julho 31, 2001

Algumas nuvens no céu. Xô!

Apesar do dia lindo e de eu ter feito tudo o que tinha que fazer, a segunda foi de uma indefectível insatisfação. Talvez porque o "tenho que" ganhou do "quero". Onde andam as brechas da vida? Antigamente, o dia influia diretamente em mim, mas agora, na minha fase de
onipotência, eu dito o tempo. E ontem foi bem nubladinho. De onde vem esta inquietação? Lá de dentro. Da falta que as brechas fazem. Da vergonhosa derrota do querer para o ter -- vai para a terceira divisão! Da falta de coragem dos falsos reis, sei lá.
Mas, hoje, que é o amanhã visto de ontem; vai ventar muito e estas nuvens ....Xô para elas. Que tratem de fazer sombra em outro quintal. Pois com elas ou sem elas, para nós, o dia vai ter "céu de brigadeiro". Muito bom!

julho 30, 2001

Domingo em ponto morto. Muito bom!

Primeiro leia o escrito aí embaixo, pois senão isso aqui vai parecer para você papo de maluco.

Seguindo o Long Now e coerente com as idéias que vêm ao encontro das minhas -- desacelerei. E sabe como? Resolvi fazer um almoço de comida mex-tex. Muito abuso, mas que deu certíssimo.

Acontece que adoro cozinhar, ainda mais pratos novos. Então parti para fazer tacos de carne (menos); não fiz os tacos; eles são vendidos e são ótimos. Preparei o entorno dos tacos: a carne, a alface, azeitona, cenourinha e cebola e, caprichei no guacamole. Faltou um sombrero ou um chapéu de couro para completar o clima.
Você sabe porque desacelerei com essa escolha? Já comeu tacos de carne? Então, você leva mais tempo tentando comê-los sem cair tudo, que só mesmo com muito relaxamento e 0 de pressa. Muito bom.
Dando um grande salto para outro assunto, tive uma idéia gênio: a produção de um WEB Talk Show. Creio que vai ser muito fácil com tantos comentários (@joyce também é ironia). Mas, amanhã penso nisso. Agora quero saber é de você: o seu dia foi legal e muito, muito feliz?

julho 29, 2001

Desacelerar: é tempo do "Long Now" (Longo Agora)! Até que enfim!

Ufa. Posso deixar de fazer tudo correndo e começar a entender que uma vida com qualidade é aquela em que posso pensar profundamente em cada movimento realizado e em cada momento vivido.

Está em curso o movimento revolucionário chamado Long Now, que visa convencer as pessoas de que a pressa com que estamos fazendo as coisas, não nos tem permitido usufruí-las, assim como atinar sobre o seu efeito para as gerações futuras. Não se trata, de uma proposta de se abrir mão do que a humanidade conquistou ou de barrar o progresso e sim, de aprender um outro jeito de viver. O objetivo principal é preservar o passado, o presente e o futuro da humanidade.

O movimento me interessa muito e trato de trazê-lo para a minha vidinha. A parana que a gente fica, me leva a escrever pouco, porque senão ninguém vai ter tempo de ler; cria-se, então a novela, para que você possa ler tudo aos poucos; tipo história-homeopatia. A gente corre tanto, para quê?

Para se ter um infarto em paz. Para não ver como nossos filhos mudaram. Para deixar escapar da nossa vida todas as pessoas interessantes que por ela cruzam. Para não ter tempo para o amor e poder reclamar o resto da vida, a falta que o amor faz. Dito assim, dá para você sacar o absurdo que é tudo isso.

Nesse ritmo acelerado, quando os filhos estão pequenos, esperamos que cresçam. Quando crescidos esperamos que se formem e trabalhem; depois que se casem, que nos dêem netos e passamos a vida jogando o prazer para o futuro. Lou-cu-ra. Você vai perceber como, a partir de agora, vou escrever "com voz pastosa".

Vou apontar você para o artigo sobre o Long Now, publicado no Diário.no. Tem até dica de como desacelerar. A primeira é faça você mesmo o seu café da manhã.

Paro para fazer isso len-ta-men-te, iniciando o meu processo de desaceleração. Me acompanha? Não dá? Está atrasado? I "laiment", como diria a Adriana.

julho 28, 2001

Vou usar o meu casaco. Oba!

Vou sair arranjando programa hoje, de jeito que consiga usar tudo o que armazenei para o inverno. Cariocas, uni-vos, porque hoje é inverno!

E aí? Como foi de novela?

Nenhum comentário sobre a minha super produção em três capítulos. Qual! Tudo bem, é uma história bobinha, mas é verdadeira. Fernandinha, a única a mostrar-se curiosa, quis saber dos próximos capítulos. Por falar em outra coisa, ao invés de nisso, o site do Zamorim criou uma idéia muito legal sobre a importância dos comentários. Dê uma lida. Sabe a primeira coisa que faço, quando chego aqui? Corro para ver se há algum comentário novo. Acho ótimo ler o que você escreve. @joyce também é carência e adora um feedback favorável..

O Eleito

Hoje dei conta de como sou abusada e metida, ao sair por aí escrevendo. Cheguei a esta conclusão agora, ao terminar de ler Thomas Mann. É o máximo! Num raro momento brilhante, descobri que até agora eu estava me detendo nas histórias que os livros contavam, desvinculando o conteúdo, da forma. Hoje estou atenta à forma do autor e, nunca li nada tão bom. Não é à toa que ele é considerado o gênio da literatura. Vou partir para ler Fausto. Só posso agradecer ao meu amigo que me apresentou ao Thomas, o Mann.

julho 26, 2001

Primeiro Capítulo - O início: Era uma vez....

Assim mesmo, tipo história bem antiga. Será que a história começa com uma única vez? Acho que não. Na verdade, foram muitas vezes, muitas histórias de muitas mulheres.
Numa dessas muitas vezes, houve moças que aos 17 anos ficaram noivas; aos 18, casaram; aos 19
tiveram o primeiro filho. Quantas moças...tantas moças... Moravam em Copacabana. Namoravam, dançavam, sempre acompanhadas dos pais, que as levavam e buscavam nas festas. Às mães cabia o papel de assegurar as roupas novas para os sábados e, o de ficar em casa aguardando a volta dos maridos e das filhas. As mães não dormiam (como não dormem até hoje), enquanto as filhas não voltassem sãs e salvas. Muitas vezes, as festa eram em casa, pois dessa forma, os pais podiam ver com quem elas dançavam e namoravam.
Duas que conheci bem eram as únicas moças da turma do Posto 6. Eram 14 rapazes e elas duas. As
danças eram garantidas com tantos rapazes sem par. Além do mais, dançavam muito bem, o que contribuia para diminuir a frustração deles. Eles se divertiam conversando, bebendo cuba libre e ficando pessimamente bêbados. E todos queriam namorar uma das duas, ou as duas, não sei. Aos 17, conheceram seus noivos, que mais tarde, seriam seus maridos.

Quer saber mais? Continua aí embaixo. Estou escrevendo uma pequena novela, a fim de não cansá-lo. Falta um tema musical para ela. Fica mais instigante e prepara o espírito.
@joyce também é marketing e muito compreensivo!!!

Segundo Capítulo - O meio: A vida vai rolando...

Mesmo noivas, os rigores do horário vigoravam: às 10 horas, impreterivelmente tinham que estar em casa. Andar de carro sozinhas com os noivos, jantar fora, andar com eles de moto? Tudo isso nem pensar! E os porteiros? O que iriam dizer? Mesmo noivas os pais iam esperá-los nas saídas dos bailes; segundo eles, temendo os assaltos -- raríssimos à época, mas uma excelente desculpa. Os noivos, por sua vez, achavam natural o cuidado paterno e até o valorizavam.

Virgens todas elas. Sabia-se quem não era. O Rio era uma cidade menor, uma pracinha de bairro; agora é só uma praça. O branco vestido de noiva traduzia a inocência e a ignorância da maioria delas nas questões de sexo. As mães informavam às filhas por meios indiretos: eram livros estrategicamente abandonados à mão para serem lidos; era a tia amiga que falava sobre o que era a noite de núpcias; o livro do Fritz Kahn que lido deixava as mocinhas cheias de informações que misturavam palavras como coito, doenças venéreas, gravidez, criando um emaranhado sexual tão grande, que as assustava. Nenhuma palavra quanto ao prazer. Nunca. O prazer obtido nos beijos e abraços nas subidas de elevador eram seguidos de uma maldita culpa, ao mesmo tempo que enchia as suas cabeças de dúvidas: como os livros não falam disso? Então elas trocavam informações entre si. E saía cada asneira.

-----Está ouvindo o tema musical da novela? Então, é o fim do Segundo Capítulo.

Terceiro Capítulo - O início: O amanhã...

As duas, que conheci bem, se casaram. Tiveram filhos. Todos de parto normal -- eu disse que a história era antiga. Ao todo foram cinco novas crianças na família. A complicação
aumentou. Doenças infantis, estudos, problemas de adolescentes ocuparam por anos a fio, aquelas
duas moças que conheci bem e que gostavam de dançar.

Uma delas se separou duas vezes do mesmo marido, muitos anos e aborrecimentos depois. A outra não. Muitas coisas boas e muitos aborrecimentos depois, permanece casada. Presa na liberdade dos seus pensamentos e ações.

Hoje uma delas sabe que o até que a morte os separe não é pra valer. A outra assumiu compromisso de dar conta do que é o seu desejo, após muitos anos de muita coisa. E é complicado, porque desejo não espera -- ele pode tudo. Mas, quem sabe do amanhã? ----- Entra o tema musical. É o final do terceiro e último capítulo.

Sabe, não posso deixar de pensar em como duas vidas tão boas de serem vividas deram uma novela tão boba. O que fazer? Felicidade só dá ibope no final da história e essa aqui ainda está no início.

É possível sonhar dentro de um táxi?

Para mim é. Quer dizer, isso quando o motorista não resolve achar que ele tem que conversar, ainda que sozinho. Certas vezes você quer conversar, outras não. Sorte minha, mas nem eu, nem ele, queríamos conversar; então sonhei. Acho que ainda por conta da idéia de home-office, imaginei que morava fora do Rio, numa casa não muito grande, mas com muito jardim. Neste jardim, eu tinha uma casinha. Sabe aquelas casinhas que poucas crianças têm para brincar, tipo casa de boneca? Pois então, a minha era parecida. Ela tinha uma grande janela, um frigobar, uma cafeteira, mesa com computador, uma poltrona gostosa, tinha tapete e não sei como, a tal da minha casinha tinha uma escada para um sótão. Tudo tinha cor. Eu acho que só mulher, dentro de um táxi pensa em tantos detalhes. Muito bom lá. Ah! meu analista... Não deu para ir além. O táxi chegou rápido demais; o celular tocou como um despertador -- pronto: de volta à realidade. Que coisa tão adulta, irc!

"No leito, o torto fica direito"

Ganhei um presente de um amigo. Um livro de Thomas Mann, O Eleito. Eu nunca havia lido nada desse gênio da literatura. Nossa, é muito bom. Só consegui parar agora e, assim mesmo, dividida entre dois sentimentos antagônicos: não querer parar de ler e, ao mesmo tempo, querendo parar, a fim de retardar o final da história. O livro escrito com muito humor e fina ironia, trata do densamente humano. Sem certos ou errados. Só humanos. Leu o título do escrito? Então? Gênio, não é?

julho 25, 2001

Admiração

Ação de admirar; espanto; surpresa. Fico com as duas últimas e invento uma -- ad-mirar -- mirar-se em; ver-se em alguém ou alguma coisa. Mas por que estou inventando isso? Redescobri a força que a admiração tem na relação com o outro. É o se surpreender. Você admira quem ama, pois ele causa espanto, quando lhe traz o que você não tem. Você mira nele o que lhe falta e, estando lá, você se sente tendo o que não tem. Estou muito ou pouco inteligente hoje, ainda não sei.

Lembra do meu amigo que vai para a Índia? Ele falou sobre a gaiola imaginária em que colocamos o outro. Sem que ele se saiba engaiolado na imagem criada fora dele, um dia o dono da chave da gaiola descobre que engaiolou uma fantasia, algo que nunca existiu e se decepciona. Culpa o outro. Viu só que coisa louca? Um gesso imaginário que colocamos e que depois não há marreta que quebre. Quer dizer, quebra sim e para sempre uma relação que podia ser de amor. Conselho de @joyce -- fora com as gaiolas de imagens. Não engaiole sentimentos; sentimento se expressa muito e bem alto, porque só assim vai saber se ele existe de verdade ou se é só uma invençãozinha particular. Concluo que estou muito inteligente hoje, ponto.

Minha dúvida nada existencial.

Será que sou só eu ou você também fica em dúvida diante de certas plaquinhas de banheiro? Explico: antes eram as usuais Feminino/Masculino, lembra? Hoje sofisticaram. Ontem parei alguns segundos diante de duas figuras gregas, muito brancas, que o dono do restaurante usou para separar os banheiros. E então? Qual era o meu? Uma figura lançava um disco, tal um atleta olímpico e a outra não fazia nada -- a não ser olhar para o infinito. É claro que essa que não fazia nada era a dica para as mulheres. Além de confuso, muito preconceituoso.
Aliás, a modernidade chegou aos banheiros. Uma amiga, em NY ou Londres, constrangida, viu que ele era unisex, com as "cabines" com portas transparentes. Olhou em volta, não tinha mais ninguém, entrou. Surpresa!!! A porta virava opaca quando entrava alguém. Ficava toda tremida, igual aos bonecos do Sims quando tomam banho e tal qual as pessoas na TV que não podem ser identificadas. O máximo, não é?
Apesar da dúvida momentânea, ontem foi dia de muito amor no coração (achou brega?). Pois foi muito bom! O seu, como foi?

julho 24, 2001

Como Vai você? Me fala? Estou no joyceprado@attglobal.net

julho 23, 2001

Home Office. Merece reportagem. Parece novo? Menos...

O JB publicou ontem uma reportagem sobre profissionais que têm trabalhado em casa, em vez de irem todos os dias às empresas. Para mim, pareceu um "vale a pena ver de novo" da co-irmã. Em 98, a revista IBM Informação publicou um artigo que escrevi sobre isso. O título "A cigarra e a formiga" que fui reler, está atualíssimo. E fala das mesmas coisas que eu vivi hoje, trabalhando em casa. A primeira grande dificuldade é convencer a Dona Ieda, a senhora que cozinha aqui em casa, que eu não estou em casa para dar ordens domésticas, que não estou doente, que não posso conversar, e que estou trabalhando! Vencida essa primeira batalha, eu mesma me convenço e vou em frente. Você acredita que não pus o pé fora de casa hoje? Bem, o tempo ajudou. Mas como hoje há muitas formas virtuais de se por o pé para fora, usei todas. Telefone fixo, celular, Internet, só faltou o fax.
Em compensação, amanhã o tempo vai melhorar e a rua me chama! Vou abandonar a Dona Ieda de vez.

julho 22, 2001

Praia num dia, chuva no outro!

Nossa, que sábado! Eu e LF, o neto, fomos à praia. O mar limpo, céu azul, sol, sol e sol, praia vazia, com direito a prancha, mergulho, concurso de arremesso de pedras na água, e concurso de quem faz a pedra saltar mais vezes na água... Brincadeira de criança. Muito bom.

Antes da praia, assistimos a um filme do 007 Roger Moore. O agente pendura-se num trem, depois num avião; luta no teto do trem e do avião; destrava uma bomba; engana a todos; mata uns 15 e no final, claro, beija muito e muito a mocinha. Isso tudo sem a visão raio X do Super Homem. Concluo que o Super Homem é uma droga de herói.

Acordar no domingo com o barulhinho da chuva, enroscar-se na cama, trazer os jornais e ler. Muito bom. As notícias passam ao largo, sem que eu me deixe afetar. Hoje não.
Sinto muita coisa boa no ar molhado do Rio. Huummmm! ...

Fantasia para "gente grande"?

Como não li o Prefácio e o Prólogo, devo ter pulado alguma coisa importante, e estou lendo o Senhor dos Anéis como li o Harry Potter. Achando que é para a fantasia adulta. Até agora o Harry me parece muito mais divertido. Uma amiga comentou sobre o dos Anés: - "preciso de um caderninho para anotar tudo." E é mesmo tanto detalhe, que me canso antes de criar a cena na cabeça. Me lembra um amigo professor que descrevia as igrejas barrocas, dizendo: é tanto ouro e anjinho, que nem dá para ver o santo.
Copio uma parte do livro, que achei bem interessante: "A Estrada em frente vai seguindo / Deixando a porta onde começa. / Agora longe já vai indo. / Devo seguir, nada me impeça; / Por seus percalços vão meus pés, / Até a junção com a grande estrada, / Que vem depois? Não sei mais nada."

julho 21, 2001

@joyce também é cultura

Li no Boechat, agora no JB (oba!) que esta semana é a comemoração do centenário da Cecília Meireles. Ela escreveu um poema sobre a distância "a 500 metros...", parece. O poema mostra como à distância o que era nítido, se esvai e, acaba desaparecendo. Vou lançar um novo refrão no meu celular: Cada dia mais nítido.
Por isso, para manter viva a imagem que tenho de você, está na hora de lembrar o meu refrão aqui nesse lugar: Vou adorar saber de você. Me fala?



Olha só que lindo!

"The tragedy of life is what dies within a man while he still lives."
- Albert Schweitzer

Onde foi parar o Presente do Subjuntivo?

Fui comprar meias -- de seda, é claro! A moça que me atendeu, me disse:
- Tenho uma finíssima. Quer que eu pego?
Não quis. Fico impressionada com os quer que eu faço, quer que eu trago que se diz por aí. Onde anda o simpático quer que eu traga? que eu pegue? que eu faça? Acho que estou ficando muito exigente com a língua portuguesa.

Don Juan sabia das coisas ou Ah, meu Deus, os relacionamentos II

Acho que deixei claro que não se trata do que se quer, mas sim, do que se pode, no momento, enquanto tudo não pode ser diferente. Não sei nada sobre isso; só sei que o importante é que os relacionamentos reflitam a escolha dos pares. Aí está o paraíso prometido. Isso é legal.
O que não é nada legal é deixar as circunstâncias impedirem a felicidade. Estou sempre de olho na brecha da vida. E acho que devemos alargar mais e mais essa brecha, até ela virar a passagem para o caminho onde queremos chegar (conheço um casal que vai adorar essa parte). Sobre esse caminho, Castañeda nos dá uma dica, que copiei lá do Afrodite.
"Um caminho é somente um caminho.
E não há desrespeito, a si ou a outros, em abandoná-lo se é isto que o coração nos diz.
Examine cada caminho com muito cuidado e deliberação.
Tente-o muitas vezes, tanto quanto julgar necessário.
Só então, pergunte a você mesmo, sozinho, uma coisa:
- Este caminho tem um coração?
Se tem, o caminho é bom.
Se não tem, ele não lhe serve." (Castañeda - Os Ensinamentos de Don Juan)

Então é isso -- pergunte ao seu coração. Ele vai saber achar o caminho e você vai ser muito, muito feliz!

julho 20, 2001

Ah, meu Deus!!! os relacionamentos...

Amor per call; quando a "vida" abre uma brecha. Você sabe o que é isso? É como se chama, moderrnamante, o relacionamento sem maiores envolvimentos, em que um respeita a liberdade do outro e outros clichês. Um eterno namoro (!?). A sua principal característica é o pseudo desencaixe de qualquer tipo de compromisso. Sem planos. Isso é muito pub londrino. Gosto mais do modo à antiga.

Um quizz. Responda baixinho.
1- Há rotina ao lado de quem se ama? 2- Algum compromisso é pesado se representa uma escolha dos dois? 3- Pode haver novas descobertas na vida lado-a-lado? 4- Quem disse que não posso ter meu espaço, porque vivo junto de alguém? 5- Quando o amor acaba a rotina pesa? 6- É então problema de falta de amor ou da rotina?

Vou brincar com as palavras: rotina e retina = ambas tratam de ferramentas que permitem que você enxergue. Essa eu inventei, certo? Será que culpo a rotina porque não quero enxergar que o amor acabou?

Realmente tudo isso é muito pub londrino, mas se é o amor possível para você -- agarre pela crina, porque hoje é sexta-feira!!!!

julho 19, 2001

A marca do Marco

Ficou bonito o meu "bloquinho". Você lembra do meu guru presencial, o Marco? Pois foi graças a ele que tive coragem de tentar mudar o modelito, escolhido dentre tantos outros premiados pelo blogger.com. O Marco atuou como a alavanca que faz as coisas se moverem. Tudo para ele parece ser tão simples. Me deu força, me fez ver a oportunidade da mudança e me levou "a segurar o cavalo pela crina". Você sabia que a oportunidade é tal qual um cavalo veloz, que cruza na sua frente e que se você não segurar pela crina e entrar na velocidade dele, ele passa e acabou? Amplie isso e pense naquela chance de trabalho, naquele homem ou naquela mulher. Não peque por medo, planejamentos exagerados ou por aguardar o momento certo. O que que é isso de momento certo? Apresse-o. Agarre na crina. (@joyce auto-ajuda X)

Rota sem colisão

Que dia! O céu está azul, o mar está limpinho, constatei na minha aula na praia. Como sou meio preguiçosa para fazer exercício, fico procurando motivações no cenário. Igual a criança desconcentrada. Você sabe que temos três praias aqui na Urca, sem contar a da Praia Vermelha, que para mim é Praia Vermelha e não Urca. Duas praias de baía e uma de mar aberto. Bem, quer ver aviões subindo e descendo? Vá para as praias da Baía. Quer ver navios entrando e saindo, vai para a praia de fora. Nessa você quase não vê avião. Deve ser questão de rota.

Aliás sempre achei bonita a idéia de um céu cortado por rotas invisíveis para quem elas não dizem respeito, mas bem visíveis e significativas para quem as está percorrendo. Parece com a vida de cada um de nós, não é? Você encontra um igual a você, quando os dois são capazes de lerem as mesmas rotas, ou melhor ainda: quando, apesar de cada um ter o seu caminho, está atento ao caminho do outro. Acho que isso é o amor. Muito bom.

Você viu como eu deixei de usar "oba!" e "o máximo!"? Sugestão da Janey, a irmã. Como vê, apesar de não gostar de críticas, às vezes eu até aceito.

Ah! as notícias...

Já falei sobre o risco que corro cada vez que leio os jornais. Como acho que viver é percentagem que tem que bater a casa dos 100%, leio o jornal diariamente. O JB. E olha que é um jornal que considero reto, sem apelos excessivos, bom. Mas não tem jeito, as notícias partem para os jornais...

A proposta dos 5% contra a pobreza; a análise dessa proposta por senhoras da sociedade durante o almoço no Antiquarius; gays levados a julgamento no Egito, após serem presos numa discoteca flutuante; mais um aniversário do Real, que aponta o aumento de 94% obtido pelas professoras no NE -- de 168 para 326 reais; a declaração do policial: "agora fazemos segurança para os traficantes, pode?"; notícias que transitam por aquela zona desconhecida do inusitado. Fala sério.

Me defendo e parto para voar para bem longe e teço comentários absolutamente pessoais e mais ou menos sérios sobre o que leio: Nossa, uma discoteca flutuante deve ser ótima. Você fica parado e flutua na música, de acordo com o movimento do Rio Nilo.
O que que é isso? Um professor teve aumento e passa a ganhar 326 reais. Onde anda a tal da ascenção social prometida pela educação? Meu pai quando definiu que eu e minha irmã seríamos professoras, para (palavras dele) "nunca dependermos de marido", ficaria horrorizado. Sem saber o que viria pela frente, acertou. Desenvolvemos nossa independência, talvez ingenuamente acreditando no que ele disse. É o que diz o ditado -- atirou no que viu e acertou no que não viu.

Após a leitura, penso na mensagem do meu celular -- Cada dia melhor! -- Será?
(@joycepré-melancólico I)

julho 18, 2001

Entendi o que quis dizer com o título @joyce

No início achei que @joyce era "visualmente sonoro". A expressão é uma aberração, mas me serve. Depois entendi porque o escolhi. Mostra que isso aqui é o meu domínio, meu sítio, minha expansão, meu pátio, minha praia. Sendo assim, posso inventar à vontade. Posso falar do que gosto e, o que é melhor, de quem eu gosto.

Pois é de alguém de quem gosto muito que vou cansar de falar hoje. Um especial. Quer dizer, os amigos são sempre especiais, ou nós os tornamos assim, mesmo que os à volta não o vejam do mesmo modo. Não importa. A amizade tem esta capacidade de doar aos amigos o tudo, não é mesmo?

Agora, imagine um amigo, ao lado de quem você fica quietinha, com medo dele um dia descobrir que ele é muito bom para ser seu amigo. E que você é só uma pessoa bem comunzinha? Acrescente a isso, ele ser uma personalidade pública, respeitada, amada e, Padre?
Eu, que ainda carrego a idéia de que Padre está num outro lugar e de que os assuntos das conversa devem ser selecionados, admirei primeiro nele, a serenidade com que assumia o cargo e a posição de religioso. Não mascarava nenhuma santidade -- colocava-se como um homem igual aos outros e desse lugar, entendia, observava e ajudava.

Nunca me perguntou qual a minha religião; nenhuma pergunta quanto à minha fé: foram encontros de pessoas, desencaixadas das circunstâncias que as inscrevem no mundo; papos "densamente humanos". Sempre quis fazer-lhe tantas perguntas: sobre fé; sobre o por quê de eu não ter a fé dele? Queria revisitar o que me ensinaram sobre Deus, céu e inferno, pecado, .... Mas a certeza de que a religião mudou e que estas não são mais as questões, sobre as quais se debruçam os teólogos, fizeram com que elas se calassem e nunca fossem feitas.

O que nos aproximou, inicialmente, foi o fato dele ser um educador. Um educador em busca de assegurar a transmissão de valores de vida. A partir daí fui desvelando o administrador de um complexo educacional e o escritor sensível à marcha do mundo. Isto tudo aliado à cultura e à simplicidade dos que sabem da essência das coisas.

O meu gostar foi crescendo e torci, ainda silenciosamente, para ser sua amiga. Conseguimos, a
amizade nasceu e está aí. Moramos longe e nos falamos pouco. Mas sempre sabemos um do outro. Não como podem saber dois amigos que moram perto, mas como duas pessoas que se sabem lá.

Bem, o meu egoísmo está atingindo hoje as raias do absurdo, pois não só descrevo um amigo de dar inveja, como saio do silêncio e alardeio isso para o mundo! (menos, afinal são poucos leitores) Mas, repetindo a pergunta que gosto de fazer, quando sei que a resposta é sim -- - Padre, posso dizer para todo mundo que sou sua amiga? mando mais um recado para o meu Padre: primeiro, tem um monte de candidato na fila para ser seu amigo, porque todos sabem que ter como amigo um Padre é ter amigo em dose dupla..

Em nossa conversa desta semana, ele me agradece por eu ter lhe falado sobre o meu espaço aqui -- Padre, muito obrigada digo eu..



julho 16, 2001

Passei da fase do príncipe...mas, quem sabe um Rei?

O tempo imprime ao desejo feminino essa escalada monárquica -- de príncipe para rei. Os dois com minúsculas, porque na verdade, não são nem uma coisa nem outra. Tudo de mentirinha. Mas, fala sério, um Rei Arthur como o Sean Conery, alguém resiste?

Creio que o príncipe vem cumprir a função imaginária de libertar a mocinha. Libertar de quê? Dela mesma, creio. Já o Rei, e aí ele ganha maiúscula, vem tomar a mulher e fazê-la ser. Bonito isso, não é? Alguém já disse isso nas Brumas de Avalon.

Eu acho que eu preciso parar de ler esses livros fantásticos e ler mais sobre política, sociologia, filosofia... Pois não é que ontem, tarde da noite, eu estava lendo O Senhor dos Anéis e achei que alguma coisa tinha passado voando pela sala, indo em direção aos fundos. Fui rapidamente dormir, pois achei que já estava vendo hobbits. Paranormalidade é muito paranormal para mim. Bem, hoje descobri quem era o hobbit: um morcego -- ladrão de banana! Para falar a verdade, não sei o que seria pior: um hobbit ou um morcego.

Aqui na Urca é comum os morcegos entrarem nas casas e acho que no meu prédio já entraram em todos os apartamentos. Uns saqueadores vegetarianos! Estou me sentindo a Mortiça, morando no prédio da Família Addams. Ainda bem que ontem tirei o amarelo do rosto e não sou branca esverdeada. Não sou? Vou dar uma conferida antes de ir dormir.




Adoráveis diversos

Você lembra daquele casal catador de marisco? Então, eles catavam marisco hoje pela manhã. Aliás, acho que eles só trabalham às segundas. Que semana inglesa, horário comercial que nada; isso tudo já era.

À tarde fiz um programa ótimo: fui ao aniversário da minha amiga. Ela fez 86 anos. Estava toda feliz, rodeada das suas amiguinhas. Ela me nos viu crescer: a mim, meus filhos e agora, o meu neto. Muito bom!

A minha secretária eletrônica gravou duas mensagens musicais hoje. Só música e linda, por sinal. Alguém que me fala por música? Será que ouvi um certo som majestoso no ar? Oba!

Sabe o cd dos BeeGees? É realmente ótimo, mas quem os ouviu no início da carreira, sente uma diferença...


julho 15, 2001

O tudo para um domingo!

Um montão de sol para tirar o amarelo que, no inverno, toma de assalto as morenas como eu. Uma praia para curtir o Senhor dos Anéis, um dos meus livros prometidos e, finalmente comprado. Uma certa inquietação -- preciso emagrecer.

Um almoço, em que esqueci completamente de que preciso emagrecer. Uma certa inquietação com o passeio demorado de barco do LF, o neto. Uma lida na mensagem de um blogueiro falando que o meu blog está legal -- essa comunidade é o máximo! Uma chatice familiar. Uma certa inquietação por conta dessa chatice. Um gostoso encontro com duas amigas.

Uma lida na ma-ra-vi-lho-sa mensagem do Sergio, o primo, que dizia:
Afinidade é retomar a relação no ponto que parou sem lamentar o tempo da separação. Tempo e separação nunca existem para pessoas que se amam. São sempre passageiras e apenas oportunidades dadas pela vida para que cada pessoa possa amadurecer e ser, cada vez mais, a expressão do outro. São a pausa necessária que antecede ao ato de se entregarem na certeza. (conheço um casal que vai adorar saber disso).

Uma tarde muito cheia de cores. Muito BeeGees -- um dos cds é imbatível. O mágico transporte que é a música...somos capazes de lembrar com quem e onde dançamos ao som daquelas músicas. Voltam à cena, pessoas dadas por esquecidas. Onde elas estavam guardadas?

E volta e meia uma certa inquietação -- muito lá de dentro. O tudo para um domingo, não é mesmo?

Olha, amanhã é segunda; e sempre há dementadores de plantão, rondando... Chame o seu patrono e vá em frente! Tudo vai dar certíssimo.

Vou adorar saber de você. Me fala? Estou no joyceprado@attglobal.net

julho 14, 2001

Nossa, como eu gosto dos BeeGees!

"How deep is your love" então, é de+. Me faz voltar aos tempos dos embalos de sábado à noite. O cara do grupo que tem a voz fina é o máximo. Estou saindo hoje para comprar o cd duplo deles; parece que também é o máximo. Para compor o cenário perfeito para ouvi-los, vou buscar minhas roupinhas anos 80 e ficar -- em casa -- é claro, ensaiando o "clima". O legal é que eles eram bonitos e o tempo passou para eles também. Mas eles não ficaram ridículos como alguns ídolos do rock, que insistem em usar aquelas botas, calças e jaquetas de couro, uns dois tamanhos abaixo do deles atualmente. Um horror.

Você sentiu como eu estou solta na vida hoje? Parecida com o LF, o neto, que lá em Orlando, olhando para aquelas casas sem muros, comentou: Joyce, adoro essas casas "soltas". É isso. Sem muros protetores. Proteger de quê? Para quê? Assim estou eu. Muito bom.

Vou excursionar pelas livrarias e comprar os livros que me prometi. Queria viajar para pertinho. Quem sabe uma pousadinha em Itaipava, Araras, Itatiaia ou Friburgo e passear, sentir frio, tomar vinho, dormir enroscadinha e me sentir muito, muito feliz. Mas, paciência, não vai dar. Vou ser muito, muito feliz por aqui mesmo. Aliás, após ler os jornais diários, deveríamos agradecer a Deus por tudo que de mal não nos acontece, não é mesmo? As tragédias são capazes de levar qualquer um à beira de uma melanconia crônica.

O Rio ouviu a minha queixa e, ignorando a pesquisa que o coloca como a terceira cidade mais violenta do mundo em número de assaltos, nos brinda com um sol ma-ra-vi-lho-so! É uma cidadezinha neurótica essa nossa, não é mesmo? Ela nega sempre as coisas ruins que fazem com ela e segue em frente linda, linda. Bem, eu, por aqui, vou andar, encontrar amigos; passear à tarde; tomar vinho à noite, ouvindo muito os BeeGees. Quer coisa melhor? Na verdade quero; podia ser ainda muito melhor, sem dúvida; há peças faltando no cenário. Mas, quem sabe do amanhã? Torço!

julho 13, 2001

Rir é mesmo muito bom, ouvir música é ótimo e ler, é o máximo!

Sem querer me comportar de acordo com as indicações das estatísticas que indicam os benefícios físicos e mentais decorrentes dos efeitos do riso sobre o estado geral dos indivíduos, parto para o ato e rio muito (@joyce Auto-ajuda IX).

Nossa, como você acorda melhor depois que riu. Não precisa assistir a programa de humor (?) na TV -- ria de tudo o que não deu certo; do que você pensa que vai dar certo, mas que poderá não dar; ria da vida, na vida. Sabe quem é a melhor companhia num trabalho? Aquele que torna o ambiente leve e solto, por conta da sua alegria. Não se trata de contratar um bufão e sim de imprimir ao ladinho profissional, um toque de alegria. Ela irá contaminar o entorno, trazendo confiança e aí -- não tem erro! Tudo vai dar certo. Oba!

Mudando completamente de assunto: tem novidade na rede vinda lá do norte europeu -- um novo Napster, KaZaa o software holandês, rápido e fácil de usar. Mas não sei nada sobre isso. Quem falou e sabe tudo é o Pedro Doria. Vale conferir e aproveitar para colocar mais música em sua vida. Estou impressionada como estou "light" hoje. Deve ser o efeito-mágico-da-sexta-feira.

Mudando novamente completamente de assunto, mas mantendo, com absoluta coerência, o título do escrito, a coleção “Amores extremos”, lançada pela Record, fala daquele meu tema-lugar-comum: amor. Não li, mas como gosto do assunto, já é meio caminho andado. A resenha está no.

E, finalmente, não tendo a menor coerência, pois lucidez constante é karma e além de Karma é chato demais, mudo novamente de assunto e falo de meu espanto -- parece que São Paulo é aqui. O Rio desaprendeu a fazer frio, sem chover. O racionamento que me perdoe, mas bem que a chuva podia cair lá nas nascentes. Por aqui só dá confusão; ainda mais na sexta em que todos tiram os carros das garagens na vã ilusão de chegarem mais cedo em casa. Você fez isso? Se prepara para começar a rir, porque não vai dar certo.

julho 12, 2001

Dadun inflaciona o "mercado"!
Ontem encontrei os amigos, para trocarmos fotos tiradas de nós mesmos -- há um bando de narcisistas de carteirinha solto por aí. Homens e mulheres, casados e por casar, amigos por força das circunstâncias que escolhemos. Muito bom! Entre nós, um sul-americano vivia uma tremenda gincana na tentativa de entender o que todos, ao mesmo tempo, falávamos. Sabe com é, no início todos falavam pau-sa-da-men-te, na falsa certeza de que assim ele nos entenderia. Muitas cervejas depois, quem se lembrava disso? Resumo, ele resistiu o quanto pôde e depois, partiu, sonhando com o seu impessoal travesseiro de hotel. Pelo menos, o travesseiro o entenderia.

Bem, mas o porquê do título -- vamos lá: dentre a conversa solta que rola entre os amigos, Fernandinha mostrou o anel de 1 ano de casada, dado pelo Dadun, o marido. Protestos masculinos na mesma hora: Assim não dá! O Dadun está inflacionando o mercado!

Coitadinhos, creio que viram as suas braçadas de flores, reduzidas, rapidamente, a vasinhos de violeta, aquelas de 2 vasinhos por cinco reais, que nem é dobrada, sabe qual?
E os outros homens que ficaram calados? Esses acho que ficaram ainda pior na foto, pois de repente se deram conta de que nem vasinho de violeta têm mandado para as suas amadas. Qual!

Ok, concordo que há muitas formas de se demonstrar amor; que os tempos estão bicudos, etc, etc,etc... e que ninguém ama menos porque é mais desligado deste lance de dar presentes. Eu sei, mas...
nessa história toda, a Fernandinha só devia estar pensando; Oba! Vou torcer para que o
Dadun conserve para sempre esse saudável, maravilhoso e irresistível hábito. Ah! como o amor é lindo!

julho 10, 2001

A força dos segundos no dia da gente

O dia vem morno, sem grandes promessas... De repente, uma ação sua, que antes de ser tomada, foi precedida de alguns segundos de hesitação, faz com que o dia esquente e se torne digno. A partir daí, todas aquelas atividades corriqueiras ganham nova cor, maior movimento e uma atração desconhecida, porque você se sente corajosa e viva. Isso é claro que também já aconteceu com você. Pois aí está: sem medo do desdém ou de repúdio, você parte para o ato e oba!! Deu certo! Pense, reflita com o coração e se pergunte: por que não? E muito boa sorte com o resultado. Está igual a auto-ajuda? Eu estou me permitindo ser piegas hoje. Cada dia melhor, lembra? É o que diz meu celular. Por que não acreditar?

julho 09, 2001

Você achou o outro pé da minha meia branca?

Adoro saltar de um assunto como paixão e partir para saber do outro pé da minha meia. Por acaso apareceu na sua casa? Sempre pensei que esse fosse um fato acontecido só comigo. Ficar com uma porção de meias descasadas. Será que as meias já descobriram que esse estado civil é ótimo? Bem, não sou a única. Você já leu o livro do Leo Buscaglia? Ele sofre com o mesmo problema. E olha que ele mora nos States, logo esse fato de desaparecimento misterioso é mundial. Fico mais tranquila. Acho que é uma ação orquestrada dos elfos domésticos. Essa, só lendo o Harry Potter.

Vou fazer igual a uma freira que conheci num colégio onde trabalhei. Você encontrava com ela no corredor e ela lhe dizia coisas como: "... a Mariana não vai poder ir..." ???? Era essa a reação de quem ouvia. Que Mariana? Ir onde? E o kiko? Vou fazer o mesmo e saltar para outro assunto.

Você não sabe o que me aconteceu hoje, na minha andada. Encontrei um ex-morador da Urca, que conheceu a Tina (a filha) pequenininha e sabe as pérolas que ele me disse? Que me conheceu pelo andar; que eu ERA uma mulher muito bonita e que o tempo maltrata a gente!!! Você acredita? Quase o joguei na areia. Será que ele sabe que era é passado? Bem, se ele dissesse que eu FUI, aí eu jogava ele na areia mesmo. Droga! Por que fui parar para falar com ele? Essa minha mania de falar com todo o mundo...

julho 08, 2001

Festa Julina: olha a cobra! olha a chuva!!

Já falei como sou chegadíssima numa festa junina (esse negócio de julina é uma bobagem). Bem, fomos ao Círculo da Praia Vermelha. Não teve fogueira, não vi a quadrilha, vi duas crianças de caipira. Teve sanfona! Nossa, há muito eu não ouvia um sanfoneiro. Meio caaaaansativo. Ao lado desse legítimo representante tinha lambaeróbica!! Pode? Moças e rapazes faziam aquela coreografia. Cruzei a quadra com a minha canjica na mão e vi uma menina com a mão na testa, feito aqueles piratas ficavam, procurando terra para gritar: Terra à vista! Custei a entender que aquilo era uma nova coreografia. Nossa, eu não estou o tudo!

Mudando de assunto, você já reparou aí ao lado? Ali estão os meus escritos anteriores, grupados por semana, sob o título "Vale a pena ler de novo?" num meio plágio da nossa co-irmã. Estão também relacionados outros blogs que gosto de ler. Inclui um novo: o relvadoaosol. Muito maneiro também.

@joyce é, novamente, cultura!

O filme do Spielberg, Inteligência Artificial, que estará passando aqui em setembro, vem provocando o ressurgimento da discussão de um mundo comandado por robôs pensantes e atuantes. Como só tenho até setembro para saber alguma coisa sobre isso, vou ler um livro de 800 páginas. Será que até setembro eu termino? Bem, o livro Gödel, Escher e Bach: um entrelaçamento de gênios brilhantes -- foi lançado em 79 e escrito pelo físico e matemático Douglas Hofstadler, que graças a ter sido colunista durante muito tempo, adquiriu uma maneira simples de explicar coisas complicadas. Pelo menos é o que diz a resenha do Idéias do JB de sábado, 07/07/01. Não fosse por essa importantíssima ressalva não iria gastar meus preciosos 79 reais.

Mas por que estou contando isto para você? Porque como assinala o autor, a inteligência caracteriza-se pela capacidade de realizar saltos de um nível de regras para outro. Junto a isto, o ditado do pai de um amigo que dizia: "a burrice está nos esquemas; a inteligência, na dúvida". Viu como se completam? Repetir -- sem saltar -- é falta de inteligência.
Extrapolo e amplio: se "salto" de uma situação que me asfixia pela sua previsibilidade e crio novas correntes de ar fresco, por onde salto para diante -- eu estou sendo muito inteligente! UAUU!!
Num exemplo mais terra: quando você larga a leitura de um blog no meio e vai dormir, está "saltando" de um sistema para outro -- é claro que às vezes esse salto não é nada lá muito inteligente!

julho 06, 2001

É o tudo!

Há coisa melhor do que comemorar? Qualquer coisa. Comemorar a sexta, a fila de espera, a aula que você matou, a véspera do sábado, a vontade louca de dar uma reviravolta na sua vida, o contrato fechado, os amigos redescobertos, a sua vida revisitada, o distanciamento que permite você ratificar sentimentos e isso e mais aquilo...

Pois fiz isso. Numa churrascaria. Há melhor lugar para comemorar? Já reparou que numa churrascaria não há deprimidos? Sem brincadeira, você já viu alguém triste numa churracaria cheia? Parece já uma vitória você ter chegado ali. Uma prova de vitória sua sobre a tristeza. Acho que é por isso, que sempre que há alguém cantando parabéns, todos ao redor fazem coro. Parabéns para todos nós que conseguimos concluir que comemorar é o tudo, como diz Tina, a filha.

Perto da Urca tem a Estrela do Sul que é o seguinte. Lá está o Luciano, alegre, engraçado, andando de um lado para o outro, trabalhando pra caramba, fazendo o seu cooper diário em torno dos "seus convidados", nós os clientes. Você não chama garçon. Ele surge. Você passa do sashimi para o leitão à pururuca, de um gole de chopp para outro. Passando pelo cordeiro com geléia de menta, o salmão com molho de maracujá e tin-tin!.... muitas cositas gostosas mais. Até os espetos são amigáveis: eles só chegam a você, quando são bem-vindos. A sua segunda vitória é se manter dentro das roupas depois.

Amanhã, passado o efeito "estufa" volto a pensar na vida e vou procurar novos motivos para comemorar. Eles estão por aí. Tenho um champagne especial esperando para ser aberto. Não demora. Tintin!

julho 05, 2001

Cheguei de uma "viagem" no tempo.

Como viu, foi uma viagem bem curtinha, aqui mesmo no Estado. Surpreendente, mas sabe o que eu vi? Um cortejo fúnebre.

Aqui no Rio, a gente só vê isso dentro dos cemitérios, mas lá não, o desfile seguia solene pela rua. Os carros passavam ao lado e, de repente, fiquei procurando alguém tirar o chapéu da cabeça em sinal de respeito. Fui transportada para muitos anos atrás, aos romances de Machado de Assis. Estou falando de como as pessoas vivem o seu dia-a-dia, apesar das redes nacionais de televisão, dos jornais e das rádios veicularem, a cada instante, atitudes e comportamentos ditos "fashion". Aíás, falando sobre essa "visita" à épocas passadas, dê uma lida na coluna do Pedro Doria, de 06/07/01.

Bem, voltando ao tempo local, é incrível, mas basta andar duas horas de carro e entrar em outro tempo. Só depende da direção que o seu carro tomar.



Como é bom viver junto de quem aceita e percebe as mudanças acontecidas com você

Você ser reconhecida. Conhecida novamente. Revisitada. E essa nova que surge, ser recebida com a alegria que acompanha as boas descobertas. Alguém dizer para você, que o seu antigo mal humor desapareceu. Que aquela cara dura que trazia estampada se tranformou numa cara suave, mais tranquila. É o máximo, não é mesmo?

Por que será que, em vez disso, ao primeiro sinal de mudança observado, o parceiro imediatamente culpa a análise ou então diagnostica a presença de outro em sua vida? Algumas vezes é verdade sim. Tem outro alguém, dando-lhe boas notícias de você. E isso, já vimos é amor.

Ora, se você quer notícias suas e as notícias que recebe do parceiro são sempre as mesmas e, quase sempre, enfatizam aspectos que você nem reconhece ou valoriza mais -- algo vai mal e não corresponde a nenhuma resposta certa sobre a nova pessoa em que você se transformou. Afinal, a gente também melhora e ficar repetindo traços indesejáveis não ajuda em nada. Certo?

Estamos na fase do quizz.Quem sabe abro um curso de atualização para os casais aprenderem a trazer novas ao parceiro? Boas novas. Não as de sempre ou as ruins adquiridas com o tempo. Estou meio braba hoje.

Bem, como diria Scarlet O Hara, amanhã penso nisso, depois da aula grátis e de uma boa andada na praia.


julho 04, 2001

"Brincam de liberdade os pares apaixonados..."



Estava faltando dizer isso para você -- apaixonado de plantão. A frase é da Maria Rita Kehl, uma psicanalista, minha musa, escrito na coletânea O Olhar, em 1988. A frase é maluca, como tantas outras que falam sozinha. Fala de uma relação em que o tudo pode.
"Se permitem brincar com uma certa isenção --- a proteção que o amor do outro oferece. (...) Brincam com o perigo, refazem mistérios, encenam a sedução. Brincam de liberdade, os pares apaixonados --- e esta brincadeira é quase de verdade."

O MÁXIMO!





Meu horóscopo disse que eu estou na fila de espera

Só não disse à espera do que nem o porquê. Enfim, como até acredito em horóscopo, vou fazendo a minha aula grátis na praia e dando as minhas andadas. Aliás hoje descobri que tem um pintor dando aula de pintura a óleo na murada da Urca. Quase fiz. Faltavam a tela, os pincéis e as tintas. O resto tinha tudo: um céu lindo, um marzão azul mas meio sujo, dois morros e em frente ainda tinha o Cristo. Quem sabe outro dia?

Passeando pela murada vi também um casal, colhendo marisco nas pedras. Ele arrancava os mariscos e jogava para ela. Ela, sentada num barquinho a remo, arrumava os mariscos arremessados ao barco e segurava os remos novamente. Cada um trabalhando com o seu cada um.

À tarde passeei em Ipanema, meu primeiro centro nacional de preferência para qualquer tipo de consumo, aqui no Brasil. Fui fazer as unhas, pois amanhã viajo e, como é a trabalho e não vou levar na bolsa, meias de seda, pelo menos as unhas têm que estar legais. Indo para Ipanema, vi um rapaz, na carona de uma moto amarela, super bonita, fazer o sinal da Cruz, ao passar por uma igeja. Nossa! Achei tão bonito. Estereótipo meu, mas para mim, até hoje só aliava jovens católicos às missas de jovens. Me faltava esse instantâneo de religiosidade, ali, bem no meio do trânsito. Muito bom.

Isso aqui hoje está tal qual aquele diário de couro vermelho, com um fecho em forma de coração, com chave e tudo, que eu tinha quando era pequena. Sinto muito, mas o que você esperava conversar numa fila de espera? Não dá para ir fundo. Me aguarde. A fila está andando; está chegando a minha vez de ser atendida. Oba!!!!

julho 03, 2001

Vou adorar saber de você. Me fala? Estou no joyceprado@attglobal.net
Três coisas: Absolutamente nada de coisa nenhuma

Primeira coisa: o cd da Dido que indiquei está entre os mais vendidos. Quando indiquei, não estava. Será que estou com tantos leitores assim? Preciso botar um contador.

Segunda coisa: acabei o Harry Potter (4) e quero mandar fazer uma pensadeira para mim. Sabe o que é? É uma bacia onde você coloca os seus pensamentos, quando a sua cabeça está muito cheia. Depois, quando estiver mais calmo, você vai até ela, mergulha neles como um espectador e, desse lugar, é capaz de ver de outro jeito os fatos. Não é o máximo? Quero uma rápido.

Terceira coisa: apareceu no pinheiro do meu prédio, um mico. Nossa, o Rio é mesmo o máximo! Mesmo sem morar em área protegida pelo Ibama, você esbarra com micos.

A quarta, apesar de dizer que eram três: fui à ginástica grátis na praia. Os alunos, homens e mulheres são de todos os tamanhos e idades. Hoje foi alongamento. Tive que ajudar uma a se levantar da areia. Muito bom!

Essa eu roubei!!! ----"Amigos se encontram em qualquer lugar, depois de haverem se encontrado uma vez." ---

Sabe o meu amigo que vai para a India? Então, falando como paulista, a frase-título, o máximo, é dele. Surgiu do encontro na "esquina" que tivemos. Mas, vamos à frase... Não, não vamos. Não precisa. Ela é maluca -- ela fala sozinha, não é mesmo?

Ah! Que bom! Voltei a minha loucura mansa de sempre. Você reparou como estive down (menos)? Como diz o Cris, "perdi as forças legal". Já recuperamos. Ele e eu. E é aí que entram os amigos. E como entraram. A descrição do meu encontro com o Natinho, o do supermercado, fez brotar em muita gente, a adormecida saudade dos amigos e a esquecida força das surpresas.
Engraçado, mas a gente procura os amigos quando temos o que comemorar e o que lamentar. Nunca na estabilidade. O legal é que essa busca ao amigo, perpassada pela instabilidade de uma das partes é, exatamente o que solidifica a estabilidade da amizade. O máximo! Muito inteligente esse joguinho de palavras e de emoções.

E isso porque amizade é escolha -- não é compromisso que se tem que cumprir, ligando semanalmente, para saber dele. Você sempre sabe dele. Pelo menos o que ele quer que você saiba. É um jogo. Você está mal, mas se sente que o outro está pior; encosta a sua tristeza do lado e vai solucionar a dele. Sabe aqueles filmes de Bruce Lee? Enquanto ele bate em um, os outros 100 esperam a vez. Cada dor no seu tempo. O máximo novamente, principalmente para mim, que tratei de colar a minha numa parede qualquer. Tenho outro tubo dessa cola. Caso você precise, me fala?


julho 01, 2001



Ganhei a @ agora só falta o joyce

Você não acredita, mas sabe aquela papelaria maravilhosa de que eu falei não sei quando? Pois então, a gracinha da Ana + a gracinha da Fernandinha + o gracinha do Zé me deram de presente uma @ de metal o má-xi-mo! Junto veio um cartão, também o máximo que dizia que os vencedores são os que não se acham vencedores, mas com esforço e perseverança, alcançam o que querem. Dizia também que eu, no caso, sempre os inspirava a seguir em frente, na busca de seus projetos de vida. Claro que fiquei super tocada, logo eu que não resisto até hoje ao Hino Nacional, então aquele pedaço de "seus filhos não fugirão à luta.." é de+. É isso -- nada de fugir à luta. O "Amo você", da Ana, o "Linda", do Zé e o "Sua fã No.1", da Fernandinha selaram um final feliz no cartão e fortaleceram a continuidade da luta lado-a-lado. E seremos felizes para sempre.
OBA! como diria a Fernandinha.




O travesseiro II - esse grande conselheiro: há sempre surpresas, escondidas até nas "esquinas" de um supermercado!

Falando em melhora de astral, não posso responsabilizar só o travesseiro, por toda esse resultado.
Ontem fui ao Leme, assistir a quadrilha na escola da Janey, a irmã. Adoro festa junina. Como ninguém me convida para ir até Campina Grande ou Caruaru, assistir às juninas de lá, vou a todas que aparecem pelo Rio. Bem, embuída dos refrões: olha a cobra! olha a chuva! passei no Zona Sul, pois afinal, a família almoça junto no domingo e a Dona Maria aqui tem que fazer o dominical-almoço.

Bem, quando viro uma das "esquinas" do supermercado, encontro uma das pessoas de quem mais gosto nesse mundo de Deus. Sabe quando você olha para a pessoa e há aquele segundo de paralisação e aí um cai no abraço do outro e some o supermercado? Pois é, foi assim. Nada de suposições sobre qualquer clima de erotismo no encontro, por favor. Já tenho todas as enroscações de que preciso, para mais essa. É que ele vive em outra cidade e eu custo para trocar as pessoas de cenário. É a surpresa, pegando a gente em cada esquina. Literalmente!

Em pouco, pouquíssimo tempo -- como sempre o tempo parece ser, quando a gente está com quem gosta, falamos de tudo. Ele disse que estava pensando assim: Nossa! Como o Zona Sul é chique e, de repente, me viu. Rimos juntos. Ele está com o cabelo curtinho, tal qual um menino. E assim, com essa carinha está partindo para um retiro de dois meses na Índia. Ele é o zen mais querido que conheço. Lembra (acho difícil, mas está lá no "Vale a pena ler de novo?".) do escrito em que eu falava da gente não ser refém do que não está em nossas mãos decidir? Saiu de uma de nossas conversas virtuais. Ele me ensinou que a gente precisa de muito pouco para ser feliz.

Falamos do nosso amigo comum e chefe dele -- e nos olhamos muito mais do que falamos. Não sabia que havia tanta saudade nos nossos olhos. Nos olhávamos e ríamos, já agora zoando com a saudade, pois, pelo menos naquele momento a vitória estava sendo nossa. Enfim nos despedimos após a conclusão de que já fomos irmãos em alguma vida dessas passadas e agora, só estamos resgatando isso.

Aliás, esse negócio de vidas passadas... Essa é para Você. Eu sei que já me conhecia. Daí o seu espanto quando me viu pela primeira vez ...

O travesseiro I - esse grande conselheiro: Não disse que hoje tudo iria melhorar?

Um alô para você que está chegando agora. Para começar, para entender alguma coisa, você devia ler primeiro o escrito que está abaixo desse. Se quiser, faça isso. Mas, vamos às melhorias alcançadas: descobri que aqui na Urca tem ginástica na praia -- grátis! O máximo. Eu sempre disse que aqui é um lugar cheio de recursos. Sabe o melhor? Ninguém usa as parafernálias comuns em academias. Aquelas tiras na testa, que não sei o nome e que são inúteis para mim, pois não gosto de suar muito, para não encrespar mais ainda o meu cabelo; o body combinando com o mini short, com a meia e o tênis. Aqui o negócio é fazer exercício, relaxar e se divertir. Começarei amanhã. Depois dou uma andada até a pista Claudio Coutinho, curtindo aquela vista para lá de assustadora de tão bonita. Encontro algumas pessoas conhecidas e pronto, astral lá no céu.