes, vivemos labirinticamente tem tempo.

Você sabe qual é o plano para a educação do Brasil de 2010? Me fala?

dezembro 08, 2001

Redundâncias em torno das brechas


Um grupo de amigos no Botequim; muita conversa Informal.
Confidências confidenciadas.
Brincadeiras brincadas.
Cumplicidade tornada cúmplice.
Amizade rola solta.
Sintonia sem palavras.
Amor feito amantíssimamente amado

-- um viva para as brechas da vida, a única em que rola a vida que quero de verdade!

dezembro 07, 2001

O "frisson" do dezembro

Já reparou o que acontece em dezembro? Eu não sei o que é, mas bate uma urgência em todo mundo...Urgência de fazer e de realizar, ao lado de compartilhar e de repartir.

Parece que, com medo de se ver envolvido nas ceias e nos presentes, vem a vontade de fechar coisas novas, além de dar conta das que rolaram morosamente o ano todo.

Esse, creio é o verdadeiro "espírito de Natal dos negócios". Ter a sensação de que se acaba o ano com perspectivas de realização para o próximo. Mais uma vez, nos recusamos a aceitar a idéia de finitude anual e investimos no simpático refrão "a música não pode parar". Acho isso muito bom.

E som na caixa!

dezembro 06, 2001

Pode? Praia da Urca -- point matinal?

Sete horas da manhã. Seis barcos pesqueiros, lançando as suas redes quase na areia. Dois barcos de remo. Um "quiosque" de refrigerante montado. Aula de alongamento. Um garoto prá lá de bêbado, talvez comemorando a vitória do Flu -- tudo isso no mesmo espaço da ex-pacata praia. Quem diria...ela virou fashion. E, olha que ainda não inauguraram o colar de luzes que irá ligar o Pão de Açúcar ao Morro da Urca. Melhor que Marbella.

dezembro 05, 2001

Hoje, pela manhã, bem cedinho, a estátua do Cristo estava enrolada numa echarpe(acho que tem um acento aqui, mas não sei onde) de nuvens. Chiquérrima essa nossa sétima maravilha do mundo.
Blogtalkshow

Essa aí eu inventei, assim, tudo escrito junto. A idéia surgiu da solidão que é você escrever, sem personificar o seu possível leitor.

No princípio, tinha o "Comente esse post", que era respondido por email direto para quem havia colocado. Então, mudei para "Comente", para que se fale sobre qualquer coisa que a leitura tenha trazido ao pensamento.

E é como se fosse um talk-show, onde um conversa com outro; faz perguntas e, de repente não tem mais entrevistador e entrevistado -- tem gentes visitadas. E está sendo a melhor parte da minha brincadeira. São outras histórias que rolam a partir de qualquer coisa.

Tem um monte de gente fazendo isso e agora o circuito se ampliou. Você lê o post, escreve seus comentários, procura respostas ao que já havia comentado, responde em cima e o círculo aumenta. O máximo! Nada muito novo, mas bem estimulante e torna esse "bloquinho" uma via de mão dupla. Uma pracinha de bairro.

O Marco, meu guru presencial, homem das tecnologias, me disse: "Joyce, os comentários não têm nada a ver com o escrito!"

Têm sim, meu amigo. Isso é efeito do pensamento não-linear, anárquico contra as estruturas rígidas e enquadrantes, mas muito lógico com as associações que estabelece. O meu preferido.

Estava devendo esta explicação à Rossana, lá do Wumanity.

dezembro 03, 2001

Wow! Wow! Wow!...

Foi um som parecido com esse que veio do mar, junto com um barco a remo. O barco vinha rápido movido pelo motor humano, formado pelos 6 remadores. Os 5 homens fortes, ombros largos e uma moça colocaram o barco na areia e ficaram por ali, conversando.

A aula grátis corria e eu concentrada no movimento dos remadores. Na série dos abdominais, em que minha concentração atinge o ponto mais baixo, eles saem da beira d'água, vão para a parte da areia fofa, se posicionam estrategicamente e saem correndo de volta para o barco. Num movimento coordenado, cada um, a seu tempo, toma o seu lugar ao lado do remo. O barco balança um pouco, aceitando o tranco e o grupo sai remando. O som ritmado, ao lado dos movimentos não tão coordenados, lembrou um pouco o exército de Brancaleone.

A aula segue e eu sigo com os olhos os remadores, que passeiam pela baía para lá e para cá. Manhã linda de segunda-feira.

dezembro 02, 2001

A última lá do Afrodite

Pego só um pedacinho e aponto você para ler completo .

"(...)Se você se trai e ainda assim
pensa que me engana,
se engana;
uso a sua culpa
para passear sem coleira (...)"

Há certas coisas que a gente lê e ri por dentro. Acho que essa reação é na verdade uma forma de oi, olá, tal qual você faz quando vê um conhecido seu. Ler o que, em algum lugar de você já estava escrito é se reconhecer no escrito e daí o sorriso.

Porque é impressionante como os apaixonados se traem. Engraçado o uso desse verbo trair aí nessa situação. Trai a quem? A si mesmo, a quem tentava se enganar não reconhecendo o sentimento.

Então, pensa no circuito: O sentimento está lá dentro, reprimido, escondido. Vem o ato que falha e dá cabo do esquema de segurança que guardava a emoção. Escapole então aquilo que era mantido escondido. Salta para fora, pipoca nos entornos, é visto, notado e comentado pela multidão à volta. E, ao perceber que os outros sabem; você o reconhece.

A "traição", nesse caso pelo menos, é o sentimento fazendo-se ato.

E aí, meu amigo, só muita patologia para continuar negando a explosão.

E, se a patologia vencer, você que é o outro na relação, sinta-se livre e saia "para passear sem coleira".

Festa

Nossa, como é bom uma festa, para quem está meio para baixo, como eu. Conversa boa, gente nova, muito proseco geladinho e com direito a dançar um forró. Acrescente aí a vista da Lagoa. Minha Mãe! O que é aquilo? Fiquei dividida entre participar da festa ou ficar na janela. Agi com inteligência e conversei na janela, o proseco foi bebido grande parte na janela, dancei olhando para a janela.

A Lagoa é o lugar do Rio, junto com o Cristo, é claro, que é lindo sempre: de manhã, à tarde, à noite, com sol, com chuva, com nuvens ou sem elas. É tão magnífica vista de cima, quanto andando à sua volta. Aquela casinha no campo tem na Lagoa uma grande concorrente. No meio do meu enlevo-pasto para os olhos, alguém disse: e quando cheira mal por conta dos peixes? E lá isso é hora de se pensar nisso?

Parece a história que me contaram de um cara que adorava acampar. Pois bem, ele casou e na primeira chance que teve levou a esposa para acampar com ele. Andaram de carro até onde deu; andaram mais até onde as pernas deram e chegaram no meio de nada -- lugar considerado por ele, ideal para armar a barraca. Ele, radiante com a sua descoberta, é despertado do enlevo com a pergunta da exausta esposa: E se um de nós quebra uma perna? Creio que o casamento começou a acabar ali naquele exato momento.

Sabe aquela gente assim? "Se morre".

dezembro 01, 2001

Aprendendo com a nova geração masculina
Almoçando ontem com o Marco, meu guru presencial instituído, ele, ao lado de 4 mulheres, ao ser perguntado sobre o que achava de trabalhar só com mulher, ele, de sua habitual calma, respondeu: para mim não tem essa de ser homem ou mulher no trabalho.

É um sábio, esse rapaz. Acima e além de qualquer movimento feminino ou de qualquer postura machista, ele disse que somos todos iguais; uns mais iguais do que outros (isso ele não disse, mas eu sei)

A impaciência da vez
Depois de um dia cheíssimo, responsável pelo bagaço que me tornei à noite, e que se constituiu de cumprir compromissos em Vila Isabel, Tijuca, São Cristóvão e Botafogo, dignos de uma excursão-relâmpago tabajara, concluo que é uma chatice encher o tempo com coisas que atropelam e jogam para escanteio o tempo bom, o das escolhas pessoais.

A irritação cresce quando você quer sair do enquadro da relação madura e quer mais são todos os arroubos da juventude:

da ligação no meio do dia que diz assim: Vamos agora? E, sem tempo prá passar baton, você larga tudo e vai nessa.

daquela voz no celular, que no meio daquele rame-rame rotineiro, diz: Nossa, acabei de pensar em como adoro você.

ou do celular desligado, por conta daquela reunião comunzinha, que ao ser ligado, mostra o recado sonhado: Sabe que amo você?

Agora, presta atenção, precisa ser jovem para fazer isso? Não. Precisa é amar e não sucumbir às malditas circunstâncias que querem aprisionar o que não tem prisão que dê jeito.

Li no JB.
"Escrever é também uma forma de questionar o mundo, de observar as coisas com um olhar de surpresa, de fugir da passividade" Leslie Kaplan (Idéias, p.3)
Aniversário da Fernandinha
O meu R2 favorito e muito melhor do que ele, pois que tem aquela risada contagiante, aquele senso de humor cáustico, aquela impaciência engraçada, aquela tolerância zero, aqueles olhos pretos brejeiros, aquele cabelo que não precisa fazer escova -- faz 24 anos!

Nossa! O que que eu fazia aos 24 anos? Será que eu ria desse jeito? Já tinha essa objetividade? Não. Cada um com o seu cada um e, nesses tempos, lá estava eu levando menino prá parquinho, trabalhando na escolinha perto de casa, vivendo a vida no cenário da minha sala. Ainda não tinha rolado muita coisa. E ainda tem muita coisa a vir por aí.

E é isso que desejo para o meu R2 favorito: que os olhos estejam atentos para captar todas as felicidades que rondam; que o riso encontre sempre motivos para aparecer, ok? Estamos combinadas assim? Um beijo.

Tentando organizar meu pensamento não-linear

Você lembra que eu falei sobre minha tardia descoberta do Guerra nas Estrelas? Pois então, ontem passou na Net e parti para assistir as ações daquele garotinho Anakin. Mas qual, o epsódio era com Luke, o filho desse outrora garotinho. O outrora garotinho tinha se debandado para o lado das trevas, virou Dark Vader, com uma roupa toda preta chiquérrima. Lá pelas tantas descubro que este é o epsódio VI. Presta atenção! Adoro o pensamento não-linear, mas está ficando complicado entender a série, pulando do I para o VI. Vou colocar uma ordem nessa Guerra.