junho 27, 2003

Está disponível o lugar de Mulher Maravilha. I give up! Eu desisto. Doy para arriba. Dò in su. Ich gebe oben. Je donne vers le haut. E se essa expressão não está escrita corretamente nas diversas línguas; desisto novamente.

junho 23, 2003

Nada do jargão: "Minha vida daria um livro." A minha deu foi um belíssimo quadro!

Uma amiga pintou uma aquarela maravilhosa, retratando a minha vida em manchas coloridas. Coloquei no escritório, pois há por lá uma parede, que sempre esperou por ele. Além do mais, esse espaço é criação independente, autônoma e tem um significado muito especial. Um amigo confidenciou, após observar a trajetória da minha vida no quadro: Que bom! Sua vida está mais bonita hoje!. O máximo essa melhoria crescente!

E o capítulo vai seguindo... ±.
Quando será que vai chegar o dia?

Em que vou ler todos aqueles livros que estão na estante e que só li uma parte?

Em que direi tal qual essas modelos magérrimas, que não ligo para a balança e como de tudo?

Em que finalmente vou usar aquele vestido preto sofisticadíssimo que já aniversariou no cabide, até hoje sem qualquer estréia?

Em que não vou ficar sem graça se alguém entrar no táxi, para o qual EU fiz sinal?

Em que vou ouvir com toda a paciência as ofertas de telemarketing?

Em que vou enfrentar cheia de ânimo aquela parte do armário, que tornei inacessível por pura estratégia?

junho 19, 2003

O Capítulo embaixo continua valendo, mas enquanto não deslancha de vez..., segue uma conclusão matinal.

Dívida de dinheiro? Não é nada. Todos têm. A gente paga.

O duro mesmo é quando a gente encasqueta que tem dívida com uma pessoa. A gente passa a vida toda tentando resgatar essa dívida; não paga ou porque ela não existe de fato ou porque não há um dinheiro que pague. Ainda não inventaram a moeda que paga a culpa imaginada.

Enquanto isso a vida passa, pois o tempo não pára.

junho 08, 2003

Capítulo I

E chegou a sua vez na fila e então, nasceu.

Eu e as minhas curtas idéias. Queria escrever um capítulo, tive a idéia e ela se acabou na primeira linha, de uma forma tão vaga e imprecisa, quanto possível. Quer dar uma mãozinha? Se estiver com vontade, vai em frente. Quem sabe conseguiremos?

Começamos a conseguir!

"em sua primeira tentativa, percebeu que estar vivo em um corpo, como nunca antes, provocava um certo desequilíbrio em seus movimentos.' Rogerio B.

"E manifestou a sua primeira discordância com o script genético determinista e não quis chorar; chorar por quê se viver era tudo o que queria? Resistiu o quanto pôde..." Joyce

"Não conseguiu segurar o choro por muito mais tempo... chorou. Mas era de alívio. Abria as comportas de uma espera impaciente, de um tempo de se fazer para poder nascer. O mundo todo estava ao seu alcance. Questão de tempo e de vontade." Claudia.

O tempo e a vontade parecem não conviver pacificamente, onde há movimentos ainda em desequilíbrio. Joyce

"E naquele dia de nostalgia sem fim, viu-se novamente procurando as asas, farejando abismos, mas resolveu que não, dessa vez a acusação de se lançar na vida de olhos fechados e coração aberto não cairia sobre ela...viu-se ali, pronta pra pular, já no ponto do equilíbrio instável, mas de olhos abertos e coração fechado...e então desistiu: que graça teria??? não haveria entrega, não existiria paixão, não seria vida!" Ana

"Os primeiros movimentos ainda eram tímidos... a temperatura ainda era estranha... as cores eram novas... o coração batia forte... olhou em volta e sorriu..." Margarida

"E sorrir passaria a ser a tônica da sua vida. Logo, logo, iria descobrir que há muitas coisas nessa vida que são motivo para isso. Novamente, contrariando... resolveu passar batido nas coisas que não merecem um sorriso. Sorrir, por exemplo, para... "

"essa mulher que me segura e que chama de Biana. Mas onde ela foi encontrar esse nome? Teria que passar a vida sorrindo para os comentários -- duas vezes Ana? e consertando os Bianca e os Diana, que virão substituir o Biana. Custei a entender o porquê de não ter um nomezinho bem comum. Ela, a minha mãe, bem que podia ter comprado no jornaleiro aqueles livrinhos que trazem a explicação de cada nome e que ajudam as mães indecisas. Acontece que ela não era indecisa; era de vanguarda; escultora famosa, fashion, que depois de alguns anos com o meu pai, achou que estava na hora de ter uma Biana. Pessoa interessante ela, apesar de não ter nenhuma indecisão. Desde cedo, achei que a indecisão fazia parte e (meu primeiro engano) que era muito importante ser indecisa. Detectei a primeira falha no código!" Joyce

"Não demorou muito e percebi outra." Margarida.

"...e outra e outra. Durante algum tempo pensei então que era diferente. Ao me perceber notava a cada dia uma nova falha no código, uma nova diferença. Foi quando de repente passei a observar o mundo que me cercava com mais atenção. Fiquei surpresa. Eu não era assim tão diferente. Na minha diferença eu era bem parecida com todos os outros, porque se cada pessoa é única, todos temos em comum o fato de sermos diferentes, numa combinação infinita de códigos." Roger

Eu não sei precisar, em que momento da minha vida, me esqueci disso e passei a buscar aquele que era igual a mim. Foi uma longa fase de enganos, em que tentei tornar iguais a mim, os desiguais. Custei muito a entender que não era tão boa assim para precisar inventar alguém tal qual minha imagem e semelhança. Joyce

"Desisti... passei a achar que o bom seriam as antíteses, iniciei assim a busca do que me é contrário. Foram, também, muito longos esses caminhos, que me trouxeram até aqui." Borboleto

"Agora já não sei mais para onde ir, talvez isto ou talvez aquilo, qual caminho tomar? Uma amiga me disse certa vez:" Borboleto

Olha, na capa da minha agenda está escrito: "Saber não basta; devemos aplicar. Desejar não basta; devemos fazer". Logo, essa história de ficar só pensando, não dá certo e não nos leva a lugar nenhum. Quando a gente nasce e vai crescendo, não ficamos parados, imóveis, nos desenvolvendo; é vivendo que o crescimento acontece e quanto mais entretidos em viver, nós estivermos, parece que a gente se desenvolve mais, não é mesmo? Então, parei de pensar se era para a esquerda ou para a direita ou ainda pelo centro que estava o caminho certo. Simplesmente andei, parei algumas vezes, tomei fôlego muitas outras e cresci. Fiz amigos. Amei, briguei, não cheguei a odiar, ri muito, sofri mais do que esperava; acho que cresci normal. Joyce

Tem muita gente nova que passa por aqui e que não está refletida no Gente Bonita no Espelho. Que tal?

junho 07, 2003

Ele a tinha como a sua fonte; lá ele se renovava e era feliz para aguentar os próximos trancos dessa vida. Por uma das esquisitices da vida, ela só se sentia o desaguar, o depósito, a foz. Custaram a se acertar esses dois. Mas acertaram e serão felizes para o sempre, pois para sempre --- quem sabe do amanhã?
Tem gente que ainda não sabe que celular NÃO é orelhão de praça.

Mania feia essa de atender celular dos outros...

junho 04, 2003

Dúvida nada existenciais...

Não sei porquê, mas: (1) nunca o filtro de papel do café é do tamanho exato do suporte. (2) Os produtos ditos instantâneos nunca dissolvem completamente. (3) antes, não tinha percebido como o Gilberto Gil é tocado nas rádios; só hoje eu o ouvi umas 3 vezes.

Troca-se um tom pastel por cores mais vibrantes

Sabe como? Estou cansada das cores previsíveis, relaxantes e que me dão um soooooono! Acho que é foi esse outono calminho quem imprimiu esse tom. Vou buscar aquelas mais fortes, especialmente do vermelho.

Me vem à lembrança a propaganda, dos tempos em que eu assistia tv, de uma marca de soutien. Vinham as mulheres em fila, vestindo aqueles soutiens beige bem semgracinha. Lá no meio da fila, uma vestia um soutien vermelho.O máximo a quebra, o arriscar -- o sair do risco e criar os seus próprios ricos riscos.

Vou em busca do vermelho das folhas caídas no chão. E então, quem sabe? Você sai dessa "prisão" confortável, levanta daquela poltrona macia, sai diante da tv, vem ver se ainda conhece aquilo que é o amor, mas que você insiste em chamar de perigosa ilusão. Vem para o vermelholaranjaamarelo você também!

junho 02, 2003

Balanço do fim-de-semana

Trocar de colchão -- o meu ganhou um "buraco da Alice" e não preciso dele para voar nos meus sonhos; intensificar alongamento, pois segurar o Rodrigo, neto número 2, no colo, só mesmo com muito alongamento; rever esses almoços em família, que acabam com a parte de mim que fica na cozinha; não ler o jornal tão profundamente, a fim de evitar que a melancolia me ocupe de vez; aproveitar demais esses dias tão lindos!