janeiro 27, 2004

Conclui que estou amadurecendo! Não faço mais questão do que quer que seja sem marcas; quero o usado, o vivido, o marcado pelas alegrias, histórias e até tristezas. Hoje as coisas usadas me falam mais de vida do que as novas.

janeiro 23, 2004

Peguei Saturno distraído e consegui um dia light, light. Almoço na casa da irmã, um cineminha besteirol, muito engraçado, uma pizza e um chopp. Tudo simples e gostoso.

Larguei de mão as expectativas faz tempo e estou indo bem. Eu chego lá e eu sei o que me espera nesse lá.

janeiro 21, 2004

Non sense

Inventar, inventar, in-ventar = fazer vento para dentro e assim levitar do chão.

Verde que te quero verde; não. Azul talvez ou por que não laranja? Importa que te quero nas cores que vieres; se puder escolher, prefiro as cores claras à noite e as vibrantes pela manhã. À tarde, você escolhe.

Afinal que diferença faz se é um amor multicolorido ou em preto e branco. O importante é tê-lo em sua morada, lá na sua profunda interioridade. Esse amor não é das superfícies externas; aí, ele facilmente escorrega e vira sei lá o quê.

janeiro 17, 2004

"Se sonhar um pouco é perigoso, a solução é sonhar mais." Marcel Proust

Encontrei no JB de hoje. E é por aí que vou caminhar. Quem quiser acreditar, que caminhe junto.

janeiro 11, 2004

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

[ Chico Xavier ]

Encontrei aqui, onde sempre encontro o que não sabia que precisava encontrar.

E não resisto a arriscar o comentário, justo na semana do meu aniversário (que é dia 17 e quando espero que se repitam os afagos do ano passado!).

Mas voltando à máxima de Chico Xavier, olha só que frase adequada essa. Nasci, já vivi o que pude viver, da maneira que consegui, grande parte monitorada pelo que me ensinaram e eu acreditei. Foi bom? Foi. Mas já posso redefinir algumas coisas e quero fazer isso. Por exemplo, escrever um final feliz para a história mais bonita da minha vida.

janeiro 07, 2004

Sabe aquela fresta, por onde a luz invade a parte escura? Aquela rachadura no chão da rua, por onde a água foge do cano e se esparrama, encharcando a terra? Sabe aquele decote de blusa, que faz pular aquela gordurinha escondida? Tudo bem, que foi péssima essa imagem da gordurinha, mas é assim mesmo. Pois então, estou falando das brechas.

A brecha é incoveniente para alguns, porque quebra as regras, escapole dos canos, rompe portas e qualquer outra barreira que se coloque em seu caminho. Por isso é brecha "que cria uma outra vida". Nada de vida dupla; chama-se, simplesmente, vida. E vou segredar, bem, mas bem baixinho mesmo, para ninguém ouvir uma coisa vergonhosa dessas: você acredita que tem gente que foge dela? Que tem medo do brilho dos olhos, do sorriso fácil, do silêncio cúmplice? Para esses, só cano mesmo; de preferência de chumbo ou PVC Tigre. Eu aconselharia também uma boa coleira e, por que não um antolhos?.

Mas como só posso falar de mim, sei que na brecha meus olhos brilham, meu sorriso é mais fácil ainda e eu sou muito mais feliz. Quando some, é péssimo: além de meus olhos custarem a se acostumar à falta de luz, ela ainda carrega o meu brilho no bolso.

Se esbarrrar na rua com alguém com um bolso brilhando, pronto, você encontrou a minha brecha.

janeiro 06, 2004

Texto enigmático 1:

Sempre chega o momento da decisão na relação amorosa: a estratégia é ótima, mas quem vai pendurar a sineta no pescoço do gato?

Texto Enigmático 2:

Mãos só a que dizem: Vamos!

Pensei e repensei no meu lema 2003 e conclui que a máxima encobre o personagem 1 que toma a decisão de ir, expressando sua vontade e desejo; mas é só isso, pois o cajado mesmo está com o outro personagem, que diz ou não o Vamos!

Ressumindo: A máxima 2004 soará melhor, entoada por duas vozes; nada de pergunta ou resposta; nada além de uma afirmação conjunta.

janeiro 03, 2004

E vamos nós para dentro de 2004, num mergulho mais confiante, após encher o peito de ar. O tempo não tem ajudado no mergulho, mas terminei o ano tão bem, que renovei.

Quem sabe agora, vou mudar a cor dos cabelos, emagrecer, fazer uma plástica, ficar com cara de peixe e seguir nadando em águas cada vez mais profundas, pois lá é que se escondem os tesouros, já dizia aquele filósofo, o pirata anônimo.